sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Resoluções Para o Novo Ano - Por Ellen G. White

Uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá. Filipenses 3:13-15.
Ontem foi Dia de Natal. Fizestes como os magos, oferecendo vossos presentes a Jesus? Ou o inimigo mudou a ordem das coisas, e dirigiu o culto para ele mesmo? Os presentes são hoje ofertados a amigos e não Àquele que realizou tão grande sacrifício por nós. Todos os dons devem fluir em outro conduto, onde possam ser usados na salvação de homens.
O novo ano está bem diante de nós. Não deveriam os dons ser dedicados a um melhor fim do que foram até agora? Não deveria a confissão ser praticada e não deveríamos valer-nos do sangue de Cristo, que é capaz e está disposto a nos purificar de todo pecado? Por nossa causa, Cristo tornou-Se pobre.
No último grande dia seremos julgados de acordo com o que fizemos. Cristo dirá: "Porque tive fome, e não Me destes de comer; tive sede, e não Me destes de beber; sendo forasteiro, não Me hospedastes; estando nu, não Me vestistes; achando-Me enfermo e preso, não fostes ver-Me. ... Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a Mim o deixastes de fazer." Mat. 25:42, 43 e 45. E Cristo declarará: "Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos." Mat. 25:41.
Cristo veio e estabeleceu o exemplo da santificação, e se formos de Cristo, então realizaremos Suas obras. Em vez de satisfazer-nos a nós próprios estaremos buscando realizar o bem de outrem e compartilhar benefícios com a humanidade sofredora. E a menos que isto seja feito, não podemos esperar ter uma parte com Cristo.
Há pessoas a serem salvas ao nosso redor, e cada um tem uma obra a cumprir a fim de se reconciliar com Cristo. Esta é a obra que deve ser abraçada no ano novo. Estamos vivendo para o tempo e para a eternidade, e desejamos que a luz resplandeça em nosso caminho e em troca desejamos estender essas bênçãos a outros. A única maneira de sermos representantes de Cristo é amando-nos uns aos outros, e se refletirmos a imagem de Cristo, então quando entrarmos pelos portões da cidade, ouviremos dizer: "Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor." Mat. 25:21.
Que cada um se empenhe em melhorar seu registro celestial no próximo ano, e viva tão próximo a Deus que possa estar rodeado pela atmosfera do Céu, e assim ser um representante de Cristo. Meditação Matinal, Ano:1983, pág. 368.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um Bonito Dicionário de Sentimentos

SAUDADE é quando o momento tenta fugir da recordação para aparecer de novo e não consegue.
RECORDAÇÃO é quando, sem autorização, o teu pensamento torna a mostrar um episódio.
ANGÚSTIA é um nó muito bem apertado no meio da tranquilidade.
PREOCUPAÇÃO é como uma cola que não deixa sair do teu pensamento aquilo que nem sequer aconteceu.
INDECISÃO é quando tu sabes muito bem o que queres, mas te parece que deverias optar por outra coisa.
SEGURANÇA  é quando a idéia se cansa de procurar e pára.
INTUIÇÃO é quando o teu coração dá um salto no futuro e regressa imediatamente.
PRESSENTIMENTO é quando passa pela tua mente o “trailer” de um filme que pode muito bem nem acontecer.
VERGONHA é um pano preto que tu queres que te cubra naquela hora.
ANSIEDADE é quando os minutos parecem intermináveis para conseguires o que queres.
INTERESSE é um sinal de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
SENTIMENTO é a língua que o coração usa quando necessita de mandar alguma mensagem.
RAIVA é quando  o leão que vive em ti, mostra os seus dentes.
TRISTEZA é uma mão gigante que aperta o coração.
FELICIDADE é um momento que não tem pressa nenhuma.
AMIZADE é compartilhar a vida com aqueles que amas, por mais diferentes que eles sejam.
CULPA é quando tu estás convencido que podias ter feito algo diferente, mas que nem sequer o tentaste.
LUCIDEZ é um acesso de loucura ao contrário.
RAZÃO é quando o cuidado aproveita que a emoção esteja a dormir e toma o comando.
VONTADE é um desejo que nos incentiva a fazer novas descobertas.
PAIXÃO é quando, apesar da palavra “perigo”, o desejo chega e se instala.
AMOR é quando o resto da tua vida não te é suficiente para a compartilhar com essa pessoa especial.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O Natal de Jesus

