sábado, 2 de novembro de 2013

EXISTE ESPERANÇA APÓS A MORTE?


            Em sua primeira epístola aos crentes de Tessalônica, Paulo procurou instruí-los sobre o verdadeiro estado dos mortos. Falou dos que morrem como estando dormindo - em estado de inconsciência: "Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele. … (na ressurreição)
            Ao ser a epístola de Paulo aberta e lida, grande alegria e consolação foi levada à igreja pelas palavras que revelavam o verdadeiro estado dos mortos. Paulo mostrava que os que estivessem vivos quando Cristo voltasse não iriam ao encontro do seu Senhor precedendo aos que tinham sido postos a dormir em Jesus. AA 257-258.
FELIZES OS QUE MORREM NO SENHOR
           João exclama: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. E ouvi uma voz do Céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.” Apocalipse 14:12 e 13.
            Quão apropriadas são as palavras de João no caso destes queridos que dormem em Jesus! O Senhor os amava, e as palavras por eles proferidas quando em vida, os trabalhos de amor que hão de ser lembrados, serão repetidos por outros. Sua fervorosa sinceridade na causa de Deus, deixa um exemplo a ser seguido por outros, pois o Espírito Santo neles operou tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade. II ME 269.
O VERDADEIRO ESTADO DOS MORTOS
Aos hebreus era expressamente proibido empenhar-se, sob qualquer forma, em pretensa comunicação com os mortos. Deus fechou eficazmente esta porta quando disse: “mas os mortos não sabem coisa nenhuma... o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram; já não têm parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol... tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças; pois na sepultura, para onde vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” Eclesiastes 9:5-6 e 10 (João Ferreira de Almeida - Edição Contemporânea). “Sai-lhes o espírito, e eles tornam-se para terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.” Salmos 146:4. PP 685.
FEITIÇARIA ANTIGA E MODERNA
Quase todas as formas da antiga feitiçaria e encantamentos baseavam-se na crença da comunicação com os mortos. Aqueles que praticavam as artes da necromancia pretendiam ter relações com os espíritos dos mortos, e obter por meio deles conhecimento de acontecimentos futuros. A este costume de consultar os mortos se faz referência na profecia de Isaías: “Quando vos disserem: Consultai os médiuns e os feiticeiros,  que chilreiam e murmuram; - respondei: não recorrerá um povo ao seu Deus? acaso a favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?” Isaías. 8:19.                                                                                                                                             
A crença na comunicação com os mortos é ainda mantida, mesmo nos países professos cristãos. Sob o nome de Espiritismo, a prática de comunicar-se com os seres que pretendem ser os espíritos dos mortos, tem-se espalhado largamente. É ela calculada a ganhar as simpatias daqueles que depuseram seus queridos na sepultura. Seres espirituais algumas vezes aparecem a pessoas sob a forma de seus amigos falecidos, e relatam incidentes ligados com sua vida, e efetuam atos que realizavam quando vivos. Deste modo levam os homens a crerem que seus amigos mortos são anjos que pairam sobre eles, e com eles se comunicam. PP 684.
O relato escriturístico da visita de Saul à mulher de En-Dor, tem sido uma fonte de perplexidade a muitos estudiosos da Bíblia. Há alguns que assumem a posição de que Samuel estava efetivamente presente na entrevista com Saul; mas a própria Bíblia oferece base suficiente para uma conclusão contrária. Se, como alguns pretendem, Samuel estava no Céu, ele deveria ter sido chamado dali, ou pelo poder de Deus, ou pelo de Satanás. Ninguém poderá crer por um momento sequer que Satanás tivesse poder para chamar do Céu o santo profeta de Deus para honrar os enganos de uma mulher perdida. Tampouco podemos concluir que Deus o chamasse à caverna da feiticeira; pois o Senhor já Se havia recusado a comunicar-Se com Saul, por meio de sonhos, por Urim, ou por profetas. I Samuel 28:6. Tais eram os meios indicados por Deus para a comunicação, e Ele os não preteriria para transmitir a mensagem pela operação de Satanás.
