quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Seria Errado Dizer que Evoluímos? (Completo)

Você se importaria em saber que o seu tatara-tatara-tatara-avô foi um macaco? À medida que uma criança vai crescendo, vai se fascinando cada vez mais com a descoberta da vida, através de tudo que aprende. Mas com o passar do tempo, chegam também as frustrações, que igualmente são conseqüentes de se ter aprendido algo. Um exemplo clássico é a figura do Papai Noel, que primeiro faz os olhinhos tenros brilharem ao voar pelo mundo da fantasia, depois os faz chorar, mergulhados na profunda decepção de ter descoberto que o velhinho natalino não existe.

Mais de oitenta por cento da nossa população de baixinhos cresce aprendendo a acreditar que Deus existe. Para a grande maioria desse grupo, também é ensinado que foi Ele quem nos fez. Há ainda um número considerável de crianças a quem não é ensinado sobre a existência de um Deus. Estando em qualquer um dos dois grupos, em alguma fase das descobertas de mundo que fará, a pessoa passará pelo conflito de duvidar de seus próprios valores por descobrir “outras verdades”, como aconteceu com o palestrante Fernando Iglesias. Embora ele tenha sido criado em um lar cristão, quando era garotão de Ensino Médio começou a ter sua fé minada pelo ensino de alguns professores.

Aquela controvérsia o levou a fazer um trabalho escolar que, para sempre, redefiniria aquilo que para ele havia sido uma fé infantil.

Não existe um campo mais fértil para plantar uma semente, do que o coração de uma criança. Se você quer ter sucesso em inculcar determinado conceito em alguém, ensine-o a uma mente que ainda está limpinha e novinha, lúcida e com vigor. Até os escritores do mundo antigo sabiam disto: Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles (Provérbios 22:6).
Foi por isso que o professor Jesus Cristo, ao tentar transmitir Seus pensamentos religiosos para Seus seguidores, acreditava que quem melhor ilustrava o tipo de fé que o ser humano deveria ter em Deus eram as crianças (Marcos 9:36-37), porque, além da sinceridade, elas têm a capacidade de crer em Deus sem precisar questionar a existência dEle. E o mais esmagador: elas são felizes assim! Segundo Ele, alguns intelectuais não entendiam Sua linguagem religiosa porque não queriam aceitar Suas palavras (João 8:43).

Desde Seus dias, tem sido assim. Enquanto as crianças O louvavam, alguns eruditos, amparados por sua própria lógica, O negavam (Mateus 21:15 e 16).

Isso não quer dizer que para sermos cristãos precisamos estar encaixados naquela classe de pessoas que se conforma em acreditar apenas pela fé. A religiosidade da Bíblia não é uma crença cega, pelo contrário, ela solicita um tipo de culto racional (Romanos 12:1). A importância da ciência é enfatizada pelas Escrituras, ao mencionar que não há limite para a produção de livros (Eclesiastes 12:12), porque o conhecimento é mais importante que o ouro puro (Provérbios 8:10).

O conflito surge quando se quer negar a existência de um deus porque a ciência existe. Os meios de comunicação têm uma responsabilidade muito forte neste papel, principalmente quando apresentam determinadas teorias como se fossem comprovações científicas. A partir daí, muitos duvidam da existência de Deus e não procuram saber a verdade, porque têm medo. Uns têm medo de procurar Deus na ciência e não encontrá-Lo, outros, de encontrá-Lo.

Será que há evidências científicas de que existe um Deus Criador?

Os escritos bíblicos apóiam a ciência. Mas será que a evolução dos conhecimentos científicos não traz à Bíblia uma qualificação retrógrada?

A ciência é uma das realizações intelectuais de maior êxito da humanidade. A Escritura também é altamente respeitada, e a Bíblia é de longe o livro mais aceito no mundo. Os cientistas seculares têm proposto para as origens um modelo evolucionista lento e com períodos longos de tempo, enquanto a Escritura fala de uma criação recente por Deus. A busca em avaliar esses dois modelos das origens tem seguido um percurso interessante, contencioso e, às vezes, enganoso .

Explicar a origem da vida na Terra é uma das maiores dificuldades da teoria da evolução. Embora vários cientistas tenham trabalhado insistentemente, até hoje nada se conseguiu ainda de bons experimentos, que pelo menos chegue perto de comprovar a origem da vida. Depois de mais de 50 anos de pesquisas nessa área, as publicações apenas mostram como os avanços de tais descobertas estão empacados. À medida que se descobre o quanto as células são mais complexas do que se imaginava, fica cada vez mais difícil explicar a origem (no passado) dos seres vivos a partir de substâncias inorgânicas.

Toda célula viva possui moléculas de proteínas consideradas fundamentais para a vida. Um exemplo simples e já bem estudado é a proteína Citocromo C. Seria possível obter tal proteína, a partir de substâncias inorgânicas, ao acaso?

