quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O pior cego é o que não quer ver

[O artigo a seguir foi publicado na revista Scientific American. Meus comentários seguem entre colchetes; os trechos em bold também são meus. – MB] O olho humano é um órgão extremamente complexo; atua como uma câmera, coletando, focando luz e convertendo a luz em um sinal elétrico traduzido em imagens pelo cérebro. Mas, em vez de um filme fotográfico, o que existe aqui é uma retina altamente especializada que detecta e processa os sinais usando dezenas de tipos de neurônios. O olho humano é tão complexo que sua origem provoca discussão entre criacionistas e defensores do desenho inteligente [os darwinistas não discutem porque assumem a priori que a evolução é um fato; e na ausência de discussão a ciência não prospera], que o têm como exemplo básico do que chamam de complexidade irredutível: um sistema que não funciona na ausência de quaisquer de seus componentes e, portanto, não poderia ter evoluído naturalmente de uma forma mais primitiva [e existe isso, levando-se em conta que a forma mais “primitiva” já conta com células e toda a sua complexidade?]. Mesmo Charles Darwin admitiu em A origem das espécies, de 1859 – que detalha a teoria da evolução pela seleção natural –, que pode parecer absurdo pensar que a estrutura ocular se desenvolveu por seleção natural. No entanto, apesar da falta de evidências de formas intermediárias naquele momento, Darwin acreditava [fé sem evidências é uma evidência de que o modelo/hipótese se sobrepõe aos fatos] que o olho evoluíra dessa maneira.

Não foi fácil encontrar uma evidência direta para essa teoria. Embora pesquisadores que estudam a evolução do esqueleto possam documentar facilmente a metamorfose em registros fósseis [fazendo suas “escadinhas” evolutivas baseados na escolha intencional de fósseis que se encaixam em seus conceitos de macroevolução], estruturas de tecidos moles raramente fossilizam. E mesmo quando isso ocorre, os fósseis não preservam detalhes suficientes para determinar como as estruturas evoluíram. Ainda assim, recentemente biólogos fizeram avanços significativos no estudo da origem do olho, observando a formação em embriões em desenvolvimento [Haeckel redivivus?] e comparando a estrutura e os genes de várias espécies para determinar quando surgem os caracteres essenciais. Os resultados indicam que o tipo de olho comum entre os vertebrados se formou há menos de 100 milhões de anos, evoluindo de um simples sensor de luz [simples?] para ritmos circadianos e sazonais, há cerca de 600 milhões de anos, até chegar ao órgão sofisticado de hoje, em termos ópticos e neurológicos, há 500 milhões de anos. Mais de 150 anos após Darwin ter publicado sua teoria revolucionária, essas descobertas sepultam a tese da complexidade irredutível e apoiam a teoria da evolução [simples assim?]. Explicam ainda por que o olho, longe de ser uma peça de maquinaria criada à perfeição, exibe falhas evidentes – “cicatrizes” da evolução. A seleção natural não leva à perfeição; ela lida com o material disponível, às vezes, com efeitos estranhos. [Na verdade, muitas dessas “falhas” oculares já foram descartadas – confira. Além disso, se se partir da cosmovisão criacionista, eventuais defeitos no olho são fruto da “involução”, não resquícios da seleção natural. Criacionistas não esperam mesmo que a natureza em seu estado atual seja perfeita.] Clique aqui para continual a leitura...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O macaco veio do homem?

A revista Veja desta semana publicou um artigo sobre o lançamento do filme “O Planeta dos Macacos – A Origem”. Mas o que me chamou a atenção mesmo foi o box no meio da matéria, intitulado “Nós, os pais deles”. Diz o texto: “‘Por qual lado o senhor descende dos macacos? O de sua avo ou o de seu avo?’ A provocação foi feita pelo bispo inglês Samuel Wilberforce, defensor do criacionismo (a ideia de que um ser todo-poderoso ordenou a criação de todos os seres vivos), em um celebre debate de 1860, na Universidade de Oxford. Ele se dirigia ao biólogo Thomas Huxley, conhecido como ‘o buldogue de Darwin’, por divulgar as teses do naturalista Charles Darwin. A discussão era sobre o recém-lançado A Origem das Espécies, em que o naturalista apresentava sua teoria da evolução, segundo a qual os seres passam por transformações para se adaptar ao meio em que vivem [microevolução] - o que viria a ensejar o raciocínio de que o homem evoluiu a partir do macaco [macroevolução]. Passado um século e meio, porém, cientistas descobriram que o bispo estava correto ao questionar Darwin. Não, não viemos dos macacos. Tudo sugere que a verdade é ainda mais desconcertante: foram os chimpanzés e os gorilas que evoluíram de um ser parecido conosco. A pergunta de Wilberforce, então, deveria ser outra, e endereçada não a um semelhante, mas a um chimpanzé como Caesar, protagonista do filme ‘Planeta dos Macacos - A Origem’: ‘Por qual lado o senhor, caro símio, descende dos homens?’

“A conclusão de que foi um hominídeo muito semelhante ao homem que deu origem aos símios atuais, como os chimpanzés e os gorilas, foi proposta há dois anos. Em outubro de 2009, um grupo de pesquisadores anunciou a descoberta do esqueleto de uma ancestral do Homo sapiens que viveu ha 4,4 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. O hominídeo da espécie Ardipithecus ramidus é uma fêmea de 1,20 metro e 50 quilos, cujos ossos foram escavados em 1994 na Etiópia. Só quinze anos depois o esqueleto, que ganhou o nome de Ardi, foi montado e apresentado ao publico. A surpresa é que Ardi, o exemplar completo mais próximo já descoberto do elo perdido [sic] que une a linhagem humana a dos símios, pouco se parece com o nosso [suposto] ancestral imaginado antes por biólogos e paleontólogos. Ela não vivia em arvores, não tinha braços compridos para se jogar de um galho a outro nem andava de cócoras pelo chão. Ardi era muito mais parecida com um humano do que com um macaco. [E é bom lembrar que os desenhas que a “macaquizam” são apenas isto: desenhos.] (Clique aqui para continuar a ler...)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pensamentos de Pascal N°. III

Para o internauta ver a Ed. N°II clicar aqui,  para a Ed. N°. I, clique aqui.