A ORIGEM DESTA MENSAGEM
A própria mensagem traz prova suficiente de sua origem. Seu objetivo não foi levar Saul ao arrependimento, mas impeli-lo à ruína; e isto não é a obra de Deus, mas a de Satanás. Ademais, o ato de Saul ao consultar uma pitonisa é citado nas Escrituras como um motivo por que ele foi rejeitado por Deus e abandonado à destruição: “Morreu Saul por causa da sua transgressão com que transgrediu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar. E não buscou ao Senhor, pelo que o matou, e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé.” I Crônicas 10:13 e 14. Aqui declara-se distintamente que Saul consultou o espírito de adivinhação, e não ao Senhor. Ele não se comunicou com Samuel, o profeta de Deus; mas, mediante a feiticeira, entreteve comunicação com Satanás. Este não podia apresentar o verdadeiro Samuel, mas apresentou um falsificado, que serviu ao seu objetivo de enganar. PP 683.
Muitos há contudo, que consideram o espiritismo como um simples engano. As manifestações pelas quais ele apóia suas pretensões a um caráter sobrenatural, são atribuídas à fraude por parte do médium. Mas, conquanto seja verdade que os resultados da velhacaria tenham sido muitas vezes apresentados como manifestações genuínas, tem havido também provas notáveis de poder sobrenatural. E muitos que rejeitam o espiritismo como resultado da esperteza ou astúcia humana, quando defrontados com manifestações que não possam explicar sob este ponto de vista, serão levados a reconhecer suas pretensões.                                      
O espiritismo moderno, e as formas da antiga feitiçaria e adoração de ídolos - tendo todos a comunicação com os mortos como seu princípio vital - fundam-se naquela primeira mentira pela qual Satanás seduziu Eva no Éden: “Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes... sereis como Deus.” Gên. 3:4 e 5. Baseados na falsidade e perpetuando esta, são semelhantemente oriundos do pai da mentira. PP 685.
COMO É DECIDIDO NOSSO DESTINO
Na parábola do rico e Lázaro, Cristo mostra que nesta vida os homens decidem seu destino eterno. Durante o tempo da graça de Deus, esta é oferecida a toda a humanidade. Mas, se os homens desperdiçam as oportunidades na satisfação própria, afastam-se da vida eterna. Não lhes será concedida nova oportunidade. Por sua própria escolha cavaram entre eles e Deus um abismo intransponível...                                                                                                            
 “E morreu também o rico e foi sepultado. E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio. E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.” Lucas 16:22-24.
  Nesta parábola Cristo Se acercava do povo no próprio terreno deles. A doutrina de um estado consciente de existência entre a morte e a ressurreição era mantida por muitos dos que ouviam as palavras de Cristo. O Salvador lhes conhecia as idéias e compôs Sua parábola de modo a inculcar verdades importantes em lugar dessas opiniões preconcebidas. Apresentou aos ouvintes um espelho em que se pudessem ver em sua verdadeira relação para com Deus. Usou a opinião predominante para exprimir a idéia de que desejava todos ficassem imbuídos, isto é, que nenhum homem é apreciado por suas posses; porque tudo que lhe pertence é unicamente emprestado por Deus. O mau emprego destas dádivas colocá-lo-á abaixo dos mais pobres e afligidos que amam a Deus, e nEle confiam.
A IMPOSSIBILIDADE DE SALVAR-SE DEPOIS