Cálculos cuidadosos feitos por Hubert Yockey (1992) demonstram que uma molécula de citocromo C funcional poderia ser obtida em somente 2 em 1075 tentativas. Se for aceita a estimativa otimista de Sagan de 1044 aminoácidos presentes em sua “sopa primordial” e se pudéssemos simultaneamente adicionar um novo aminoácido a cada uma das 1044 cadeias em formação, um por segundo, prosseguindo somente até haver uma falha, seriam necessários somente 1023 anos para se ter uma probabilidade de 95% de obter uma molécula funcional de citocromo C neste sistema. Isto é dez trilhões de vezes mais do que a idade que é geralmente aceita para o universo.

Então, se tudo teria começado com uma bactéria, e se a bactéria mais simples precisa de 471 proteínas para funcionar corretamente, onde e quando foi originada a vida?

Ainda que todos estes fenômenos, fatos e números tivessem realmente ocorrido, pra ciência ser honesta, ela não poderia apóiá-los como nenhum tipo de corpo de conhecimento confiável, pois ninguém estava lá para sistematizar sua explicação através da observação, identificação e pesquisa, formulados metódica, sistemática, repetitiva e racionalmente. Se alguém tentasse defender o surgimento da vida dado pelo acaso como sendo ciência, a mente científica de alguém que teria planejado todas as origens seria obrigada a perguntar: “Onde você estava quando lancei os alicerces da terra, e fixei os limites do oceano?” (Jó 38:1-20).

O problema é que no mundo científico, muitas vezes, a adequação de dados sob conceitos amplamente aceitos “que por um tempo propiciam problemas e soluções modelo”, passa a ser representada como ciência. Ou seja, visões que embora abrangentes, não passam de paradigmas, terminam sendo aceitas como verdade; podendo elas ser tanto falsas quanto verdadeiras . É o que acontece com a teoria da evolução das espécies, e pode ser resumido nas palavras de Thomas Huxley: “Primeiro é absurdo; depois pode ser; e finalmente sempre soubemos disso”. Se repetirmos uma mentira demais ela pode passar a ser considerada amplamente uma “verdade”, embora não seja.

A mídia tenta vender a idéia do surgimento da vida por acaso e evolutivamente, pintando um quadro de total abrangência da aceitação de tal conceito. Todavia, esta propaganda pode ser facilmente desmascarada se não nos bitolamos em ouvir somente o que é colocado no trombone, mas observarmos no que as pessoas têm crido.

O doutor Rodrigo P. Silva relacionou uma lista de 21 biografias de cientistas que tinham uma fé criacionista .

Da leitura desse livro, o mais interessante é poder notar duas coisas:

a) Desde o século XIV, entre os que mais se destacaram e contribuíram para a sociedade, estavam aqueles que tinham, como força para suas faculdades mentais, a fé em Deus.

b) Ao longo de toda a história sempre houve homens preeminentes que não se acanharam em atribuir ao Criador a autoria dos seus estudos.

Abaixo, alguns heróis da fé:

Cientista
Tempo em que viveu
Leonardo da Vinci
1452 – 1519
Nicolau Copérnico
1473 – 1513
Geórgias Bauer (Agrícola)
1494 1555
Francis Bacon
1561 – 1626
Galileu Galilei
1564 1642
Johannes Kepler
1571 – 1630
Blaise Pascal
1623 – 1662
Robert Boyle
1627 – 1691
Isaac Newton
1642 – 1727
Gottfried Wilhelm Liebnitz
1646 – 1716
Bartolomeu de Gusmão
1685 – 1724
Maria Gaetana Agnesi
1718 – 1799
Caroline Herschel
1750 – 1848
Geoges Cuvier
1769 – 1832
Maria Mitchell
1818 – 1889
Gregor Mendel
1822 – 1884
Louis Pasteur
1822 – 1895
William Ramsay
1852 – 1916
George Washington Carver
1864 – 1943
Carlos Chagas Filho
1910 – 1999
Wernher Von Braun
1912 – 1977

Se a ciência tem pais cristãos, ou ela é compatível com a crença em um Deus, ou os listados acima eram loucos. Se a última alternativa estivesse correta, eles não seriam aceitos como cientistas. O que acontece é que sempre houve homens como os três astronautas da Apollo 8 que, em 1968, quando estavam circundando o lado escuro da Lua e viram nosso lindo planeta azul nascer no horizonte lunar, declamaram em uníssono, para as conexões de comunicação do nosso planeta ouvirem: “No princípio Deus criou os céus e a terra!”(Gênesis 1:1).

Já no século XXI, a revista Perspective Digest (ano 2001, vol. 6, nº. 3) divulgou o resultado de duas pesquisas feitas com cientistas, a respeito de suas crenças religiosas. Veja os resultados:


Primeira Pesquisa – Realizada em 1916
Cientistas que disseram acreditar em Deus
40%
Cientistas que disseram não acreditar em Deus
45%
Cientistas que não responderam à pesquisa
15%
Segunda Pesquisa – Realizada em 1996
Cientistas que disseram acreditar em Deus
40%
Cientistas que disseram não acreditar em Deus
45%
Cientistas que não responderam à pesquisa
15%


Por que será que, passados 80 anos, nos quais a ciência tanto se desenvolveu, a crença que os cientistas têm em Deus não mudou nada? É lógico que é porque na natureza há evidências da existência do Criador!