O NASCIMENTO DE JESUS
Situada entre as colinas da Galiléia, a pequena cidade de Nazaré era o lar de José e Maria que, posteriormente, tornaram-se os pais terrestres de Jesus.
José pertencia à linhagem ou família de Davi e quando saiu um decreto para o levantamento do censo da população, ele teve que ir a Belém, cidade de Davi, para ali registrar seu nome. Era uma jornada penosa, dadas as condições em que as viagens eram feitas na época. Maria, que acompanhava seu esposo, sentia-se extremamente fatigada ao subir a colina na qual Belém se localizava.
Como ela desejava um lugar confortável onde pudesse repousar! Mas as hospedarias estavam todas lotadas. Os ricos e orgulhosos estavam bem hospedados, enquanto aqueles humildes viajantes tiveram que encontrar descanso em uma rude estrebaria.
Embora José e Maria não possuíssem bens terrestres, sentiam-se amparados pelo amor de Deus e isso os tornava ricos em paz e contentamento. Eram filhos do Rei celestial que estava prestes a honrá-los de maneira maravilhosa.
Anjos os acompanharam durante a viagem e quando a noite chegava os mensageiros celestes guardavam o seu repouso. Não foram deixados a sós pois os anjos permaneceram com eles.
Ali, naquela pobre estrebaria, nasceu Jesus, o Salvador, e foi colocado em uma manjedoura. O Filho do Altíssimo, Aquele cuja presença havia inundado as cortes celestiais com Sua glória, repousava em um rude berço.
O LÍDER CELESTIAL EM UM BERÇO DE PALHA
Antes de vir à Terra, Jesus fora o Comandante das hostes angelicais. Os mais brilhantes e exaltados filhos da alva anunciaram Sua glória na criação. Em Sua presença, diante do trono, cobriam o rosto e lançavam-Lhe aos pés suas coroas, cantando hinos de triunfo ao contemplarem Seu poder e majestade.
Entretanto, esse glorioso Ser tanto amou o desamparado pecador que tomou sobre Si a forma de um servo para que pudesse sofrer e morrer por nós.
Jesus poderia ter permanecido ao lado do Pai, usando a coroa e as vestes reais, mas por amor a nós trocou as riquezas do Céu pela pobreza da Terra. Ele escolheu renunciar ao posto de Supremo Comandante e a adoração dos anjos que tanto O amavam. Escolheu trocar a adoração dos seres celestes pela zombaria e desprezo de homens ímpios. Por amor a nós, aceitou uma vida de privações e uma morte vergonhosa.
Cristo fez tudo isso para provar o quanto Deus nos ama. Viveu na Terra para mostrar como podemos honrar a Deus através da obediência à Sua vontade. Assim agiu para que, seguindo Seu exemplo, possamos finalmente viver com Ele no lar celestial.
Os sacerdotes e príncipes judeus não estavam preparados para receber Jesus. Sabiam que o Salvador viria em breve, mas esperavam que viesse como um rei poderoso que traria poder e riqueza para a nação. Eram por demais orgulhosos para aceitar o Messias como um bebê indefeso.
Por isso, quando Jesus nasceu, Deus não lhes revelou o grande acontecimento, mas enviou as novas de grande alegria a alguns pastores que guardavam seus rebanhos nas colinas de Belém.
Eram homens piedosos e enquanto cuidavam das ovelhas, conversavam a respeito do Salvador prometido e oravam tão sinceramente por Sua vinda que Deus enviou-lhes brilhantes mensageiros desde o Seu trono de luz, para lhes contar a respeito das boas novas.
"E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.
"O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis que vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
"E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.
"E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens, a quem Ele quer bem.
"E, ausentando-se deles os anjos para o Céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.
"Foram apressadamente e acharam Maria e José e a Criança deitada na manjedoura. E, vendo-O, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito dEste Menino.
"Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores. Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração." Luc. 2:9-19. [...]
RECONHECENDO O PROMETIDO
José e Maria trouxeram Jesus ao sacerdote conforme requeria a lei. Todos os dias, pais e mães traziam seus filhos e o sacerdote nada notou de diferente em José e Maria, dos outros que vinham dedicar seus primogênitos. Para ele, eram simplesmente gente operária.
Na criança viu apenas um frágil bebê. Não podia ele imaginar que tinha nos braços o Salvador do mundo, o Sumo Sacerdote do templo celestial. Contudo, ele poderia ter sabido, pois se tivesse sido obediente à Palavra de Deus, o Senhor o teria revelado.
Naquela mesma hora, estavam no templo dois servos fiéis de Deus: Simeão e Ana. Ambos haviam dedicado toda a vida ao serviço do Senhor e Ele lhes revelou coisas que não podiam ser reveladas aos orgulhosos e egoístas sacerdotes.
A Simeão deu a promessa de que não morreria sem ver o Salvador. Assim que viu Jesus no templo, ele sabia que aquela criança era o Messias prometido.
Uma luz suave e divina iluminava o rosto de Jesus e Simeão, tomando-o nos braços, louvou a Deus dizendo:
"Agora, Senhor, podes despedir em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra; porque os meus olhos já viram a Tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do Teu povo de Israel." Luc. 2:29-32.
Ana, uma profetisa, "chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém". Luc. 2:38.
É desse modo que Deus escolhe pessoas humildes para serem Suas testemunhas. Com freqüência, aqueles a quem o mundo honra são passados por alto. Muitos são como os líderes e sacerdotes judeus.
Muitos há que estão prontos para servir e honrar a si mesmos, mas pouco se preocupam em honrar e servir a Deus. Por isso Ele não pode escolhê-los para contar aos outros sobre Seu amor e misericórdia.
O PRÍNCIPE DA PAZ
Maria, mãe de Jesus, meditava em silêncio a respeito da importante profecia de Simeão. Ao olhar o menino em seus braços lembrou-se do que os pastores de Belém haviam dito e seu coração transbordou de gratidão e viva esperança.
As palavras de Simeão trouxeram-lhe à lembrança a profecia de Isaías. Sabia que aquelas maravilhosas palavras referiam-se a Jesus:
"O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz." Isa. 9:2.
"Porque um Menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Isa. 9:6. [...]
A VISITA DOS REIS MAGOS
Naquela noite, quando os anjos vieram aos pastores de Belém, os magos notaram uma luz estranha no céu. Era a glória que circundava aquele grupo de anjos. Quando a luz se dissipou, viram no céu o que parecia ser uma nova estrela. Naquele momento, lembraram-se da profecia que diz: "Uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro." Núm. 24:17. Seria esse o sinal do Messias prometido? Decidiram acompanhá-la e ver aonde ela os levaria. A estrela guiou-os até a Judéia. Porém, quando se aproximaram de Jerusalém, sua luz tornou-se tão tênue que não puderam mais segui-la.
Supondo que os judeus pudessem indicar-lhes o caminho até o Salvador, os magos entraram em Jerusalém e perguntaram:
"Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a Sua estrela no Oriente e viemos para adorá-Lo.
"Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém; então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta." Mat. 2:2-5.
Herodes não gostou de ouvir falar de um rei que um dia poderia tomar o seu trono. Então perguntou aos próprios magos quando viram a estrela pela primeira vez. E ele os enviou a Belém, dizendo:
"Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do Menino; e, quando O tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-Lo.
"Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o Menino.
"E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o Menino com Maria, Sua mãe. Prostrando-se, O adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-Lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra." Mat. 2:8-11.
Os magos trouxeram ao Salvador as coisas mais preciosas que possuíam. Nisto nos deram exemplo. Muitos oferecem presentes aos seus amigos terrestres, mas nada têm para dar ao Amigo celeste que lhes concede tantas bênçãos. Não devíamos agir assim. Devemos oferecer a Cristo o melhor de tudo o que temos - nosso tempo, nosso dinheiro, nosso amor.
Estamos Lhe ofertando presentes quando damos para confortar os pobres e ensinamos às pessoas a respeito do Salvador. Ajudamos assim a salvar aqueles por quem Ele morreu e tais ofertas Deus abençoa.
Vida de Jesus págs. 13-24.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Defenda a fé cristã com razão e precisão (1)