               Cristo desejava que Seus ouvintes compreendessem a impossibilidade do homem assegurar a salvação da alma depois da morte. Abraão é apresentado como a responder: “Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá.” Lucas 16:25 e 26. Deste modo Cristo mostra a completa falta de esperança em aguardar uma segunda oportunidade. Esta vida é o único tempo dado ao homem para preparar se para a eternidade...
                                                    
              O rico passara a vida em complacência própria, e demasiado tarde viu que não fizera provisão para a eternidade. Reconheceu sua loucura, e pensou nos irmãos que como ele procederiam, vivendo para se comprazerem. Suplicou, então: “Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes [Lázaro] à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham para este lugar de tormento.” Mas “disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.” Lucas 16:27-31.   Quando o rico solicitava evidência adicional para seus irmãos foi-lhe dito claramente que mesmo que esta evidência fosse dada, não seriam persuadidos. Seu pedido lançava uma injúria a Deus. Era como se o rico dissesse: Se me tivesses advertido mais cabalmente, eu não estaria aqui agora. Por sua resposta, Abraão é apresentado como a dizer: Teus irmãos têm sido suficientemente advertidos. Foi-lhes dada luz, porém não quiseram ver; foi-lhes apresentada a verdade, porém não quiseram ouvir. “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.” Lucas 16:31. Essas palavras demonstraram-se verdadeiras na história da nação judaica. O último e mais importante milagre de Cristo foi a ressurreição de Lázaro de Betânia, após estar morto quatro dias. Aos judeus foi concedida esta maravilhosa demonstração da divindade do Salvador, mas rejeitaram-na. Lázaro ressurgiu dentre os mortos e apresentou-lhes seu testemunho, porém eles empederniram o coração contra toda evidência, e até tentavam tirar-lhe a vida. João 12:9-11.                                                             
A lei e os profetas são os meios designados por Deus para a salvação dos homens. Cristo disse: Atentem para estas evidências. Se não ouvem a voz de Deus em Sua Palavra, o testemunho de alguém que se levantasse dentre os mortos não seria atendido.
                                                                                                                   
A conversação entre Abraão e o homem outrora rico é figurativa. A lição a ser tirada dela é que a todo homem é dada suficiente luz para o desempenho dos deveres dele exigidos. As responsabilidades do homem são proporcionais às suas oportunidades e privilégios. Deus outorga a todos luz e graça suficientes para executar a obra que lhes deu para fazer. PJ 360-365.
Caro leitor, não se preocupe com os que dormem, pois já selaram seu destino. Escolha hoje a quem você quer servir. Nosso desejo é que seja o Senhor Deus Jeová. Amém.
Editado pela Associação Geral do: Movimento Adventista dos Naturistas do Sétimo Dia.
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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Crendo de Verdade no Cristo Ressurreto!


Certa ocasião, G. K. Chesterton foi abordado por um repórter de jornal em uma esquina próxima do Big Ben:

 

- Senhor – perguntou o repórter – sei que recentemente se tornou cristão. Posso fazer uma pergunta?

 

- Certamente – respondeu Chesterton, sem hesitar

 

- Se o Cristo Ressurreto aparecesse de repente, e nesse momento estivesse em pé atrás do senhor, o que faria?

 

- Ele está – disse Chesterton, olhando nos olhos do repórter

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O Orgulho - por C. S. Lewis


O orgulho leva a todos os demais pecados: trata-se de um estado mental totalmente anti-Deus.

É a comparação que nos torna orgulhosos: o prazer de estar acima das outras pessoas. Uma vez eliminado o comportamento competitivo, desaparece o orgulho.

O homem orgulhoso, mesmo quando conquistou mais do que poderia desejar, tentará conseguir sempre mais só para garantir o seu poder.

Uma pessoa orgulhosa está sempre olhando os outros de cima para baixo. É claro que, enquanto você estiver olhando para baixo, não terá como enxergar o que se encontra acima de você.

O orgulho não vem da nossa natureza animal, mas diretamente do inferno. Ele é puramente espiritual, e, por isso, é o mais sutil e mortal.

O Diabo se contenta em ver você se tornando casto, corajoso e controlado, desde que consiga instaurar em você a ditadura do orgulho o tempo todo -- da mesma forma que ele ficaria contente em ver você curado de um resfriado, para substituí-lo por um câncer.