Albert Einstein já sabia que a ciência é o estudo da criação de Deus, e por isto falava que “a ciência sem a religião é manca; e a religião sem a ciência é cega”. Deus deseja que a ciência seja uma ferramenta útil para mostrar que Ele é o Criador. Como Ele é um Ser, e não uma simples matéria ou fórmula, Sua existência é provada pelos humanos na experiência pessoal que têm ao relacionar-se com Ele. Nem todos têm esta coragem. É por isso que, ao longo do tempo, sempre existem crentes e céticos. Os percentuais obtidos pelas pesquisas do Instituto Gallup realizadas junto à opinião pública dos americanos, demonstram isto:


CRENÇAS DE ADULTOS NOS EUA COM RESPEITO A SUAS ORIGENS
Origem
1982
1991
1993
Deus criou o homem dentro dos últimos 10 mil anos.
44
47
47
O homem desenvolveu-se ao longo de milhões de anos. Deus dirigiu o processo.
38
40
35
O homem desenvolveu-se ao longo de milhões de anos. Deus não esteve envolvido.
9
9
11
Não opinaram.
9
4
7


Alguns cientistas se perguntam como é possível que, após mais de um século de educação evolucionista, tão poucos sigam a doutrina. Para Ariel A. Roth, um cristão que atualmente é cientista, o problema é que “muitos acham difícil acreditar que o homem e todas as complexas formas de vida ao seu redor, juntamente com a Terra e um Universo que tão adequadamente os sustentam, se tornaram organizados por si mesmos”.

É muito ilógico, olhar para um sistema de complexidade irredutível, como por exemplo, o olho, e não esperar que alguém o tenha planejado . Isto tem sido motivo de discussão por dois séculos. A questão da origem do olho não é tida como um tópico favorito de discussão, por vários evolucionistas . Darwin era muito ciente deste problema, embora não conhecesse toda a complexidade do processo de visão. Ele confessou seu desespero numa carta que escreveu a Asa Grey, em 3 de abril de 1860, que diz: “Só de pensar no olho, tenho calafrios”. “Tipos altamente complexos de olhos como os nossos são um assombro de partes coordenadas que operam em conjunto para que possamos ver” . Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção (Salmo 139:14).

Certa vez, uma professora pediu que um de seus alunos olhasse para fora da sala de aula, e então lhe

perguntou: “Tom, você está vendo aquela árvore?” O garotinho respondeu que sim. “Então a árvore existe” afirmou a professora. Ela continuou: “E você está vendo a grama?” “Sim”, foi a resposta de Tom. Mais uma vez, ela concluiu: “Logo, a grama existe”. “Agora Tom, vá lá fora e olhe bem, para todo o céu”, a professora pediu. O garotinho foi, olhou, e voltou.

- Você viu o céu, Tom?

- Sim professora.

- Então o céu existe.

- Tom, você viu a Deus?

Quando o aluno respondeu que não, a professora explicou para a classe que Deus não existe porque ninguém nunca O viu.

Peter, um outro aluno, então pediu permissão para fazer mais algumas perguntas para Tom. A professora consentiu, e o diálogo seguiu-se assim:

- Tom, consegue ver a árvore?

- Sim.

- A grama?

- Sim.

- O céu?

- Sim.

- Consegue ver o cérebro da professora?

- Não.

- Então ela não tem cérebro!!!

A classe caiu na gargalhada.

Com sua simplicidade infantil, Peter acabara de apresentar à classe um grande seminário cuja lição era:

Nem sempre o tangível, visível ou testável é a única realidade. Precisamos aceitar que Deus é infinito (“multidimensional”), e que uma das maiores dificuldades com as quais nós, seres humanos finitos nos deparamos, é a tentativa de conhecê-Lo de forma abrangente em Sua revelação. ‘Os mais poderosos intelectos da Terra não podem compreender a Deus’ .

Dizer que é possível provar cientificamente que Deus existe seria uma tolice. Mas seria também uma tolice falar que a ciência afirma que Deus não existe. Afirmarmos que é comprovado cientificamente que o homem evoluiu, seria dizer uma grande besteira! Vamos respeitar a ciência! Finalmente, com uma mentalidade um pouco mais científica, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas (Filipenses 4:8). É sobre elas que vamos aprender nas próximas semanas!

Embora não possamos usar a ciência para provar que Deus exista ou não, podemos encontrar evidências que mostram que não estamos aqui por conta do acaso. Os arranjos e o equilíbrio especial das forças fundamentais da natureza dizem que há um Ser que colocou tudo isso junto de forma perfeita, na construção deste Universo.

Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? Pergunte aos animais, e eles o ensinarão, ou às aves do céu, e elas lhe contarão; fale com a terra, e ela o instruirá, deixe que os peixes do mar o informem. Quem de todos eles ignora que a mão do SENHOR fez isso? (Isaías 40:26; Jó 12:7-9).

Alguém fora do Universo estava pensando em nós. Você não é fruto do acaso, você é a realização do sonho do grande Criador. E se você se encontra detonado pelo pecado, Ele tem para você o Plano da Redenção. Por este plano, já lhe redimiu pelo sangue de Jesus no Calvário, e quer levar-lhe um dia para o Céu.

Seria errado dizer que evoluímos?

Um abraço,

Pr. Valdeci Jr.

Referências:
Ariel A. Roth, Origens (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), 29-30.
Dra. Marcia Oliveira de Paula, UUNASP - SP.
Thomas Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions, 2aed. (Chicago: University of Chicago Press, 1970), viii.
Rodrigo P. Silva, Eles Criam em Deus (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2002).
Michael J. Behe, A Caixa Preta de Darwin (Editora Jorge Zahar).
Pierre P. Grassé, Evolution of Living Organisms: Evidence for a New Theory of Transformation (Nova York, San Francisco e Londres: Academic Press), 105.
Roth, 97-105.
Michelson Borges, Por Que Creio (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), 223.

Fonte: Advir

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Testemunhos de W. C. White e Loughborough à favor da Posição Original quanto ao 144.000

“Quanto à questão A irmã White ensinou que os que morreram na mensagem desde 1844 e dos quais se diz ‘Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor’, serão membros do 144  mil?                                                                                                                    
Posso assegurar-lhe, irmão, que esta era a crença e o ensino de Ellen G. White. Muitas vezes eu a tenho ouvido fazer declarações neste sentido, e estou de posse de uma carta ao irmão Hastings que é mencionada na página 237 de Life Sketches, na qual diz claramente que a esposa dele, que havia morrido recentemente, seria um membro dos 144 mil.               
Uma carta recebida há pouco de um irmão de Reno, Nevada, faz referência a uma declaração do livro do pastor Loughborough à página 29, na qual está narrado que a irmã White disse: ‘Os que morreram na fé estarão ente os 144 mil. É me claro este assunto.’                               
E eu testifico, meu irmão, que está em perfeita harmonia com os escritos, ditos e ensinos dela em todos os anos de seu ministério.” – W. C. White, carta escrita em Santa Helena, Califórnia, em 18 de abril de 1929.
“A fé original sobre o assunto dos 144 mil era que alguns estavam então sendo assinalados, e que eles deveriam pertencer ao grupo dos ressuscitados no tempo de angústia, e ser parte dos 144 mil. [...]
Então Loughborough passou a conciliar a aparente discrepância entre a idéia de que os 144 mil estão todos vivos e a crença em que todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo serão numerados entre aquele privilegiado grupo. Ele explicou isso baseado em que, em seguida à terceira mensagem de Apocalipse 14:9-11, é pronunciada uma bênção como privilégio de ressurgir numa ressurreição parcial ao início da sétima praga. Os que assim procedem, explicou ele, passarão vivos pela crise da sétima praga, ou ‘grande tribulação’, e estarão, de fato, entre os santos vivos por ocasião da ressurreição geral dos justos”. – The SDA Bible Commentary, edição revisada, vol. 10, pág. 1030.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ilustrações Sobre Redenção

