quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A Perfeição da Cronologia Profética


É fascinante perceber que a perfeição do cálculo profético desfaz todas as dúvidas relacionadas à compreensão adventista sobre as 2.300 tardes e manhãs (de Daniel 8:14) e o 22 de outubro de 1844. Por exemplo: há relação entre Daniel 8 e Daniel 9? As 70 semanas fazem parte das 2.300 tardes e manhãs? Uns dirão “sim”; outros, “não”. No Apêndice ao Estudo 2 da Série de Estudos “A Plenitude dos Tempos” (www.concertoeterno.com), há uma matéria sobre isso (resposta à pergunta 2). Mas, o que estabelece definitivamente a inter-relação entre os dois períodos não são os detalhes do texto ou a análise das palavras mareh e chazon – embora tudo isso seja extremamente importante –, mas, sim, a harmoniosa engrenagem do cálculo.

Do esquema matemático apresentado nos estudos 6, 8 e 9, devem chamar a atenção as seguintes constatações:

1) 2.300 anos solares envolvem uma composição de 121 ciclos metônicos e 12 lunações que se complementam. Essa composição possibilita que os 2.300 anos comecem e terminem num dia 10 do sétimo mês, o Dia da Expiação. Num calendário lunissolar, não é todo período que admite essa composição [por exemplo: se o período fosse de 2.299 anos solares e fixássemos seu início no Dia da Expiação, não seria possível terminá-lo num Dia da Expiação].

2) Contando-se as 69,5 semanas proféticas a partir de um Dia da Expiação, o meio da septuagésima semana cairá justamente no dia da celebração da Páscoa, o que também é uma relação bastante singular.

3) Tomando por base dados históricos e astronômicos disponíveis, fixa-se o dia, o mês e o ano da morte de Jesus (26/27 de abril de 31). Retrocedendo 486,5 anos, chega-se ao Dia da Expiação no ano em que Esdras retornou de Babilônia (28/29 de outubro de 457 a.C.), eliminando a dúvida entre 458 a.C. e 457 a.C. Avançando 2.300 anos, chega-se ao Dia da Expiação em 1.844 (22/23 de outubro).

4) Fixando o começo do período na hora do sacrifício da tarde, o meio da septuagésima semana cairá naquela noite de quinta-feira, quando Jesus disse “Pai, é chegada a HORA” (João 17:1), e o fim das 2.300 tardes e manhãs cairá na hora do sacrifício da tarde em Jerusalém. Levando em consideração a diferença de fusos horários, isso provavelmente corresponde ao horário em que Hiram Edson teve sua visão do milharal. Tudo em perfeita sincronia!

5) Por mais “avançada” que fosse a Astronomia na época de Daniel, não havia informações e métodos que permitissem ao homem construir a complexa arquitetura desse modelo. A própria compreensão do modelo pelo ser humano somente se tornou possível, na extensão e profundidade apresentadas no site “Concerto Eterno”, utilizando recursos desenvolvidos recentemente pela Ciência Moderna. Louvado seja Deus!

Portanto, o sistema cronológico desfaz as dúvidas remanescentes e confirma de uma vez por todas a mensagem adventista. O esquema matemático também confirma a inter-relação de Daniel 8 e 9. Se não admitirmos isso, estaremos diante das maiores coincidências da História!

Henderson Hermes Leite Velten ( www.concertoeterno.com )

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Fumo está relacionado com Deterioração Mental nos Homens, diz Estudo


Os homens tabagistas têm maior deterioração mental com o passar do tempo do que aqueles que nunca fumaram, segundo um estudo britânico publicado na segunda-feira nos Estados Unidos, que advertiu, no entanto, que a mesma relação causa-efeito não se observou nas mulheres.

A investigação sugere que os efeitos do hábito de fumar a longo prazo se manifestam em perda de memória e incapacidade para vincular a experiência passada com as ações do presente, assim como uma queda nas habilidades cognitivas gerais.

O estudo, publicado na revista especializada "Archives of General Psychiatry", acompanhou através do serviço civil britânico mais de 5.000 homens e 2.100 mulheres com idade média de 56 anos no começo do estudo e foram acompanhados no máximo por 25 anos.

Os cientistas da University College de Londres comprovaram sua condição de fumantes seis vezes neste período e os submeteram a uma série de provas cognitivas.

Eles descobriram que o tabagismo esteve vinculado a uma redução mais rápida na capacidade mental em todos os testes cognitivos entre homens que fumavam em comparação com os homens não fumantes.