O orgulho é um câncer espiritual. Ele corrói a própria possibilidade de amor, de contentamento ou, até mesmo, de bom senso.
(Fonte: Ultimato)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Estrutura Misteriosa Intriga Cientistas do Mundo Todo


Uma estrutura misteriosa foi encontrada por um pesquisador em junho deste ano, na Amazônia Peruana. Trata-se de um tipo de “torre”, feito por um material parecido com teias de aranha, mas estruturado de uma forma bem diferente de qualquer outra teia já vista. Desde então, mais três dessas “coisas” foram encontradas. O Wired publicou uma matéria na qual diz que nem mesmo cientistas e biólogos conseguiram identificar o material. Seria um fungo? Uma teia de aranha diferente? E por que isso existe? Essa estrutura tem alguma função, afinal? A verdade é que, por enquanto, ninguém sabe. De acordo com o pesquisador que encontrou as estruturas, Troy Alexander, elas são pequenas e não medem mais do que dois centímetros. Alexander tem divulgado imagens das estruturas na esperança de que alguém possa entender alguma coisa a respeito delas, mas cientistas e biólogos ainda não conseguiram explicar nada.

 

O entomologista William Eberhard, do Instituto de Pesquisa Smithsonian Tropical, disse que não tem ideia do que possa ter criado a estrutura ou do que, de fato, ela seja. O curador emérito de aranhas do Museu Americano de História Natural, Norman Platnick, disse ter visto a estrutura por foto, mas não tem ideia sobre o animal responsável pela formação dessa torre em miniatura.

 

Curiosos de plantão estão palpitando e até mesmo aranhas marcianas já foram apontadas como formadoras da “coisa”. O fato é que, até agora, ninguém sabe ao certo o que é ou quem fez isso. Qual é o seu palpite?

 


 

Nota do Blog Criacionismo: Meu palpite é que essa estrutura é resultado de “forças naturais” aleatórias. Não, claro que essa não é a minha opinião, mas é mais ou menos o que os cientistas naturalistas/darwinistas dizem quando veem estruturas muito, mas muito mais complexas, como o DNA, por exemplo. Então, por que a teiazinha em forma de torre tem que ter sido feita por alguém ou algo?

domingo, 25 de agosto de 2013

27 Dicas de Como Escrever Bem


27 Dicas de Como Escrever Bem
 
 
1. Vc. deve evitar abrev., etc.

 

2. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, segundo deve ser do conhecimento inexorável dos copidesques. Tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.

 

3. Anule aliterações altamente abusivas.

 

4. “não esqueça das maiúsculas”, como já dizia dona loreta, minha professora lá no colégio alexandre de gusmão, no ipiranga.

 

5. Evite lugares-comuns assim como o diabo foge da cruz.

 

6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

 

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

 

8. Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam maneiras, tá ligado?

 

9. Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa droga.

 

10. Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempre é um erro.

 

11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

 

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: “Quem cita os outros não tem ideias próprias.”

 

13. Frases incompletas podem causar

 

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma ideia.

 

15. Seja mais ou menos específico.

 

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

 

17. A voz passiva deve ser evitada.

 

18. Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação

 

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

 

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

 

21. Exagero é cem bilhões de vezes pior do que a moderação.

 

22. Evite mesóclises. Repita comigo: “Mesóclises: evitá-las-ei!”

 

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

 

24. Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fica horrível!

 

25. Evite frases exageradamente longas, pois elas dificultam a compreensão da ideia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, dessa forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular por meio do uso de frases mais curtas.

 

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língua portuguêza.

 

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

 

*Observação: a dica 17 não vale para textos técnicos. (Autor desconhecido).

terça-feira, 30 de abril de 2013

A Psicologia dos Mártires

Como entender a mente de um mártir? O que faz alguém manter a fé pela qual é torturado?

“Mártir”(do grego martys, “testemunha”) é alguém que é morto por causa de sua fé, pelo simples fato de professá-la. A princípio, o termo era aplicado aos cristãos que sofriam torturas ou a morte por sustentar suas crenças. No entanto, com o passar do tempo, a palavra incorporou outros conceitos. Morrer pela pátria, pela liberdade, pela independência, pela autonomia de um povo, por um ideal social ou político, ou até mesmo em uma guerra são ideias que passaram a fazer parte do significado da palavra mártir. Neste artigo, falaremos sobre os mártires cristãos.