Apesar de não podermos ser puros como Jesus desde o nascimento, sendo um “Ente Santo” (Lucas 1:35), Ele nos dá uma segunda chance, o chamado - novo nascimento – ele quer dizer a nós o mesmo que disse aquela mulher adúltera (um caso aparentemente sem solução): “Vai e não peques mais” João 8:11 u.p.
Há uma ilustração para este caso, muito fácil de entender: vamos imaginar uma pessoa que está com sua vida um fracasso, uma desilusão; ela, por más influências, começa a piorar na sua vida moral, e não consegue ficar na casa de seus pais; pois não conseguiria cometer certos pecados com seu pai por perto, estando sem seu pai, vai se afundando de pecados, e vai aumentando a desilusão da vida. Todavia, não se lembra de seus pais (diferentemente do que acontece com o filho pródigo), apesar de O Espírito Santo estar tentando lembrá-la do mal que fez de ter deixado a casa de seus pais.
Mas o seu pai amoroso a acha e a traz para casa. Apesar de tudo o que ela fez, ele cuida como ela tivesse morrido algum tempo atrás e agora tenha ressuscitado (Lucas 15:24).
Poderia terminar a história aqui, mas é bem verdade que ela caiu, e voltou ao mundo, seu pai a buscou de novo e de novo, mas ela sempre voltava, até que experimentou uma conversão quando ela passou perto da morte. O seu pai a trouxe do fundo do poço, e ela não entendia a bondade de seu pai e perguntou: por quê? Por que você não vai me condenar? Seu pai apenas responde: só peço que não volte mais.
Este é o mistério da piedade de nosso Salvador, ele é bondoso, piedoso, amoroso, Ele é o Campeão de Amor.  Também aprendemos pelas escrituras que mesmo com o novo nascimento (João 3:7) podemos cair (I Coríntios 10:12; I João 2:1); mas se não deixarmos de nos apegarmos em Cristo podemos ficar tranquilos em Seus braços de amor. Apesar de podermos cair quantas vezes for, podemos se levantar em todas essas vezes, e sua única exigência é: vai e não peques mais.
Mas quanto ao segredo da vitória, para não cair outra vez, sabemos que é andar lado a lado com Jesus, acompanhar suas pegadas e se entregar a vontade de Nosso Salvador, custe o que custar.
Isto me leva a lembrar de outra ilustração: Há de um homem que podia ver sua vida espiritual com Cristo, como ele andando na praia com Jesus: ele via que em todos os momentos felizes e bons na vida dele, estava Jesus andando com ele, as pegadas dos dois na areia da praia apareciam lado a lado. Mas é claro que havia momentos de dificuldades, de desilusão, e tristezas; e nestes momentos, ele não via as pegadas dos dois, mais de um apenas! Ficou perplexo, e se queixava: acaso Deus tem me abandonado nas dificuldades, tenho ficado sozinho nos momentos que mais precisava dEle?
Mas o homem estava errado! Quando ele estava em dificuldades, as pegadas que apareciam na areia eram as de Cristo. Ele carregava o homem nos braços para que agüentasse, para que ficasse protegido do maligno.
Aquele homem não reconhecia verdadeiramente sua necessidade de Jesus Cristo; achava que era possível por si mesmo ter passado por todas aquelas dificuldades; achava que Jesus estava com ele somente nos momentos felizes. Mas como pode pensar isso, visto que nas dificuldades Cristo estava mais próximo, consolando-o? As pegadas na dificuldade, não poderiam ser de outro a não ser Jesus.
Para não cair mais, acredite realmente que precisa de Deus, ele é o pão que veio do céu (João 6:51), nosso alimento espiritual. [M. Borges]

sábado, 26 de novembro de 2011

Sinopses sobre Justificação e Santificação pela Fé

 

Justificação

Lutero, antes de conhecer a justificação pela fé, não entendia como Deus poderia salvá-lo em Sua Justiça, sendo que entendia que justiça é dar a pessoa o que ela merece.
Justificação forense é ser declarado legalmente justo.
Imaginem que vocês tenham uma conta bancária em que está negativa em R$200.000,00, e não tendo como pagar.
Então imaginem que um milionário liga para seu banco e diz que quer unir a conta dele com a sua, ou seja, abrir uma conta conjunta.
O que pertence a ele passa a pertencer também a você. É creditado, transferido para sua conta. E então a sua dívida é coberta pela imensa fortuna deste milionário. Como o gerente trataria agora você? Trataria como um milionário. Isto é imputação.
Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. (II Coríntios 5:21).

Na cruz Cristo tomou nosso lugar, ele foi declarado, atribuído, imputado, de forma forense os nossos pecados. Pecado sobre Ele, mas não nEle.

Da mesma forma nós somos com Sua justiça declarados justos. Você passa a ter justiça sobre você, mas não em você.

Somos declarados justos da mesma forma que Cristo foi declarado pecado. E isso é a Graça de Deus, um favor imerecido.

O fundamento da justificação é a graça de Deus, e não a fé: a fé em si, é apenas o instrumento, o meio, pelo qual nos apropriamos da (recebemos a) graça.

Corremos o risco muitas vezes de fazer da fé, outro tipo de obras. Esta questão fica clara quando é lido o texto “Porque pela graça sois salvos, mediante [através] a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2:8).

“Mediante a fé, recebemos a graça de Deus; mas a fé não é nosso Salvador. Ela não obtém nada. É a mão que se apega a Cristo e se apodera de Seus méritos, o remédio contra o pecado. E nem sequer nos podemos arrepender sem o auxílio do Espírito de Deus. Diz a Escritura de Cristo: "Deus com a Sua destra O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados." Atos 5:31. O arrependimento vem de Cristo, tão seguramente como vem o perdão” (Desejado de Todas as Nações, pág. 175).

A fé não é auto-gerada, você não a produz; ter fé é como se apaixonar; você se apaixona não devido a sua habilidade de produzir amor, mas devido à habilidade da outra pessoa de despertar amor em você. Da mesma forma a fé é baseada na habilidade de Cristo despertar fé em você.

A fé não é contra as obras, no ensino dos apóstolos, ela é somente contra quando obras se tornam um método de salvação, criando uma forma de competição com Cristo.

Quando nós estamos doentes, esperamos melhorar quanto para ir ao médico? Acaso não vamos até ele doentes? E os doentes (físicos e espirituais) que encontraram Jesus, eles continuaram doentes?