Vejo várias religiões contrárias, mas todas falsas, exceto uma. Cada qual quer ser acreditada por sua própria autoridade e ameaça os incrédulos. Não creio nelas; todos podem dizer isso, todos podem dizer-se profetas. Vejo, porém, a religião cristã, na qual encontro profecias; e é o que nem todos podem fazer.

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Importa, igualmente, que os homens conheçam esses dois pontos; e é igualmente perigoso que o homem conheça Deus sem conhecer sua miséria, e conheça sua miséria sem conhecer o Redentor que pode curá-lo dela. Um só desses conhecimentos faz ou o orgulho dos filósofos que conheceram Deus, e não sua miséria, ou o desespero dos ateus, que conhecem sua miséria sem Redentor. Pág. 7.

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Coisa assombrosa, no entanto, que o mistério mais distanciado do nosso conhecimento, que é o da transmissão do pecado original, seja uma coisa sem a qual não podemos ter nenhum conhecimento de nós mesmos! Sem dúvida, não há nada que choque mais a nossa razão do que dizer que o pecado do primeiro homem tornou culpáveis os que, estando tão afastados dessa fonte, parecem incapazes de participar dele. Essa emanação não nos parece somente impossível, mas nos parece até mais que injusta: com efeito, que há de mais contrário às regras da nossa miserável justiça do que danar eternamente uma criança incapaz de vontade por um pecado em que parece ter tido tão pouca parte, que cometeu seis mil anos antes de sua existência? Certamente, nada nos choca mais rudemente do que essa doutrina; no entanto, sem esse mistério, que é o mais incompreensível de todos, somos incompreensíveis a nós mesmos. O nó da nossa condição toma suas voltas e pregas nesse abismo. De sorte que o homem é mais inconcebível sem esse mistério do que esse mistério inconcebível ao homem. Pág. 8-9.

O pecado original é uma loucura diante dos homens; mas, é dado como tal. Não deveis,pois, censurar de falta de razão essa doutrina, uma vez que a dou como não tendo razão. Mas, essa loucura é mais sábia do que toda a sabedoria dos homens: Quod stultum est Dei, sapientius est hominibus ["Porque o louco é de Deus, o sábio é dos homens"] (I Coríntios, 1, 25). Com efeito, sem isso, que se dirá que é o homem? Todo o seu estado depende desse ponto imperceptível. E como se apercebeu disso, de vez que é uma coisa acima de sua razão, e que sua razão, bem longe de inventar por suas vias, afasta-se quando ela se lhe apresenta? Pág. 9.

Não concebemos nem o estado glorioso de Adão, nem a natureza do seu pecado, nem a transmissão que dele se fez em nós. São coisas passadas no estado de uma natureza toda diferente da nossa e que vão além da nossa capacidade presente. Tudo isso nos é inútil saber para sair dele; e tudo o que nos importa conhecer é que somos miseráveis, corruptos, separados de Deus, mas religados por Jesus Cristo; e é disso que temos provas admiráveis sobre a terra. Págs. 9-10.
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O cristianismo é estranho: ordena ao homem que reconheça que é vil e até abominável; e ordena-lhe que queira ser semelhante a Deus. Sem esse contrapeso, essa elevação o tornaria horrivelmente vão, ou esse abaixamento o tornaria horrivelmente abjeto [desprezível].

A miséria persuade o desespero; o orgulho inspira a presunção. A encarnação mostra ao homem a grandeza de sua miséria pela grandeza do remédio de que ele necessita.

Não se acha, na religião cristã, um abaixamento que nos torne incapazes do bem, nem uma sanidade isenta do mal. Não há doutrina mais própria ao homem do que essa, que o instrui de sua dupla capacidade de receber e perder a graça, por causa do duplo perigo a que sempre está exposto, de desespero ou de orgulho.

Os filósofos não prescreviam sentimentos proporcionais aos dois estados. Inspiravam movimentos de grandeza pura, e não é esse o estado do homem. Inspiravam movimentos de baixeza pura, e não é esse o estado do homem. São necessários movimentos de baixeza, não por natureza, mas por penitência; não para ficar neles, mas para chegar à grandeza.

São necessários movimentos de grandeza, não por merecimento, mas por graça, e depois de se ter passado pela baixeza.

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A última tentativa da razão é reconhecer que há uma infinidade de coisas que a ultrapassam. Revelar-se-á fraca se não chegar a conhecer isso. É preciso saber duvidar onde é preciso, afirmar onde é preciso, e submeter-se onde é preciso. Quem não faz assim não entende a força da razão. Há os que pecam contra esses três princípios, ou afirmando tudo como demonstrativo, não precisando ser conhecido por demonstrações; ou duvidando de tudo, não precisando saber onde é necessário, submeter-se; ou submetendo-se a tudo, não precisando saber onde é necessário julgar.

Dois excessos: excluir a razão, só admitir a razão.

Diz bem a fé o que não dizem os sentidos, mas não o contrário do que vêem estes. Ela está acima e não em oposição. Pág. 10.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Traga-me os Livros!