Torturas e tormentos –Quando pensamos nos mártires do cristianismo, quase sempre nossa mente se reporta ao Coliseu, aos cristãos sendo lançados às feras ou às fogueiras nas quais eram queimados vivos. Embora essas fossem formas frequentes de martírio, não eram as únicas. Na verdade, quando estudamos as torturas infligidas aos cristãos ao longo da História, é difícil acreditar e entender como o ser humano é capaz de chegar a tal ponto de frieza e crueldade. A fim de se ter uma pálida ideia do que implicava alguém tornar-se um mártir, estão relacionadas a seguir algumas das formas de suplício aplicadas aos cristãos.

Cruzes, estacas e suspensão. À semelhança de Cristo, a pessoa era pregada ou amarrada a uma cruz ou estaca. Para intensificar o sofrimento, as posições variavam: de cabeça para cima ou para baixo; pendurados pelos braços ou pés, com ou sem pesos ou pedras amarrados; e pelos cabelos, no caso das mulheres. Em algumas ocasiões, o mártir era coberto com mel e então suspenso numa estaca ou poste para ser atormentado por moscas e abelhas ao sol, quando não, posto na terra nessa mesma condição, a fim de ser mordido por formigas.

Rodas.Eram variadas. Em alguns casos, o mártir era amarrado a uma grande roda em formato cilíndrico, que era solta a certa altura sobre terreno pedregoso. Outras vezes, eram amarrados a uma roda estreita que girava sobre uma plataforma cravejada com pontas de ferro, de modo que o mártir era mutilado à medida que a roda girava.

Estiramento e esmagamento.O indivíduo era preso pelos braços a uma estaca e pelos pés a uma talha (uma máquina simples baseada num sistema de roldanas, acionada manualmente). Ao passo que a talha era acionada, o corpo era esticado a ponto de deslocar os ossos. Também utilizando uma talha, ou pedra enorme, alguns iam sendo esmagados aos poucos.

Uso do fogo.Os torturadores eram pródigos no uso do fogo. Em um dos tipos de tortura, o mártir era lançado de cabeça em um caldeirão cheio de chumbo fundido ou óleo fervente. Alguns eram literalmente fritos em panelas ou chapas aquecidas, adaptadas ao seu tamanho. Havia também o chamado touro de bronze, que consistia numa escultura oca, em cujo interior (semelhante a um forno) o condenado era posto para morrer assado, após serem acesas as chamas na parte inferior do animal. Segundo a tradição, Antipas, mencionado em Apocalipse 2:13, foi martirizado assim.

Esfolamento.Sem dúvida, uma das mais cruéis formas de tortura. Nesse caso, o mártir era amarrado e esfolado (tinha sua pele retirada) vivo. A tradição conta que o apóstolo Bartolomeu foi submetido a essa forma de suplício.

Outros tipos de tortura. Faltaria espaço para descrever cada tipo de tortura, método ou os instrumentos fabricados para esse fim contra os cristãos na Antiguidade e no período da Idade Média. É horrendo observar a inteligência e criatividade humanas para o mal, mesmo numa época de profundo atraso intelectual. Outras formas de martírio eram: afogamento (o mártir era preso em uma caixa de chumbo e atirado aos rios), perfurações (prendia-se o indivíduo e perfurava-o com lanças, espadas, estacas pontiagudas, punhais, etc.), amputação (os membros eram amputados um a um, com auxílio de machados, lâminas ou serras), espancamento, apedrejamento, uso de espinhos e farpas sob as unhas, entre outras.

Fato curioso – Os relatos de martírio de cristãos revelam algo intrigante. Boa parte dos que eram torturados e assassinados por sua fé passava seus últimos momentos cantando, louvando a Deus ou orando. Em alguns casos, enquanto morriam, encorajavam os que assistiam a cena a serem fiéis a Deus, fazendo do local de martírio uma espécie de púlpito.

A psicologia dos mártires – Como entender a mente de um mártir? O que faz um ser humano, diante das mais cruéis torturas, manter firmes suas crenças? Qual o segredo pelo qual pessoas frágeis – mulheres, idosos, pobres sem expressão –eram capazes de se colocar diante de reis e imperadores, juízes e autoridades com ousadia invejável? Que força era aquela que, no calor da fogueira, sentindo as chamas a carbonizar seu corpo, era capaz de entoar as mais belas canções de louvor? Qual a psicologia de um mártir? Se pudéssemos entrar em sua mente e examinar as profundezas de seu coração, o que encontraríamos? Qual a razão de tanta coragem e força sobre-humanas. Qual a mola propulsora que impeliu milhares de cristãos, ao longo dos séculos, a trilhar um caminho de lágrimas, sangue e morte?