Santificação

Santificação é o resultado da justificação. Justificação não depende da santificação, mas a santificação depende da justificação. Logo elas não devem ser confundidas, mas também não devem ser separadas.
Justificação é aceitação da obra de Cristo por mim; santificação, em mim.
Uma é a raiz, a outra o fruto.
Uma é fundamento de nossa paz, a outra é base da nossa pureza
Uma é remoção da culpa do pecado, a outra é a remoção do poder do pecado
Uma é a justiça imputada, a outra é a justiça comunicada.
Uma é o nosso título para o céu, a outra nossa adequação para o Céu.
Uma tem haver com Cristo como Nosso Substituto, a outra como Nosso Exemplo, Modelo. 
Uma árvore não produz frutos para provar que está viva, ela produz frutos por que está viva.
O significado de santificação é separar para uso particular, especial. Separação do pecado.
Nós não vencemos como Cristo venceu, mas vencemos porque Ele venceu.
Nossa luta, nossa dedicação, fervor, surgem da gratidão, da vontade de agradá-Lo, cumprindo a vontade de Deus em nós.
A forma que os perfeccionistas consideram a Cristo, apenas como um modelo, e não um substituto também, simplesmente se torna algo frustrante, pois quando está se alcançando o ideal, ele se reprojeta para mais longe.
Nunca chegaremos a um estágio aqui nesta terra, que não nos seja necessário dizer: Pai Nosso, perdoa as nossas dívidas...
Na santificação, obra de uma vida toda, não estamos avançando para a santidade, como fosse um alvo a ser atingido, na verdade estamos avançamos em santidade.
Em busca da perfeição, não nos tornamos cada vez mais independentes de Cristo, por termos nos tornados (pretensamente) mais fortes espiritualmente, mas a santificação verdadeira é você tomar consciência crescente de que você depende de Cristo.
Um menino estava visitando um monumento em Washington, um enorme obelisco branco de granito e mármore de 170 metros de altura, o menino impressionado, tira uma moeda de um quarto de dólar, 25 centavos, e diz: - pai eu gostaria de comprar esse monumento.
O pai em solidariedade diz: - vá conversar com o guarda do parque e fale de seu plano.
O garoto vai ao guarda e diz, tirando novamente do bolso sua moeda brilhante de 25 centavos:
- Eu gostaria de comprar!
O guarda passa a mão sobre a cabeça do garoto e diz:
- filho, primeiro, não está à venda, em segundo lugar, o seu dinheiro não é o suficiente para comprá-lo, e em terceiro lugar, como americano, já é seu.
A salvação é assim, não está à venda, não poderíamos comprá-la, mas se você está em Cristo ela já pertence a você. Pela graça de Deus a salvação é sua.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Há Embasamento Bíblico para o Divórcio e Novo Casamento? - Parte Final

Continuação e Parte Final do artigo sobre divórico e novo casamento, caso o amigo internauta não tenha visto a primeira parte clique aqui.

5)         Um único marido por toda uma vida, essa é a afirmação da Bíblia, pois, fala que a mulher está ligada a seu marido em quanto viver (pois é um contrato vitalício, Romanos 7:2-3), uma possibilidade, no caso, para se ter um segundo marido, é de escolha da pessoa, de na viuvez se casar de novo. Quanto à exceção de Mateus 19:9 é um caso a parte: era como um seguro que o noivo tinha contra uma possível enganação por parte da moça quanto à sua virgindade, o qual anularia os votos naquelas circunstâncias. Porém, se o noivo já tinha aceitado a não-virgindade da moça, não havia motivo para a anulação, pois já era caso conhecido, apenas se fosse desconhecido o fato pelo noivo é que seria feita a anulação. Devemos nunca se esquecer que Deus odeia o divórcio (Malaquias 2:16). Isto é testificado por Deus já no Antigo Testamento (neste texto, no caso, mostra o verdadeiro plano de Deus), acaso Jesus ia se contradizer aceitando a dureza do coração dos homens no tempo da Restauração de todas as coisas?

6)         Quando o Apóstolo Paulo fala sobre o assunto do casamento, na Carta aos Romanos, e na dos Coríntios, ele não limita os seus conselhos inspirados apenas a um caso, pois serviriam universalmente para os Filhos de Deus, sendo que o silêncio dele ao tratar dos detalhes das circunstâncias, mostra que se aplicam às várias circunstâncias. Paulo não se refere há um caso que houve infidelidade por parte do marido, e nem se refere a uma mulher que quer se separar por motivos seculares; ele não limita o texto inspirado a nenhum dos casos, mas para ambos, e também a outras circunstâncias especiais. Analisando a exegese do texto, fica claro que Paulo queria fechar a porta a qualquer motivo de separação e novo casamento.
           