Quando fazia faculdade, nos tempos de agruras e privações materiais, eu lembro bem que, muitas vezes, “namorava” os livros nas estantes das livrarias de São Paulo e, depois, me conformava lendo alguns deles na Biblioteca do IAE – sonhando com o dia em que teria o meu acervo pessoal de bons livros.
Hoje, posso dizer que disponho de uma excelente biblioteca particular. O que falta mesmo é espaço para mais estantes, já que todas estão abarrotadas e há pilhas de livros ainda à espera de um lugarzinho especial (Esta semana chegaram mais de 70, entre os novos da CPB e de outras editoras) entre os “pares”.
Graças a Deus, disponho de recursos para adquirir todos aqueles que me interessam entre os que são lançados todos os dias. No entanto, uma coisa não arrefeceu em mim com o passar do tempo: o amor pelos livros e a paixão pela leitura. De modo particular, associo o estudo da Bíblia e de outros bons livros não apenas à cultura da informação, desenvolvimento do intelecto, mas, acima de tudo, à nutrição e crescimento espiritual.
“Que outros se jactem das páginas que escreveram; a mim me orgulham as que tenho lido”, afirma Jorge Luis Borges. Concordo plenamente com o maior escritor argentino de todos os tempos – alvo de uma das maiores injustiças dos organizadores do Prêmio Nobel, ao ser preterido para o Nobel de Literatura – a leitura é um prazer raro. Ler um bom livro é como degustar um fino manjar, uma comida deliciosa.
Concordo ainda com Francis Bacon, quando diz: “Alguns livros são para serem degustados, outros para serem engolidos, e alguns poucos para serem mastigados e digeridos. A leitura torna o homem completo, as preleções dão a ele prontidão, e a escrita torna-o exato”; mas, não vem deles e nem de centenas de outros escritores, filósofos e pensadores “a mais perfeita tradução” dos meus sentimentos e impressões mais sublimes sobre o sagrado exercício da leitura. Ela vem, ou melhor, encontra eco, nas palavras do pastor evangélico e escritor John Piper:
“Digo-lhes que meu principal sustento espiritual vem do Espírito Santo por meio da leitura. Por conseguinte, ler é mais importante para mim do que comer. Se eu ficasse cego, pagaria a alguém a fim de que lesse para mim. Tentaria aprender braile. Compraria livros gravados em fitas cassetes. Preferiria viver sem comida a viver sem livros”.
É impossível exagerar a importância da boa leitura, o valor dos bons livros que saem do prelo da CPB, Ados, Fiel, Vida, Mundo Cristão e tantas outras boas editoras. Daniel Webster disse:
“Se livros religiosos não circularem amplamente entre as massas, neste país, não sei o que nos tornaremos como nação. Se a verdade não for difundida, o erro o será. Se Deus e Sua Palavra não forem conhecidos e recebidos, o diabo e suas obras ganharão ascendência. Se os livros evangélicos não alcançarem cada vilarejo, as páginas de literatura corrupta e licenciosa alcançarão”.
A minha manutenção financeira nos quatro anos de Teologia foi assegurada pela venda de livros da Casa Publicadora Brasileira – a chamada “Colportagem”. Certamente, os valentes “Ministros da Página Impressa”, da mesma forma que aconteceu comigo ao ler a citação acima, se vêem nas palavras de Webster; eles fazem um trabalho tão elevado de transformação de vidas que em nada pode ser posto como inferior ao dos pastores e educadores cristãos.
Retomando os trilhos das minhas reflexões pessoais sobre a importância da leitura, faço uso novamente das palavras de John Piper:
“A Igreja primitiva foi estabelecida pelos escritos dos apóstolos, bem como pela pregação deles. Deus resolveu enviar Sua Palavra Viva ao mundo por trinta anos, e Sua Palavra escrita, por dois mil anos. Pense sobre a intenção que estava por trás desta resolução divina. As pessoas, em cada geração, seriam dependentes daqueles que lêem. Algumas pessoas, se não todas, teriam que aprender a ler – e ler bem – para serem fiéis a Deus”.
Concluo estas reflexões, convidando o leitor a fazer mentalmente comigo uma viagem ao primeiro século da Era Cristã – mais precisamente entre os anos 64 a 67. Numa prisão em Roma, abandonado pela quase totalidade dos amigos (II Timóteo 4:9-11), encontramos um homem idoso que, após o cumprimento da mais fantástica obra evangelística de todos os tempos, espera com fé o cumprimento dos desígnios divinos (II Timóteo 4:6-8).
Não sei – honestamente falando – o que eu e você, leitor, esperaríamos da vida nesta idade e a esta altura dos fatos. Se alguém dissesse para você: “Pode escolher livremente duas coisas que eu levo para você”, o que você escolheria? Paulo fez apenas um pedido singelo para o discípulo, Timóteo: “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos” (II Timóteo 4:13).
Bem, quanto à capa, ela se fazia “necessária na fria e úmida prisão do apóstolo. Paulo não pedia nada supérfluo”, afirmam os comentaristas. E os livros? Para que livros a esta altura dos acontecimentos? Para que livros, se o grande evangelista, agora no final da vida, já não devia nem conseguir enxergar direito?
Faz muitos anos, li um pequeno texto no qual o articulista comentava exatamente esse pedido singelo e inusitado. Perdi esse fragmento literário e, portanto, não tenho as palavras na íntegra; no entanto, lembro que o autor dizia mais ou menos assim:
“Ele teve um encontro pessoal com Cristo e, no entanto, pede livros; Ele foi um dos mais brilhantes e eruditos de todos os pregadores do Evangelho, e, no entanto, pede livros; Ele foi arrebatado até ao terceiro Céu, e, no entanto, pede livros; Ele foi colocado como a mais perfeita imitação de Cristo, e, no entanto, pede livros”.
Amigos, se este homem de Deus, este gigante espiritual que foi Paulo, no momento extremo da vida não pediu alimentos, remédios ou qualquer outra coisa, apenas pediu “traga-me os livros”, o que dirá de nós, pobres e indigentes espirituais?
Há uma frase que quero deixar com você, dos meus tempos de grande aperto financeiro. Ela joga por terra a desculpa esfarrapada daqueles que dizem que não lêem mais e não compram mais livros por falta de dinheiro – enquanto vivem gastando o dinheiro com “aquilo que não é pão e leite”, coisas supérfluas.
Não lembro mais o autor, e é o que menos importa, mas sei que é um filósofo e dizia o seguinte: “Venda a camisa e compre livros!” Estão lembrados da frase de John Piper: “Preferiria viver sem comida a viver sem livros”?
Da mesma forma que Paulo, afirmemos hoje: “Traga-me os livros!”