Vivemos num mundo paradoxal. Ao mesmo tempo em que se prega o relativismo e a ausência de verdades absolutas (menos esta, é claro), os críticos do cristianismo vivem pedindo razões para se convencerem de que a Bíblia e a fé cristã são confiáveis. Você saberia apresentar bons argumentos racionais para defender sua fé, no espírito de 1 Pedro 3:15? O doutor em filosofia e teologia e debatedor cristão William Lane Craig dá nova contribuição no campo da apologética cristã, com seu livro recém-lançado em língua portuguesa Em Guarda – Defenda a fé cristã com razão e precisão (Editora Vida Nova). A ideia é que o livro seja um verdadeiro manual para ajudar todos aqueles que desejam e/ou precisam dar a razão da fé que possuem, ao mesmo tempo em que, na mão dos céticos, pode colocá-los para pensar seriamente nas bases racionais do teísmo e do cristianismo. Escrito em linguagem simples, porém profunda, e recheado de exemplos da vida real (inclusive do próprio autor, convertido na juventude), Em Guarda é um convite à reflexão e à boa e necessária apologética – racional, serena e mansa, como recomenda o apóstolo Pedro.

Como fiz com o ótimo livro Ortodoxia, de Chesterton, publicarei aqui, de quando em quando, trechos da obra de Craig, a fim de estimulá-lo a buscar conhecimento útil para defender sua fé com razão e precisão (outros ótimos livros apologéticos podem ser encontrados nesta lista).