"Nossos resultados mostram que a associação entre tabagismo e cognição, sobretudo em idades mais avançadas, parece estar subestimado devido ao risco maior de morte e abandono entre os fumantes", destacou o estudo, chefiado por Severine Sabia, do University College de Londres.

Os homens que pararam de fumar nos primeiros 10 anos após iniciado o estudo estavam ainda em maior risco de deterioração cognitiva, mas a longo prazo os ex-fumantes não mostraram os mesmos níveis de deterioração.

"Este estudo põe em manifesto que fumar é nocivo para o cérebro", afirmou Marc Gordon, chefe de neurologia do hospital Zucker Hillside em Glen Oaks, Nova York, que não participou do estudo.

"Na metade da vida, fumar é um fator de risco modificável, com um efeito mais ou menos equivalente a 10 anos de envelhecimento na taxa de deterioração cognitiva", acrescentou.

As descobertas são chave para explicar o envelhecimento da população mundial, com 36 milhões de casos de demência em todo o planeta, uma cifra que dobrará a cada 20 anos, segundo as projeções, afirmaram os autores do estudo.

O porquê de as mulheres não mostrarem a mesma relação entre tabagismo e envelhecimento mental não ficou claro, embora os pesquisadores tenham sugerido que o menor tamanho da amostra e a maior quantidade de cigarros fumados pelos homens em comparação com as mulheres poderiam ser fatores contribuintes.
(Fonte: Folha.com)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ouvir metáforas faz “sentir” o que estão lhe contando

Quando um amigo lhe conta sobre um dia ensolarado, você sente um calor subindo pelo corpo? Segundo um novo estudo, o cérebro pode “repetir” experiências sensoriais para ajudar as pessoas a compreender metáforas comuns. Linguistas e psicólogos têm estudado quais partes do cérebro mediam a experiência sensorial e estão envolvidas na compreensão de metáforas. Eles salientam que nossa linguagem cotidiana está cheia de metáforas, e algumas são tão comuns (por exemplo, “ter um dia de cão”) que não parecem especialmente novas ou surpreendentes. Mas a compreensão dessas metáforas pode se basear em nossas experiências sensoriais e motoras. A pesquisa usou imagens de cérebro para revelar uma região importante para a detecção da textura através do tato – o opérculo parietal –, também ativado quando alguém escuta uma frase com uma metáfora textural – por exemplo, “ter uma conversa áspera”. A mesma região não é ativada quando uma sentença semelhante expressando o significado da metáfora é ouvida.

“Nós percebemos que as metáforas ativam as áreas do córtex cerebral envolvidas nas respostas sensoriais, mesmo que sejam bastante familiares”, disse o professor de neurologia, medicina de reabilitação e psicologia Krish Sathian. “O resultado ilustra como podemos recorrer a experiências sensoriais para alcançar a compreensão da linguagem metafórica”, explica. Ou seja, pode ser que seu cérebro se recorde de algo áspero que você já tocou, para que você entenda o que seu amigo quis dizer com “conversa áspera”.

No estudo, sete estudantes universitários foram convidados a ouvir frases contendo metáforas texturais, bem como frases explicando seus significados e estruturas. Eles deveriam pressionar um botão assim que entendessem cada frase. O fluxo sanguíneo em seus cérebros foi monitorado por ressonância magnética funcional. Em média, a resposta a uma frase contendo uma metáfora demorou um pouco mais (0,84 segundos, versus 0,63 segundos).

Em um estudo anterior, os pesquisadores já haviam mapeado, em cada um desses indivíduos, quais partes do cérebro eram envolvidas no processamento de texturas reais através de tato e visão. Isso permitiu que os cientistas estabelecessem com segurança o link entre metáforas envolvendo texturas e a experiência sensorial da textura em si dentro do cérebro de cada aluno.

“Curiosamente, regiões corticais visuais não foram ativadas por metáforas texturais, o que se encaixa com outras provas da primazia do toque na percepção da textura”, disse o pesquisador Simon Lacey, principal autor do estudo. (Clique aqui para continuar a ler)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A calúnia celestial de Satanás


Como provar que Ezequiel 28 se refere também a Satanás e ao começo do conflito no Céu?


Como um teólogo aspirante, escrevi meu primeiro trabalho de pesquisa a respeito dos textos de Isaías 14 e Ezequiel 28 – passagens que os adventistas tradicionalmente interpretam como sendo referentes a Satanás e à origem do mal no Céu. Seguindo a pista de comentários da alta crítica, cheguei à desconcertante conclusão de que essas passagens se referem nem a um nem a outro. Consequentemente, senti que os adventistas não deveriam mais citar essas supostas evidências bíblicas para sustentar sua compreensão acerca de como o Grande Conflito começou.