(Elizeu Lira, no blog Nisto Cremos)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Banho Quente ajuda a afastar a Solidão


Pessoas que se sentem solitárias tomam
banhos com o chuveiro em altas temperaturas

Pesquisa constatou que a temperatura da água atua como substituto à companhia

Nada mais agradável que um banho de imersão prolongado após um dia exaustivo. Este simples hábito pode fazer você se sentir menos solitário, revelou um estudo.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, a temperatura da água em uma banheira atua como substituto à companhia e pode dissipar sentimentos de isolamento e exclusão social.



Cientistas pediram a um grupo de 400 voluntários, de 18 a 65 anos, para manter um diário sobre seus hábitos de banho e anotar como se sentiam antes e depois.

Pessoas que sofrem solidão
tomam banhos demorados e preferem água a altas temperaturas, inconscientemente, para afastar o sentimento de solidão.

De acordo com os autores do estudo, a associação de calor e segurança funciona em nossos cérebros desde a infância, explicando porque as pessoas buscam conforto em bebidas quentes e sopas.

(Fonte: Eband)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Missão impossível: a borboleta monarca

A borboleta monarca (Danaus plexippus) é comum na América do Norte. Ela é famosa devido a sua migração de e para as áreas invernais do México e da Califórnia. A monarca começa a vida como um ovo colocado por uma borboleta adulta nas plantas de uma serralha comum, a Asclepias syriaca. Inicialmente, ela é do tamanho da cabeça de um alfinete. Quando 3 a 12 dias depois o ovo eclode, a pequena borboleta (ainda na forma de uma mini minhoca) possui oito pares de pernas (de forma a movimentar-se na planta hospedeira) e uma boca arquitetada para mastigar pétalas (o que ela o faz de forma voraz). Mas só as plantas da serralha servem; nenhuma outra planta serve. A serralha possui uma seiva branca e pegajosa que, embora altamente tóxica para os outros animais, não afeta a larva de borboleta de forma alguma. À medida que a lagarta de borboleta vai comendo, ela vai crescendo. Passado algum tempo, ela fica demasiado grande para sua pele, então ela se divide e de dentro sai a lagarta com uma nova e mais espaçosa pele pronta a ser preenchida.

Durante cerca de duas semanas, isto é tudo o que a lagarta faz: come plantas, cresce, muda de pele, come mais plantas, cresce um pouco mais, muda de pele outra vez. Esse processo se repete cinco vezes. Finalmente, ela para de comer. Em seguida, ela encontra um lugar protegido, pendura-se de pernas para o ar, tece uma ligação em seda e muda de pele mais uma vez. No entanto, dessa vez o que sai de dentro dessa nova pele não é uma larva maior, mas sim uma “embalagem” compacta, sem pernas, sem olhos e sem partes corporais visíveis, chamada de “pupa”, encapsulada numa crisálida. Não é multicolorida como a lagarta; é verde-vivo contendo manchas amarelo-dourado. Clique para aqui para continuar a ler

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Proclamação da Mensagem do 1°. Anjo - Parte VI (Final)


Para o internatura acessar a quinta parte clique aqui, quarta parte clicar aqui, terceira parte aqui, segunda parte aqui, para primeira parte, aqui.

José Wolff – Peregrino em Terras Estranhas

Agora vamos analisar um dos maiores Arautos do Advento nessa época de despertamento da mensagem. Nascido na Bavária, atual território da Alemanha, foi ele o que mais longe foi para proclamar a mensagem, foi um verdadeiro peregrino. Sua vida é singular de várias formas e como veremos, ele apenas se mistura a outra classe de pessoas quando levamos em conta que ele foi mais um de vários pregadores do juízo iminente de Deus:

“Em 1821, três anos depois de Miller chegar à sua explicação das profecias que apontavam para o tempo do juízo, o Dr. José Wolff, "o missionário a todo o mundo", começou a proclamar a próxima vinda do Senhor. Wolff nasceu na Alemanha, de filiação hebréia, sendo seu pai rabino judeu. Quando ainda muito jovem, convenceu-se da verdade da religião cristã. Dotado de espírito ativo e inquiridor, fora ávido ouvinte das conversas em casa do pai, ao congregarem-se diariamente judeus devotos para recordarem as esperanças e expectativas de seu povo, a glória do Messias vindouro e a restauração de Israel. Ouvindo, certo dia, mencionar a Jesus de Nazaré, o menino perguntou quem era Ele. "Um judeu do maior talento", foi a resposta; "mas como pretendesse ser o Messias, o tribunal judaico O condenou à morte." "Por que então" - volveu o que fizera a pergunta - "se acha Jerusalém destruída e por que nos encontramos em cativeiro?" "Ai de nós!" - respondeu o pai - "porque os judeus assassinaram os profetas." Logo se insinuou na criança o pensamento: "Talvez fosse também Jesus um profeta, e os judeus O mataram sendo Ele inocente." - Viagens e Aventuras, do Rev. José Wolff. Tão forte foi esse pensamento que, embora lhe fosse proibido entrar em qualquer igreja cristã, muitas vezes se demorava do lado de fora a escutar a pregação.
Tendo apenas sete anos de idade, estava ele a jactar-se, diante de um idoso vizinho cristão, do triunfo futuro de Israel pelo advento do Messias, quando o ancião disse amavelmente: "Meu caro menino, dir-te-ei quem foi o verdadeiro Messias: Foi Jesus de Nazaré, ... a quem teus antepassados crucificaram, assim como fizeram com os profetas da antiguidade. Vai para casa e lê o capítulo 53 de Isaías, e te convencerás de que Jesus Cristo é o Filho de Deus." - Viagens e Aventuras, do Rev. José Wolff. A convicção prontamente se apoderou dele. Foi para casa, leu a passagem e admirou-se de ver quão perfeitamente ela se havia cumprido em Jesus de Nazaré. Seriam verdadeiras as palavras do cristão? Pediu o rapaz ao pai uma explicação da profecia, mas defrontou com um silêncio tão rigoroso que nunca mais ousou referir-se ao assunto. Isto, entretanto, apenas lhe aumentou o desejo de saber mais a respeito da religião cristã.
Era-lhe cautelosamente conservado fora do alcance o conhecimento que buscava em seu lar hebreu; mas, quando contava apenas onze anos de idade, deixou a casa paterna e saiu para o mundo a fim de obter por si mesmo educação, escolher sua religião e ofício. Encontrou durante algum tempo um lar entre os parentes, mas não tardou a ser por eles expulso como apóstata e, sozinho e sem dinheiro, teve de se conduzir entre estranhos. Ia de lugar em lugar, estudando diligentemente e conseguindo a subsistência com o ensino do hebraico. Por influência de um professor católico foi levado a aceitar a fé romana e formulou o propósito de se fazer missionário para o seu próprio povo. Com este objetivo foi, alguns anos mais tarde, prosseguir os seus estudos no Colégio da Propaganda, em Roma. Ali, seu hábito de pensar independentemente e falar com franqueza, acarretou-lhe a acusação de heresia. Atacava abertamente os abusos da igreja e insistia na necessidade de reforma. Embora a princípio fosse tratado com favor especial pelos dignitários papais, depois de algum tempo o removeram de Roma. Foi de um lugar para outro, sob a vigilância da igreja, até que se tornou evidente que nunca poderia ser levado a submeter-se ao cativeiro do catolicismo. Declararam-no incorrigível; deixaram-no em liberdade para que fosse onde lhe aprouvesse. Encaminhou-se então para a Inglaterra e, professando a fé protestante, uniu-se à Igreja Anglicana. Depois de dois anos de estudo se entregou, em 1821, à sua missão.”

Conta-se que quando estava no caminho para Roma encontrou diversos protestantes que tentaram dissuadir ele de ir dizendo: você não conhece a Igreja Católica. Vá para Roma e em breve será preso se continuar a falar lá como fala aqui conosco. Porém Wolff se negava a acreditar, e continuou sua jornada, e logo pode ver na prática o que seus amigos protestantes tinham avisado. Assim, se envolveu em muitas polêmicas, com alunos e professores, principalmente na questão da infalibilidade do papa.
Certo professor ensinava a história eclesiástica, e à medida que avançava no tempo, Wolff não via a hora que diriam sobre o reformador alemão Martinho Lutero, mas para sua decepção quando parecia que no próximo capítulo seria discutida a questão, o professor dava início a uma recapitulação de tudo o que haviam aprendido, sem passar em exame até o fim a história eclesiástica. Apesar de tudo, Wolff era muito sincero em suas convicções e dizia que seu sonho era se tornar papa algum dia.
Mas à medida que passava o tempo, mais se tornava indignado com a posição católica em certos temas, certa vez o tema da aula era Jansen, notável líder francês.
- Se a Igreja o tivesse queimado, teria feita uma boa coisa – disse professor.
Com grande indignação Wolff levantou-se e respondeu:
- A Igreja não tem o direito de queimar!
- Em base do que você diz isso? – pergunta o professor
- O mandamento diz: “não matarás” – fala candidamente Wolff
- O pastor tem o direito de matar o lobo que entra no redil
- Um homem não é um lobo – novamente indignado responde Wolff
- Mas dezessete papas queimaram hereges.
- Dezessete papas erraram – declara Wolff com ousadia.
Não demorou muito para que Wolff fosse expulso do colégio, na verdade ele correu sério risco de ser condenado pelos Inquisidores do Tribunal do Santo Ofício, no Vaticano, devido ao teor de várias de suas cartas.
Devido a um amigo (Henry Drummond), ele foi para a Inglaterra e finalmente decidira se tornar um protestante, entretanto deveria agora escolher qual Igreja ele se adequaria melhor; assim cada domingo visitava uma Igreja diferente, e após ter se acostumado com o silêncio e reverência das catedrais católicas, ele se sentiu chocado com as outras igrejas, entendendo que havia falta de reverência no culto dos londrinos. Foi assim que se identificou melhor com a Igreja anglicana no qual tudo era silêncio; e também se achou em sintonia com as suas doutrinas.
Algum tempo depois acompanhado de Edward Irving, o maior pregador da Inglaterra naquela época, foram a uma reunião importante de pregadores de toda Inglaterra, e ao estudarem as profecias, especialmente as de Daniel, convenceram-se que Jesus voltaria em breve a Terra.
Assim, Wolff não parava de pensar do seu dever de ir até aos seus compatriotas judeus, para pregar a eles não somente que o Messias já teria vindo, mas também que ele voltaria uma segunda vez.