7)        A reconciliação com o primeiro marido deve acontecer, mesmo que a mulher esteja em seu segundo casamento, ou que fique só. Também deve ser levado em consideração, que apesar de a pessoa ter se separado em “tempos de ignorância”, ela agora em arrependimento vai desfazer o mal feito, como o ladrão que roubava, deixa de roubar, ou devolve seu dinheiro ilícito; tal como é dito no artigo já citado:
Se essas duas pessoas se converteram, elas têm a obrigação de parar de cometer adultério continuado. A doutrina do arrependimento (Grego: metanoeo) diz que acontece uma mudança de mente, atitude e de comportamento quando uma pessoa é verdadeiramente salva.
Além do mais, convenhamos que o termo “tempos de ignorância” nem se aplica, pois os casais dos países da cristandade, já tinham o conhecimento de que era apenas um casamento por toda a vida, e até que a morte os separassem, quando se casaram. Isso não é uma verdade peculiar nossa, há conhecimento disso lá fora, antes de terem vindo para o remanescente fiel. Quando se apela para a emoção neste assunto, achei muito sensata a resposta do autor do artigo já citado, intitulado “Divórcio e Novo Casamento é o mesmo que adultério continuado”:
Pergunta: “O segundo casamento não deve ser desfeito porque os filhos dessa união fruto do divórcio e recasamento não merecem sofrer (1 Co. 7:10-11).”
“Resposta: Errado! Em primeiro lugar, esse argumento é um tiro pela culatra porque se houver filhos do legítimo casamento (primeiro), eles é que não deveriam sofrer! A questão, todavia, não é quem merece ou não merece sofrer, pois quando há divórcio sempre há sofrimento. A questão é o que a Bíblia ensina: Divórcio e novo casamento é adultério. Em segundo lugar, o relacionamento marido-mulher (eles são uma só carne até a morte) é sempre a prioridade. Em terceiro lugar, nada justifica uma situação de adultério continuado nem mesmo o sofrimento de filhos dessa união. Deve-se destacar que a responsabilidade dos pais permanecem”.
Há um argumento neste ponto da reconciliação com o primeiro marido. Esse fala que não era permitido voltar ao primeiro marido no tempo de Moisés, pois a mulher estava contaminada, e disso conclui que não se deve, hoje, se reconciliar com o primeiro marido, se houve segundo casamento (Deuteronômio 24). Porém, sabemos muito bem, que no tempo de Moisés era tempo de permissão, e não de restauração como é hoje, pois, se for assim, é necessário também nos adequarmos a outras ordenanças tais como: olho por olho, dente por dente, e não amar ao inimigo. Não há como aplicar aquele texto para nós, a menos que se conclua que é tempo de permissão hoje. Devemos ser criteriosos nos argumentos, senão, iremos concluir que a Bíblia está em contradição; devemos entender o Plano (Original), Permissão (Temporária) e Restauração (Final) de Deus (Atos 3:19-21), senão cairemos em engano.
Além disso, chamo à atenção os primeiros quatro versos de Deuteronômio 24 que, enquanto o divórcio é garantido, ainda assim a mulher divorciada torna-se “contaminada” por seu novo casamento (verso 4). Pode muito bem ser que, quando os fariseus perguntaram a Jesus se o divórcio era legítimo, ele baseou sua resposta negativa não somente na intenção de Deus expressa em Gênesis 1.27 e 2.24, mas também em Deuteronômio 24.4, em que o novo casamento pós-divórcio contamina a pessoa. Em outras palavras, existiam várias pistas na lei civil mosaica de que a concessão do divórcio era baseada na dureza do coração humano, e realmente (efetivamente) não tornavam o divórcio e o novo casamento legítimos (perante Deus). Quanto a uma pessoa solteira que casa com uma divorciada, o voto matrimonial não foi selado (confirmado por Deus), pois a parte divorciada não estava livre de seu primeiro voto, tornando portanto este voto matrimonial inválido. A pessoa solteira está livre do voto de casamento (pois este foi um voto nulo; sem efeito ou valor), apesar de que durante este tempo estivesse vivendo em fornicação. Já a parte divorciada está vivendo em adultério continuado. Sendo que o segundo casamento não valeu, a mulher divorciada não tem dois homens, e não se casou duas vezes – coisa proibida por Deus.

8)         O voto matrimonial é feito para valer dali em diante até que a morte os separe, porém há uma cláusula de exceção: havia uma segurança para o noivo, justamente por ele, na sua inocência, não desconfiando da noiva, viesse a ser enganado casando com uma moça que tinha perdido a virgindade. Um caso a parte como já disse.  Interessante notar que há alguns intérpretes que não fazem nem ligação com depois do casamento a cláusula de exceção, mas sim antes, veja: o autor Pedro de Almeida, da obra que foi citada durante o artigo, não faz a ligação de Mateus com Deuteronômio 22 que fala que mesmo depois de casado, por não encontrar virgem a moça, o homem poderia se separar; ele entende que se aplicava o texto apenas a antes do casamento, como é o caso de José e Maria. Para mim este é um equívoco do autor, pois Jesus queria dar esta segurança ao noivo mesmo depois de casado (tal como em Deuteronômio 22). Devemos também levar em conta a importância que se tinha pela virgindade da moça, e isto, não apenas para a cultura da época, mas também para Deus.  