Entretanto, estudos mais aprofundados revelaram que, até o surgimento da crítica histórica à época do Iluminismo, os cristãos em geral interpretavam Isaías 14 e Ezequiel 28 da mesma maneira que os adventistas interpretam hoje. E, recentemente, encontrei evidências exegéticas convincentes de que Isaías e Ezequiel estavam, de fato, se referindo a Satanás nessas passagens.

Enquanto era estudante em nosso seminário, Jose Bertoluci escreveu uma dissertação que compromete seriamente a visão crítica de que os dois profetas descrevem apenas inimigos terrenos históricos de Israel. Intitulado “O Filho da Alva e o Querubim Cobridor no contexto do conflito entre o bem e o mal”[1], o artigo de Bertoluci mostra que cada passagem se transfere do domínio local e histórico dos reis terrestres para o âmbito sobrenatural no qual Lúcifer interpretou seu sedicioso papel. Descobri mais evidências que suportam esse deslocamento conceitual em Ezequiel 28 – do “príncipe” terreno (nagid, o rei de Tiro, versos 1-10) para o “rei” cósmico (melek, o soberano sobrenatural de Tiro, o próprio Satanás, versos 11-19). Descobri também que esse julgamento sobre o querubim caído ocorre no clímax do livro inteiro.[2] Desse modo, a evidência bíblica suporta fortemente a exegese tradicional: o mal teve sua origem em Lúcifer, o querubim cobridor.

Até alguns meses atrás, entretanto, um conceito adventista muito familiar a respeito do advento do Grande Conflito parecia não ter mais do que um suporte bíblico meramente inferencial. Refiro-me às alegações de que, antes de sua queda, Satanás se pôs entre os anjos a difamar o caráter e o governo de Deus. Nos livros Patriarcas e Profetas e O Grande Conflito, em torno de 16 páginas tratam desse assunto, com base em informações a respeito de Satanás tais como o fato de ele ter sido chamado “homicida desde o princípio, [...] um mentiroso” (João 8:44, RSV) e “o acusador de nossos irmãos” (Apocalipse 12:10, RSV). Mas existe alguma base bíblica mais explícita para a acusação de “calúnia celestial”?

Acredito que sim. Por um feliz acaso, eu estava examinando uma afirmação recente de que a maior parte da descrição de Satanás em Ezequiel 28 seria apenas simbólica porque, como foi argumentado, ele é descrito como sendo engajado em uma “abundância de [...] comércio” (verso 16, NKJV) e, obviamente, Lúcifer não é literalmente um mercador celestial. Na etimologia da palavra hebraica para “comércio”, fiz uma surpreendente e empolgante descoberta. O verbo rakal, do qual esse substantivo deriva, literalmente significa “andar por aí, de um para outro (para comércio ou conversa fútil)”.[3] O substantivo derivado rakil – encontrado seis vezes no Antigo Testamento, uma delas em Ezequiel 22:9 – significa “caluniador” ou “mexeriqueiro”. O outro substantivo derivado, rkullah – que é o termo usado para “comércio” em Ezequiel 28:16 – aparece somente nesse livro, e todas as suas quatro ocorrências têm que ver com Tiro (26:12; 28:5; 16, 18).

A maior parte das versões modernas traduzem rkullah como “tráfico”, “comércio” ou “mercadoria” – o que faz sentido, se aplicado somente à Tiro histórica, uma cidade mercante, como contexto único da palavra. Entretanto, em referência às representações do querubim cobridor em 28:16 e 18, a noção de comércio não parece se aplicar tão bem. O notável crítico exegeta Walther Eichrod comenta: “A descrição da transgressão é um pouco inesperada, já que o comércio aqui é subitamente representado como sendo a origem da iniquidade.”[4]

Uma resposta que acomoda ambas as interpretações, “comércio” e “calúnia”, pode ser encontrada, creio eu, em um recurso literário conhecido como “paranomasia” – um jogo com o significado da palavra. Já que o substantivo rkullah é derivado do verbo que significa “andar por aí, de um para outro, para fins de comércio ou de conversa fútil/difamação” – parece provável que Ezequiel tenha escolhido esse raro termo hebraico (ao invés do termo mais comum para comércio, sahar) justamente por causa de seu possível duplo significado. A Tiro histórica claramente “andou por aí, de um para outro” para fins de comércio com outras nações. De maneira semelhante, o derradeiro governante de Tiro, Satanás (versos 11-19), no celeste “monte de Deus”, também andou por aí, de um para outro – mas não para negociar, e sim para espalhar calúnia e difamação entre os anjos. Ambos os governantes, o terrestre e o espiritual, praticaram “tráfico”: o primeiro, de mercadorias; o segundo, de calúnias contra Deus.[5]