“Ao mesmo tempo que Wolff aceitava a grande verdade do primeiro advento de Cristo como "homem de dores, e experimentado nos trabalhos", via que as profecias apresentavam, com igual clareza, Seu segundo advento com poder e glória. E, ao passo que procurava conduzir seu povo a Jesus de Nazaré como o Prometido, e indicar-lhes a Sua primeira vinda em humilhação, como sacrifício pelos pecados dos homens, ensinava-lhes também Sua segunda vinda como rei e libertador.
"Jesus de Nazaré, o verdadeiro Messias, dizia ele, cujas mãos e pés foram traspassados; que como um cordeiro foi levado ao matadouro; que foi o homem de dores e experimentado em trabalhos; que veio pela primeira vez, depois de ser o cetro tirado de Judá, e o poder legislativo de entre seus pés, virá pela segunda vez, nas nuvens do céu, e com a trombeta do Arcanjo" (Pesquisas e Trabalhos Missionários, de Wolff) "e estará em pé sobre o Monte das Oliveiras; e aquele domínio sobre a criação, que uma vez fora entregue a nosso primeiro pai, e por ele perdido (Gên. 1:26; 3:17), será dado a Jesus. Ele será rei sobre a Terra toda. Cessarão os gemidos e lamentações da criação, e cânticos de louvor e ações de graças serão ouvidos. ... Quando Jesus vier na glória de Seu Pai, com os santos anjos, ... os crentes que estiverem mortos ressuscitarão primeiro (I Tess. 4:16; I Cor. 15:23). Isto é o que nós, cristãos, chamamos primeira ressurreição. Então, o reino animal mudará a sua natureza (Isa. 11:6-9), e se submeterá a Jesus (Sal. 8). Prevalecerá a paz universal." (Diário do Rev. José Wolff.) "O Senhor novamente olhará para a Terra, e dirá que tudo é muito bom." - Ibidem.
Wolff cria na próxima vinda do Senhor, e sua interpretação dos períodos proféticos colocava o grande acontecimento em muito poucos anos de diferença do tempo indicado por Miller. Aos que insistiam nesta passagem: "Daquele dia e hora ninguém sabe" que os homens nada devem saber em relação à proximidade do advento, Wolff replicava: "Disse nosso Senhor que aquele dia e hora nunca deveriam ser conhecidos? Não nos deu Ele sinais dos tempos, a fim de que possamos ao menos saber a aproximação de Sua vinda, como alguém sabe da proximidade do verão pelo brotar das folhas na figueira? (Mat. 24:32.) Não deveremos jamais conhecer esse tempo, quando Jesus mesmo nos exorta, não somente a ler o profeta Daniel, mas a compreendê-lo? E o mesmo livro de Daniel, em que se diz que as palavras estavam fechadas até ao tempo do fim (conforme era o caso em seu tempo), declara que 'muitos correrão de uma parte para outra' (expressão hebraica para significar - observar e pensar a respeito do tempo), e a 'ciência' (em relação ao tempo) 'se multiplicará'. Dan. 12:4. Demais, nosso Senhor não tem o intuito de dizer com isto que a proximidade do tempo não será conhecida, mas que o 'dia e hora' exatos 'ninguém sabe'. Pelos sinais dos tempos, diz Ele, será conhecido o suficiente para nos induzir ao preparo para a Sua vinda, tal como Noé preparou a arca." - Pesquisas e Trabalhos Missionários, de Wolff.
Em relação ao sistema popular de interpretar as Escrituras, ou de mal-interpretá-las, escreveu Wolff: "A maior parte da igreja cristã tem-se separado do claro sentido das Escrituras, volvendo ao sistema fantasioso dos budistas; estes crêem que a futura felicidade dos homens consistirá em mover-se pelo ar. Admitem que, quando lêem judeus, devem entender gentios; e quando lêem Jerusalém, devem compreender igreja; e se se fala de Terra, significa Céu; e pela vinda do Senhor devem compreender o progresso das sociedades missionárias; e subir ao monte da casa do Senhor, significa imponente reunião religiosa dos metodistas." - Diário, do Rev. José Wolff.
Durante vinte e quatro anos, de 1821 a 1845, Wolff viajou extensamente: na África, visitando o Egito e a Etiópia; na Ásia, atravessando a Palestina, Síria, Pérsia, Usbequistão [antiga Bucária] e a Índia. Visitou também os Estados Unidos, pregando, na viagem para lá, na ilha de Santa Helena. Chegou a Nova Iorque em agosto de 1837; e, depois de falar naquela cidade, pregou em Filadélfia e Baltimore, dirigindo-se finalmente a Washington. Ali, diz ele, "por uma proposta apresentada pelo ex-presidente John Quincy Adams, em uma das casas do Congresso, concedeu-se-me unanimemente o uso do salão do Congresso para uma conferência que eu pronunciei em um sábado, honrada com a presença de todos os congressistas, e também do bispo de Virgínia e do clero e cidadãos de Washington. A mesma honra me foi conferida pelos membros do governo de Nova Jersey e Pensilvânia, em cuja presença fiz conferências sobre minhas pesquisas na Ásia, e também sobre o reino pessoal de Jesus Cristo". - Diário.
O Dr. Wolff viajou nos países mais bárbaros, sem a proteção de qualquer autoridade européia, suportando muitas dificuldades e cercado de inumeráveis perigos. Foi espancado e sofreu fome, sendo vendido como escravo, e três vezes condenado à morte. Foi assediado por ladrões, e algumas vezes quase pereceu de sede. Uma ocasião despojaram-no de tudo que possuía, obrigando-o a viajar centenas de quilômetros a pé, através de montanhas, descalço e com os pés enregelados ao contato do chão frio, e o rosto açoitado pela neve.”