Faz parte do mecanismo natural de defesa da maioria dos seres vivos recuar diante do sofrimento. Desde muito cedo, aprendemos, na prática, o que isso significa. Qualquer criança que insista em “cutucar” os bolos feitos por sua mãe, mais cedo ou mais tarde, vai se deparar com a realidade de que o fogo, ou o calor, queima. A primeira reação natural diante da sensação de queimadura é retirar imediatamente o dedo, afinal, ninguém quer ser queimado.

Fugir de situações que ofereçam risco à integridade física não é necessariamente um ato de covardia; faz parte do instinto de sobrevivência. Deus nos dotou desse instinto a fim de sobrevivermos neste mundo hostil e perigoso, após o pecado.

Contudo, o que impressiona é que o caso dos mártires contradiz a lógica da biologia. Em lugar de recuar diante do sofrimento, eles iam ao seu encontro. Em lugar de fugir, se submetiam, mesmo diante da possibilidade de evitar o martírio. Como entender?

Ao se analisar a história dos mártires cristãos, as declarações de alguns deles momentos antes de morrer e os relatos de testemunhas oculares, nota-se que sua consciência era bem clara com relação a algumas questões existenciais.

Senso de identidade(“Quem eu sou?”). Os que morriam por sua fé tinham convicção de quem eles eram. Tinham certeza de sua filiação – eram filhos de Deus (Jo 1:12) –, bem como de sua cidadania – sua verdadeira pátria era o Céu (Fp 3:20).

Senso de origem(“De onde vim?”). Os mártires criam que eram fruto da criação de Deus. Estavam cientes de estar devolvendo-Lhe, em louvor, a vida que dEle receberam. Não eram os algozes cruéis os donos de sua existência, mas o Deus Criador.

Senso de propósito ou missão (“Por que estou neste mundo?”). Os cristãos sabem –ou deveriam saber – que não estão neste mundo simplesmente por estar; há um propósito, uma missão: ser testemunhas de Deus e conduzir outros a Ele. Esse senso de missão gerava nos mártires um forte sentimento de dever, a ponto de, se preciso fosse, depor a vida no seu cumprimento.

Senso de destino(“Para onde vou?”). Ao contrário dos gregos, que acreditavam que a História vai e volta num movimento cíclico, como uma eterna roda gigante, judeus e cristãos sempre acreditaram que o tempo é linear. Isso significa que viemos de algum ponto no tempo e caminhamos rumo a outro ponto. A História, na visão judaico-cristã, também é climática, o que quer dizer que chegará a um clímax, a um ponto culminante. De acordo com a Bíblia, o ponto culminante da História é o momento em que Cristo voltará à Terra para colocar fim ao reinado do mal e estabelecer Seu governo eterno. Nesse paraíso tomarão parte os que permanecerem fiéis. Saber disso dava aos mártires o conforto necessário para abrir mão do que fosse preciso no presente, visando ao futuro.

Conhecer os assuntos nos quais se concentravam, ou seja, o foco de seus pensamentos, também nos ajuda e entender o que se passava na mente dos mártires.

Foco na eternidade.Os mártires cristãos tinham consciência de que sua vida neste mundo, por maior que fosse a duração ou o sofrimento, jamais poderia ser comparada à eternidade. Ao morrer por sua fé, sabiam que estavam trocando o finito pelo ilimitado, o escasso pelo incalculável.

Foco na recompensa.Embora os cristãos sinceros não O sirvam por interesse, Deus promete recompensas aos fiéis. A maior delas, sem dúvida, é a vida eterna num mundo perfeito. Manter o foco nessa recompensa ajudava os mártires a transferir seu olhar das chamas que os consumiam e das feras que os dilaceravam para a glória do mundo por vir e suas alegrias.