O contexto imediato de Ezequiel 28:16 retrata a queda do Querubim Cobridor da perfeição (verso 15) para o orgulho (verso 17). Nesse cenário, os versos 16 e 18 traçam seus subsequentes passos para a perdição. O verso 16 pode ser mais bem traduzido da seguinte maneira: “Na multiplicação da tua difamação [rkullah], se encheu o teu [de Satanás] interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus...” Com hábeis pinceladas, Ezequiel pinta o retrato de Lúcifer difamando a Deus, um primeiro passo em direção à definitiva rebelião aberta e violenta descrita tão bem por João como “guerra no Céu” (Apocalipse 12:7, NIV). Ezequiel 28:18 revela que, após sua expulsão do Céu, o querubim caído continua a sua “iniquidade de difamação [rkullah]” contra Deus. O versículo também registra a sentença divina contra Satanás: destruição pelo fogo por causa da “multidão de suas iniquidades”.

A sediciosa difamação celestial de Satanás contra Deus nos primeiros momentos do Grande Conflito não é uma adição adventista extrabíblica à história; é, na verdade, uma admirável verdade bíblica!

(Richard M. Davidson é professor de Antigo Testamento na Universidade Andrews, nos EUA)


Referências:

1.
Jose M. Bertoluci, “The Son of the Morning and the Guardian Cherub in the Context of the Controversy Between Good and Evil”, dissertação de Th.D., Andrews University Seventh-Day Adventist Theological Seminary, 1985 (disponível a partir de University Microfilms, University of Michigan, P.O. Box 1346, Ann Arbor, MI 48106-1346).

2. Richard M. Davidson, “Revelation/Inspiration in the Old Testament”, Issues in Revelation and Inspiration, Adventist Theological Society Occasional Papers, v. 1, Frank Holbrook e Leo Van Dolson, eds. (Berrien Springs, Mich.: Adventist Theological Society Publications, 1992), p. 118, 119.

3. Francis Brown, S. R. Driver e Charles A. Briggs, eds., The New Brown, Driver and Briggs Hebrew and English Lexicon of the Old Testament (Grand Rapids, Mich.; Baker Book House, 1981), p. 940.

4. Walter Eichrodt, Ezekiel: A Commentary, Old Testament Library (Philadelphia: Westminster Press, 1970), p. 394.

5. Apocalipse 18 parece capturar esse nuance dúbio utilizado por Ezequiel. Em uma passagem claramente alusória a Ezequiel 28, o anjo fala sobre a “mercadoria” de várias coisas materiais nos versos 12 e 13, mas a listagem termina transferindo-se para o âmbito espiritual: “mercadorias de [...] almas humanas” (KJV).

(Fonte: Blog Criacionismo)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

“Infotenimento”: Realidade e Ficção

Em 17 de maio, foi comemorado o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação. Apesar de a data ser desconhecida, os meios de comunicação de massa, objeto da comemoração, estão cada vez mais presentes e são influenciadores do nosso cotidiano. E não precisa ser acadêmico na área para perceber que, mais do que sociedade da informação, somos a sociedade do entretenimento, da busca pelo prazer. Informar e entreter, eis duas funções básicas da mídia. Tradicionalmente, ao jornalismo coube a função de noticiar e interpretar fatos, prestando assim um serviço à sociedade. E o entretenimento, por sua vez, ficava restrito aos outros gêneros midiáticos como as novelas, filmes e a ficção de modo geral. Porém, hoje, o que vemos é a fusão das duas vertentes: o “infotenimento”, neologismo resultante da junção das palavras informação e entretenimento. O modelo adotado por muitos veículos de comunicação no fim do século 20, vem ganhando força, espaço e audiência, sem restrição de formas e conteúdo.