Certa vez foi perguntado por um viajante inglês:
- Wolff há cristãos em Bokhara (ou Bucária)?
- Há pelo menos vinte, porque foi esse número que eu batizei de judeus, e agora aceitam plenamente a Jesus Cristo como o Messias.
É interessante notar também seu grande domínio das línguas – 14 ao todo, sendo: perito em 6, e capaz de conversar facilmente em outras 8 – isso possibilitou uma pregação eficaz a vários povos do oriente, e não somente a seus compatriotas judeus.
Para todos os lugares pregava também a volta de Cristo e ficou conhecido por isso.
Certa vez um famoso soldado britânico, Charles Napier lhe perguntou:
- Então é o senhor que acha que o fim do mundo virá em 1845?
- Não, senhor – explicou Wolff – não em 1845, mas em 1847.
Como se sabe, uma pequena diferença de tempo, para os que professavam a volta de Cristo na América, e o aguardavam em 1844. E não é necessária maior atenção para com esta diferença, pois, era somente técnica, já que o fundamento era o mesmo, a diferença se deve as informações que Wolff (tal como Irving) obteve quanto à data do decreto de Artaxerxes, que é o ponto de partida dos 2300 anos.
Conta-se também que depois de ter falado em um lugar tão importante como o congresso, perguntaram o que ele faria se chegassem ao ano de 1847, e nada se realizasse como esperado.
- Bem eu direi que Wolff estava equivocado - respondeu ele prontamente.

"Quando advertido pelo fato de ir desarmado entre tribos selvagens e hostis, declarava estar "provido de armas - oração, zelo para com Cristo e confiança em Seu auxílio. - "Também estou provido", disse ele, "do amor de Deus e do meu próximo, em meu coração, e da Bíblia em minhas mãos." - Em Perigos Muitas Vezes, W. H. D. Adams. Aonde quer que fosse, levava consigo as Escrituras em hebraico e inglês.
De uma de suas últimas jornadas diz ele: "Eu ... conservava a Bíblia aberta na mão. Sentia que o meu poder estava no Livro e que sua força me sustentaria." - Ibidem.”

Certa vez, aprisionado como espia, e levado perante o soberano da Pérsia, e sendo este reino muçulmano nesta época, bastante contrários aos cristãos, perguntaram a Wolff porque ele procurava tais dificuldades; porque não estava em sua casa comendo, bebendo e vivendo prazerosamente com sua família. Wolff discursou calmamente:
“Pela leitura deste livro verifiquei que nosso coração só se pode ligar a Deus crendo em Jesus; e ao crer isto, sinto-me como alguém que passeasse por um belo jardim, aspirasse a fragrância das rosas e escutasse o canto sonoro do rouxinol; e não me agrada ser a única pessoa feliz, por isto vou pelo mundo com o desígnio de convidar outros a passear de braço comigo pelo mesmo belo jardim” (Em História de Nossa Igreja, pág. 169).
Seu discurso agradou o soberano e sua corte, tanto que exclamavam ser ele um homem de Deus, cheio do amor de Deus; e além de ser solto, ele permaneceu como hóspede de honra por vários dias, em que foram aproveitados lendo a Bíblia e falando-lhes acerca de Jesus e Sua próxima vinda.

“Assim perseverou em seus labores até que a mensagem do juízo foi levada a uma grande parte habitável do globo. Entre judeus, turcos, persas, hindus e muitas outras nacionalidades e povos, ele distribuiu a Palavra de Deus nessas várias línguas, e em toda parte anunciou a proximidade do reino do Messias.”

Também há em seu diário um relato interessante, sobre um povo que ele encontrou que já acreditava na segunda vinda de Cristo, antes de seu contato com eles:

“Em suas viagens pelo Usbequistão [antiga Bucária] encontrou a doutrina da próxima vinda do Senhor, professada por um povo remoto e isolado.
Os árabes do Iêmen, diz ele, "acham-se de posse de um livro chamado 'Seera', que dá informação sobre a segunda vinda de Cristo e Seu reino em glória; e esperam ocorrerem grandes acontecimentos no ano de 1840". - Diário. "No Iêmen... passei seis dias com os filhos de Recabe. Não bebem vinho, não plantam vinhedos, não semeiam, e vivem em tendas; lembram-se do bom e velho Jonadabe, filho de Recabe; e encontrei em sua companhia filhos de Israel, da tribo de Dã, ... que esperam com os filhos de Recabe a breve vinda do Messias nas nuvens do céu." – Ibidem” (GC, págs. 357-362).

Por fim, depois de tantas viagens, pôde José Wolff finalmente dar a atenção devida a sua esposa que tantas vezes pensou que nunca mais o veria: durante seus últimos dezoito anos foi pastor de uma igreja na Inglaterra, até que o Senhor deu o repouso para Seu servo, ele viveu de 1795 a 1862.
Mas, olhando para aquele dia: Naquela manhã gloriosa da ressurreição, sabemos que a partir daquele dia Wolff terá muitas viagens a fazer, terá muitos planetas a visitar durante toda a eternidade, finalmente poderá realizar viagens em que não mais haverá perigo algum para com que se preocupar.    

Conclusão

Poderíamos dedicar ainda muito mais páginas para estes servos de Deus, mas fica esta obra restrita a pelo menos suscitar o estudo destes vários nomes, e não somente qualificar Guilherme Miller como proclamador da primeira mensagem angélica (que será analisado no próximo capítulo).