Foco em Deus.A comunhão com Deus era o segredo fundamental por trás da resistência e perseverança dos mártires do passado. Os que morriam por amor a Cristo O conheciam, pois mantinham com Ele um relacionamento pessoal e diário. Orar, memorizar textos bíblicos e cantar hinos de louvor a Deus era parte da rotina dos antigos cristãos. Essa intimidade com o Eterno fazia com que não hesitassem em entregar a vida. Viver ou morrer para a glória de Deus era sua aspiração.

Fator ressurreição –Além dos elementos subjetivos mencionados acima, é importante destacar que a coragem dos mártires também era baseada em um fato histórico: a ressurreição de Jesus. Por que pessoas sofreriam, voluntariamente, execuções horríveis, quando podiam evitá-las, simplesmente renunciando sua fé? A única resposta plausível –especialmente no caso dos apóstolos e dos cristãos do primeiro século – é que essas pessoas tinham absoluta convicção de que Cristo realmente havia morrido e ressuscitado dentre os mortos, comprovando assim ser o Filho de Deus.

Essa evidência se torna ainda mais contundente quando consideramos o fato de que aqueles discípulos não obteriam nenhuma vantagem em sustentar seu testemunho, caso fosse mentira. Muito pelo contrário, o resultado de manterem sua confissão seria– como foi – perseguição e morte. A certeza da ressurreição de Cristo foi, senão a principal, uma das maiores motivações do martírio cristão.

A ação do sobrenatural–Sem a atuação do Espírito Santo, convicção alguma seria capaz de suportar tamanho sofrimento até o fim diante da possibilidade de renúncia. Em última análise, é Deus, através de Seu Espírito, quem fortalece o mártir. De acordo com Jesus, é Ele quem põe as palavras certas nos lábios dos que são levados a depor diante das autoridades (Mt 10:19,20). O mesmo Deus os reveste da força necessária para enfrentar o julgamento, a tortura e, por fim, a morte (2Tm 4:17). Assim, a razão maior da força e coragem dos mártires vinha do Céu.

Por que Deus permitiu?–Talvez você já tenha feito essa pergunta, ao ouvir a história dos mártires do cristianismo. Mas, para dar uma resposta satisfatória a essa questão, precisaríamos abordar o tema da origem do mal, do grande conflito e do porquê do sofrimento, e esse não é o propósito deste artigo. O que podemos dizer aqui é que a morte daqueles heróis da fé faz parte de um enredo muito mais amplo do que nossa mente é capaz de entender. Aspectos como a soberania de Deus e o caráter e fidelidade dos próprios mártires eram pontos que estavam em jogo. Além disso, é incontestável o fato de que o testemunho de fé dessas pessoas contribuiu decisivamente para a salvação e encorajamento de milhares de outros cristãos através dos séculos, bem como daqueles que tiveram que enfrentar situações semelhantes na defesa da verdade.

Qual a diferença? –A definição de mártir, como vimos, não se aplica unicamente aos cristãos que sacrificavam a vida defendendo sua fé, mas também àqueles que morrem por ideais patrióticos, políticos ou sociais. Há quem classifique como mártires também aqueles que morrem na chamada “guerra santa”, extremistas religiosos que, geralmente, recorrem ao suicídio como tática de combate.

Afinal de contas, qual a diferença entre os mártires cristãos e Tiradentes (chamado mártir da Inconfidência Mineira), por exemplo, ou os homens-bomba?

A diferença básica, em minha opinião, está na cosmovisão. “Cosmovisão” é um termo utilizado no campo da Filosofia para se referir ao “quadro de ideias e crenças pelas quais um indivíduo interpreta o mundo e interage com ele”. De maneira simples, cosmovisão são os óculos através dos quais cada um enxerga a vida, ou o mundo ao seu redor.

A cosmovisão de um mártir cristão era radicalmente oposta à visão de mundo dos outros“mártires”. Conforme já falamos, os cristãos tinham em mente, bem claras, as principais questões que dizem respeito à existência (“Quem sou?”, “De onde vim”, “Por que estou neste mundo?” e “Para onde vou?”). A resposta a essas perguntas conferia a eles uma visão completamente abrangente da vida e da realidade. Além disso, os três focos mencionados (foco na eternidade, foco na recompensa e foco em Deus – principalmente o último) faziam com que os mártires cristãos tivessem uma motivação muito mais ampla do que os demais.