9)         Quanto ao voto matrimonial gostaria de citar novamente o artigo sobre o divórcio: “O voto mais antigo é que tem que ser mantido! ... Não se pode fazer um novo voto, contrariando (Rom. 1:31 diz sobre os réprobos: "infiéis nos contratos") o primeiro voto! ... Consequentemente, esse voto tolo (ver um voto abominável em Jer. 44:25) do recasamento, é pecaminoso e uma afronta contra Deus. Ele não tem valor algum, e deve ser quebrado imediatamente para não se continuar em adultério. Esse segundo casamento nada vale diante de Deus, pois é considerado adultério. Se os homens o consideram erradamente de casamento, e um "divórcio" de acordo com as leis humanas é necessário para cancelá-lo, isso não viola 1 Co. 6:1-8, pois uma situação pecaminosa (que nunca deveria ter ocorrido em primeiro lugar) está sendo corrigida e não criada.

10)       Deus traçou um plano para a raça humana, e o havia sido dito para os patriarcas da fé, porém, no tempo de Moisés por causa da dureza de coração foi um tempo de permissões (temporárias), e adaptações da verdade de Deus, sendo como ensinos de vingadores, olho por olho, de pena de morte etc. Muitas vezes sem levarem em consideração a misericórdia, mas apenas baseado na justiça e na dureza do coração. Nunca saberemos ou entederemos totalmente neste mundo por que motivo Deus tolerou certos pecados; porém, é compreensível que pela constante incredulidade de Seu povo, Ele em Sua infinita sabedoria para não exterminar todo o povo (quantas rebeliões fariam eles se fosse exigido tudo?) tolerou eles, para que mesmo em meio à incredulidade, floresce-se  a justiça e misericórdia, para que houvessem homens reformadores que pregariam a verdade de Deus. O Senhor quer que O obedeçam, porém, somente se for o que nosso coração deseja.                                 
           Quando formos estudar o assunto do divórcio e novo casamento, não podemos nos basear no Velho Testamento em geral, especificadamente nas leis de Moisés que foram adaptações falhas do plano de Deus, porém, mesmo no Antigo Testamento vemos o Senhor dos exércitos contra o divórcio (Malaquias 2:16), mostrando assim a pecaminosidade de seu povo no costume de se divorciarem. O Plano de Deus para a Restauração de todas as coisas está no Novo Testamento: lá podemos encontrar o que Deus pensa sobre o assunto do casamento sem permissões dadas temporariamente por causa da dureza do coração. Com efeito, Jesus aponta para antes de Moisés, para a Criação quando tudo era perfeito, e fala que essa deve ser a norma.
Que Deus seja engrandecido em todo estudo que houver de Sua Palavra, e não de nenhum de nós, seus servos, aprendendo cada dia como obedecer a Ele por amor.

APÊNDICE

Pornéia = Fornicação.
Esta é a tradução de João Ferreira de Almeida e diversos outros tradutores. Na Septuaginta (Versão em grego do Antigo Testamento), o texto de Deuteronômio 22 (não só este texto, bem como muitos outros), que fala da fornicação da moça, é traduzido do hebraico como sendo pornéia, sendo esta versão dos 70 eruditos judeus uma das mais tradicionais traduções da Bíblia. Assim reafirmando o paralelo entre Deuteronômio 22, e as palavras de Jesus em Mateus 19:9.

Um dos textos mais esclarecedores quanto ao significado de pornéia, é este: “Mas agora procurais matar-me, a mim que vos falei a verdade que de Deus ouvi; isso Abraão não fez. Vós fazeis as obras de vosso pai. Replicaram-lhe eles: Nós não somos nascidos de fornicação; temos um Pai, que é Deus.” João 8:40-41 (ver também I Coríntios 5:1 e 10; 7:2; Judas 1:7; etc.).  Fica claro o significado da palavra pornéia no episódio de Maria, sendo que a acusação que faziam era referente a fornicação; e posteriormente Jesus foi chamado levianamente também pelos incrédulos de filho de fornicação, sendo sempre este o significado de pornéia na Bíblia.

Fornicação e adultério as duas palavras juntas nos textos abaixo caracterizando uma diferença confira:

 I Coríntios 6:9 e 18; Apocalipse 21:8; Mateus 15:19; Marcos 7:21 etc.

Para os que insistem que a exegese feita neste estudo para com o sentido da palavra “fornicação” é equivocada, há especialistas nesta área que atestam a favor, apesar de que obviamente há outros que discordem delas. Veja o que dizem algumas autoridades advogando a favor de um sentido estrito, preciso, para a palavra em questão:

“[Fornicação é:] Relação sexual ilícita por parte de uma pessoa não casada” Webster’s New Collegiate Dictionary.

“Como a palavra fornicação nada mais significa que a união ilícita de pessoas não casadas, não pode ser empregada aqui (Mateus 5:32) com propriedade, quando se fala dos que são casadosClarke’s Commentary.

“Neste sentido os fornicários (pornoi) se distinguem dos adúlteros (moichoi) como em I Coríntios 6:9”. Baker’s Dictinary of Theology.
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