Para finalizar, uma rápida recapitulação destes grandes Arautos, espalhados por todo mundo, feita sucintamente por Ellen G. White:

“Graças aos labores, de Guilherme Miller e muitos outros na América, de setecentos ministros na Inglaterra, de Bengel e outros na Alemanha, de Gaussen e seus seguidores na França e na Suíça, de muitos ministros na Escandinávia, de um jesuíta converso na América do Sul e do Dr. Joseph Wolff em muitos países orientais e da África, a mensagem do advento foi levada a vastas regiões do globo habitável” (EGW, na revista Southern Watchman, de 24 de janeiro de 1905). [M. Borges]

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O jornalismo oculto da Superinteressante

A revista Superinteressante do mês passado uniu na matéria de capa (mais uma vez) dois temas que vendem muito: vida de Jesus e mistério. Como já ocorreu em situações semelhantes nessa publicação, a matéria peca pela parcialidade das fontes: via de regra, a Super recorre a teólogos liberais e a arqueólogos agnósticos e/ou ateus. Na matéria “Os anos ocultos de Jesus”, a fonte principal é John Dominique Crossan, co-fundador do controverso Jesus Seminar. Logo de cara, Crossan, com o tom polêmico de sempre, “informa” aos repórteres da Super que “os autores de Mateus e Lucas [!], que se basearam em Marcos, parecem ter ficado constrangidos com a baixa formação de Jesus. E deram um jeito de melhorar a coisa. Mateus (13:55) diz que o pai de Jesus é que era tekton [“pedreiro”, não necessariamente “carpinteiro”, segundo a matéria]. E Lucas omitiu todo o versículo”. Assim, somos “informados” categoricamente pela revista sobre o “fato” de Jesus ter sido pedreiro e não carpinteiro, conforme a Bíblia. Bem, aí está o tom que perpassa a matéria.

A reportagem de um ângulo só também nos avisa de que Jesus teria sido discípulo de João Batista, muito embora reconheça que “os evangelhos não falam de João como mestre de Jesus”. E precisam? Pra que Bíblia, se temos a Superinteressante para nos dizer o que realmente aconteceu e nos ajudar a fazer a verdadeira interpretação dos ensinos escriturísticos?

Que evidências a revista apresenta para sustentar essa suposta relação discípulo-mestre entre Jesus e João? Ei-las: “Tal como João Batista, Jesus via o mundo dividido entre forças do bem e do mal. E anunciava que Deus logo interviria para acabar com o sofrimento e inaugurar uma era de bondade. Em suma: tanto um como o outro eram o que os pesquisadores chamam de ‘profetas apocalípticos’. E se os Evangelhos jogam tanta luz sobre João Batista (Lucas fala inclusive sobre o nascimento do profeta, assim como faz com Jesus), a possibilidade de que a relação deles tenha sido mais profunda é real.” Clique aqui para continuar a ler...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pensamentos de Pascal N°. II

Caso o internauta não tenha visto a Ed. N°. I, clique aqui.

Saibam, ao menos, que religião combatem, antes de combatê-la.
Nas Escrituras, em suma, se trabalha igualmente para estabelecer duas coisas: que Deus estabeleceu na Igreja marcas sensíveis para ser reconhecido pelos que o procurarem sinceramente, e que, no entanto, as cobriu de tal forma que só será percebido pelos que o procurarem de todo o coração. Pág. 1.
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Que se reflita sobre isso e se diga, depois, se não é indubitável que o único bem da vida presente é a esperança de uma vida futura; que só somos felizes na medida em que dela nos aproximamos; e que, não havendo mais infelicidades para os que têm uma inteira certeza da eternidade, também não há felicidade para os que não possuem luz alguma.
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Com efeito; a fé cristã não visa, principalmente, senão a estabelecer estas duas coisas: a corrupção da natureza e a redenção de Jesus Cristo.
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O mesmo homem que passa tantos dias e tantas noites cheio de cólera e de desespero por ter perdido um cargo, ou por alguma ofensa imaginária à sua honra, sabe também que vai perder tudo com a morte, sem que por isso se inquiete ou se comova. É uma coisa monstruosa ver, num mesmo coração e ao mesmo tempo, essa sensibilidade pelas menores coisas e essa estranha insensibilidade pelas maiores. Pág. 2.
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A verdadeira religião deve ter por marcas obrigar a amar seu Deus. Isso é bem justo. No entanto, nenhuma outra como a nossa o ordenou; a nossa o fez. Ela deve ainda ter conhecido a concupiscência (do homem) e a impotência (em que ele próprio se encontra para adquirir a virtude); a nossa o fez. Deve indicar os remédios para isso, um dos quais é a prece. Nenhuma (outra) religião pediu (jamais) a Deus que o amasse e o seguisse. Pág. 5.

As outras religiões, como as pagãs, são mais populares, porque se exteriorizam: não são, porém para as pessoas hábeis. Uma religião puramente intelectual seria mais proporcionada aos hábeis, mas não serviria ao povo. Só a religião cristã é proporcionada a todos, sendo composta de exterior e de interior. Ela eleva o povo ao interior e baixa os soberbos ao exterior, não sendo perfeita sem os dois, pois é preciso que o povo entenda o espírito da letra e que os hábeis submetam o seu espírito à letra (praticando o que há de exterior). soberbos ao exterior, não sendo perfeita sem os dois, pois é preciso que o povo entenda o espírito da letra e que os hábeis submetam o seu espírito à letra (praticando o que há de exterior). Págs 5-6.

Nenhuma outra (religião, a não ser a cristã) conheceu que o homem é a mais excelente criatura (e ao mesmo tempo a mais miserável). Pág. 6.
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