A decisão daquelas pessoas, de render a vida em lugar de renunciar a fé, longe de ser um ato movido por paixão ou fanatismo (como no caso de terroristas suicidas), era algo racional. Havia lucidez na atitude delas, sua consciência era clara e sua razão, sadia. Em lugar de manter uma religiosidade doentia e extremista, tinham plena acuidade mental para pesar as consequências de sua decisão.

Enquanto os mártires do fanatismo religioso defendem a luta, a guerra, os mártires cristãos eram partidários da paz e da não reação. Ao passo que aqueles promovem o assassínio em massa, estes defendiam o valor da vida humana (os cristãos não procuravam a morte, apenas não fugiam dela).

Outra diferença fundamental diz respeito ao incentivo. Os extremistas dão uma ênfase exagerada à recompensa (um paraíso com virgens à sua disposição, etc.), enquanto o estímulo principal no coração dos mártires cristãos era o amor – amor a Deus e a Sua Palavra.

No caso daqueles que se tornam mártires em função de sua luta por bons ideais –políticos, patrióticos ou sociais –, embora seu propósito e intenção sejam nobres, sua cosmovisão é estreita, limitada, já que lutam por aspectos bastante particulares da vida humana. Embora seus esforços sejam louváveis e devamos muito a eles, seu resultado é apenas para esta vida. Seus olhos não alcançam o horizonte da eternidade. Os cristãos, porém, sabem que sua luta ultrapassa as fronteiras do tempo e do espaço e tem implicações eternas e cósmicas. Homens, anjos, demônios e todo o Universo eram testemunhas de seu martírio; e as decisões tomadas ali poderiam ser decisivas para toda a eternidade.

O legado dos mártires –De tudo o que podiam deixar como herança, o maior legado dos mártires foi seu exemplo. Exemplo de fé, coragem, amor e fidelidade a Deus. Foram espetáculo ao mundo, mantiveram sua confissão, derramaram o sangue pela Causa e foram heróis. Heróis que, sem espada, conquistaram reinos; conquistaram o medo, conquistaram a si mesmos, conquistaram o mundo e, acima de tudo, a eternidade. Seus nomes, na maioria, permanecem no anonimato entre os homens, mas no Céu, com certeza, estão na galeria dos grandes vencedores de todos os tempos.

Nossa parte –Por fim, a pergunta mais importante é: E nós? Teríamos a mesma coragem que eles? Se nos confrontássemos com o calibre de um revólver e o dilema de permanecer fiéis a Cristo e morrer ou negá-Lo e viver, qual seria nossa decisão? Se você titubeou em sua resposta, é hora de rever sua vida cristã. Qual tem sido sua real motivação para servir a Cristo? Qual o grau de intimidade que julga ter com Ele? Onde está seu foco? Estão claras em sua mente as quatro questões existenciais (“Quem sou?”, “De onde vim”, “Por que estou neste mundo?”e “Para onde vou?”)? É seu sincero desejo honrar a Deus, quer pela vida ou pela morte? Pense nisso, e que Deus o ajude em sua decisão!

(Fonte: Blog Criacionismo, Autor: Eduardo Rueda - editor associado de livros na Casa Publicadora Brasileira)

Bibliografia:

A. J. O’Reilly, Os Mártires do Coliseu (Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2005).
Bíblia Edição de Promessas (São Paulo: Editora King’s Cross).
David Noel Freedman, The Anchor Yale Bible Dictionary (New York: Doubleday, 1996), “martyr, martyrdom”.
Ellen G. White, O Grande Conflito (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira).
John Fox, O Livro dos Mártires (São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2003).
Lourival P. Baçan, Torturas e Tormentos dos Mártires Cristãos (e-book).
Ralph O. Muncaster, Examine as Evidências(Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2011).
Site. Acesso em: 4 set. 2012.
Thieleman J. van Bracht, O Espelho dos Mártires(Rio Verde: Publicadora Menonita, 2009).
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