Quando por meio de arrependimento e fé aceitamos a Cristo como nosso Salvador, o Senhor perdoa nossos pecados e suspende a punição prescrita para a transgressão da lei. O pecador se encontra, então, diante de Deus como uma pessoa justa; desfruta o favor do Céu, e, por meio do Espírito, tem comunhão com o Pai e o Filho.
Então há ainda outra obra a ser realizada, e esta é de natureza progressiva. A alma deve ser santificada pela verdade. E isto também é realizado pela fé. Pois é somente pela graça de Cristo, a qual recebemos pela fé, que o caráter pode ser transformado.
É importante que compreendamos claramente a natureza da fé. Há muitos que crêem que Cristo é o Salvador do mundo, que o evangelho é verídico e revela o plano da salvação, mas não possuem uma fé que salva. Estão intelectualmente convencidos da verdade, mas isto não é suficiente; a fim de ser justificado, o pecador precisa ter aquela fé que se apropria dos méritos de Cristo para sua própria alma. Lemos que os demônios "crêem e tremem", mas a sua crença não lhes traz justificação; e a crença dos que meramente dão aquiescência intelectual às verdades da Bíblia também não lhes trará os benefícios da salvação. Essa crença não atinge o ponto vital, pois a verdade não prende o coração nem transforma o caráter.
Na genuína fé para a salvação há confiança em Deus, por meio da crença no grande sacrifício expiatório efetuado pelo Filho de Deus, no Calvário. Em Cristo, o crente justificado contempla sua única esperança e seu único Libertador. Pode haver crença sem confiança; mas, sem fé, não pode haver certeza oriunda da confiança. Todo pecador que chegou ao conhecimento do poder de Cristo para salvar manifestará essa confiança de modo mais intenso ao progredir na experiência. Signs of the Times, 3 de novembro de 1890. Mensagens Escolhidas Vol. III, págs. 191-192.
Nenhum comentário:
Postar um comentário