O problema, a meu ver, é que a linha que separa a realidade da ficção é muito tênue. Prova disso, é que os telejornais, por exemplo, pautam o entretenimento, ao fazer das celebridades e programas do gênero, notícias de destaque. Por outro lado, as telenovelas pautam suas tramas com temas de “responsabilidade social” a fim de ganhar notoriedade nos veículos que vivem do “infotenimento”.
Ao expor o descaso com os portadores de deficiência física e trabalhar com a temática de superação pessoal, uma telenovela se torna fonte para grandes reportagens a despeito de fazer apologia ao adultério, à prostituição, à mentira e à violência, temas recorrentes na telinha. Assim, em nome da prestação de serviço público, celebridades se tornam modelos de conduta, sem nenhum julgamento crítico da parte do público.
Para mim, o “infotenimento” tem implicações espirituais. A antiga serpente do Éden não tem hesitado em usar essa linguagem com nova roupagem de sua milenar estratégia: misturar de forma atrativa a verdade com o erro. Ao promover um sincretismo maldirecionado da ficção com a realidade, a serpente pretende baixar nossa guarda para suas mentiras politicamente corretas.
Se por um lado o inimigo de Deus tem iludido milhões com essa técnica midiática, é verdade também que muitos têm buscado algo além do sensacionalismo e futilidades veiculados; estão em busca do sentimento real para a vida. Por meio de mídias alternativas, como as emissoras de rádio e TV, revistas, sites e blogs verdadeiramente cristãos, eles têm encontrado exemplos de conduta, prazer e felicidade baseados na mais confiável fonte de informação: a Bíblia. Por isso, o que temos diante de nós é uma oportunidade singular de assistir, compartilhar e divulgar aquilo que faz diferença.
(Ana Paula Ramos, assessora de imprensa da Igreja Adventista, em Campinas, SP no blog Criacionismo)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Açúcar faz tão Mal quanto Álcool e Cigarro, diz artigo médico na 'Nature'

O consumo de açúcar pode ser tão prejudicial quanto o abuso de álcool e cigarro, segundo artigo publicado por médicos na revista científica “Nature” nesta quarta-feira (1º). Isso porque a ingestão excessiva de sacarose e frutose, que triplicou no mundo nos últimos 50 anos, está ligada ao surgimento de doenças crônicas não-contagiosas, como diabetes, câncer e problemas cardíacos.

Em setembro do ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que, pela primeira vez na história, as doenças crônicas não-transmissíveis representam um ônus maior para a saúde pública mundial que as doenças infecciosas.

Esses males já são responsáveis pela morte de 35 milhões de pessoas por ano, segundo as Nações Unidas – 80% em países pobres ou em desenvolvimento, onde refrigerantes são muitas vezes mais baratos que água potável ou leite.

Em geral, o álcool e o cigarro são regulados pelos governos como forma de proteger a saúde da população, mas não há controle sobre a alimentação. Segundo os autores do artigo, Robert Lustig, Laura Schmidt e Claire Brindis, a regulação das autoridades deveria incluir o aumento de impostos sobre produtos industrializados acrescidos de açúcar (como refrigerantes, sucos, achocolatados e cereais), a limitação de vendas no horário escolar e em ambientes de trabalho e a imposição de limites de idade para a compra.

Mas essas regras são mais complicadas, de acordo com os pesquisadores, pois os alimentos são considerados bens essenciais, ao contrário do álcool e do tabaco.

Atualmente, há no planeta 30% mais indivíduos obesos que desnutridos, de acordo com os médicos. E a dieta ocidental, com muitos alimentos processados, tem contribuído para essas crescentes taxas. Apenas 20% dos obesos têm um metabolismo e uma vida normais – os demais sofrem com problemas como hipertensão, diabetes, apneia do sono, gordura no fígado e disfunções ortopédicas ou articulares.

As autoridades de saúde costumam considerar o açúcar como "calorias vazias", mas evidências científicas mostram que sacarose e frutose demais podem desengatilhar processos tóxicos no fígado ou reações capazes de causar uma série de doenças crônicas.

Controle do açúcar pelo mundo

Segundo os autores do artigo na "Nature", EUA e Europa ainda veem a gordura e o sal como os grandes vilões da alimentação, mas a atenção deve começar a se voltar para os produtos com adição de açúcar (moléculas de frutose acrecidas em comidas processadas).
Em outubro do ano passado, a Dinamarca optou por taxar alimentos ricos em gordura saturada, apesar de a maioria dos médicos não acreditar mais que essa substância seja a principal culpada pela obesidade. Agora, o país considera tributar os doces.

Outras nações europeias e o Canadá tentam impor pequenos impostos sobre alimentos adoçados. E os EUA já consideram taxar o refrigerante – um cidadão americano consome em média 216 litros por ano, dos quais 58% contêm açúcar.

A cidade de São Francisco, na Califórnia, proibiu recentemente a inclusão de brinquedos oferecidos em refeições fast-food. Outro limite possível para proteger as crianças seria proibir comerciais sobre produtos com adição de açúcar, destacaram os autores.

(Fonte G1: Bem Estar)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...