No capítulo 1 de Em Guarda, intitulado “O que é apologética?”, Craig afirma que, “ironicamente, quem tem bons argumentos na sustentação da sua fé se torna menos inclinado a bate-bocas e a sair frustrado da discussão” (p. 14), e que, “se você tem boas razões para aquilo em que crê, então, em vez de sentir raiva, sentirá uma compaixão genuína pelos perdidos, que em geral estão desorientados. A boa apologética envolve falar ‘a verdade em amor’ (Ef 4:15)” (p. 15).

Para Craig, a apologética é importante por três razões: (1) Para influenciar a cultura (“se os cristãos puderem ser treinados para fornecer sólidas evidências daquilo em que creem e boas respostas para as perguntas e objeções dos incrédulos, então a imagem que se tem dos cristãos vai pouco a pouco mudar. Os cristãos passarão a ser vistos como pessoas inteligentes e preparadas, a serem levadas a sério, e não meros fanáticos ou palhaços. E o evangelho será uma opção concreta para essas pessoas seguirem”). (2) Para fortalecer os que creem (“quando se está passando por um período difícil e Deus parece distante, a apologética pode ajudar a pessoa a se lembrar de que sua fé não está baseada em emoções, e que, portanto, é necessário permanecer firme na fé”). (3) Para ganhar os incrédulos.

Nesse primeiro capítulo, Craig fornece noções de lógica e afirma que se as regras básicas da lógica forem seguidas, elas garantem a você que, se os passos do seu argumento (premissas) forem verdadeiros, a conclusão também será.

Ele termina o capítulo assim: “Você não gostaria de ser capaz de defender sua fé com inteligência? Não gostaria de ter alguns argumentos na ponta da língua para apresentar a alguém que diga que os cristãos não têm bons motivos para crerem naquilo que professam? Já está cansado de se sentir intimidado por incrédulos? Se estiver, então leia este livro! Estou feliz por você tê-lo escolhido e recomendo que esteja sempre en garde, ou seja, pronto para dar a razão de sua esperança” (p. 30).

Aguarde minhas observações e citações do capítulo 2.

Michelson Borges no Blog Criacionismo

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Beber bastante água faz mesmo bem à saúde

O antigo adágio que recomenda beber oito copos de água por dia para garantir a saúde do organismo é considerado um mito por muitos [muitos que não conheciam o que Ellen White escreveu há mais de um século – leia nota abaixo]. Porém, pesquisas realizadas ao longo dos anos sugerem que beber mais água ajuda mesmo a limpar os rins de sódio, ureia e toxinas do corpo. No ano passado, dois grandes estudos encontraram um menor risco de problemas renais em longo prazo entre as pessoas que bebem mais água e outros líquidos diariamente. Em um relatório publicado na revista Nephrology de março, pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, e de outras instituições acompanharam mais de 2.400 pessoas com mais de 50 anos. Aquelas que bebiam mais líquidos – cerca de três litros por dia – demonstraram ter um “risco significativamente mais baixo” de doença renal crônica do que aquelas que bebiam menos.

Além disso, em um estudo publicado no mês passado no The Clinical Journal of the American Society of Nephrology, cientistas canadenses acompanharam 2.148 homens e mulheres saudáveis, com idade média de 46 anos, durante sete anos. Eles observaram os marcadores da função e da saúde renal e utilizaram o volume de urina para determinar a quantidade de líquidos que os indivíduos bebiam diariamente. Após controlar fatores como o diabetes, o fumo, medicamentos e outros, eles descobriram que aqueles que tinham maior volume de urina – em outras palavras, aqueles que beberam mais líquidos – eram menos suscetíveis ao declínio da função renal.

De acordo com os autores, os resultados não incentivam a ingestão de “quantidades abusivas de líquidos”, que podem causar efeitos colaterais. Mas fornecem evidências de que aumentar moderadamente a ingestão de líquidos, para mais de dois litros por dia, “pode de fato trazer benefícios ao rim”.

“Acredite você ou não, agora parece haver provas de que o ‘mito’ segundo o qual beber oito copos grandes de líquido por dia faz bem aos rins se sustenta”, disse o Dr. William Clark, um dos autores do estudo e nefrologista no Centro de Ciências da Saúde de London, em Ontário.

Conclusão: um aumento moderado de ingestão de líquidos pode proteger os rins.

(UOL)

Nota Blog Saúde e Família: Esse é o tipo de pesquisa que serve para nos ensinar pelo menos duas coisas: (1) fique sempre com um pé atrás quando lê sobre certas novidades nas áreas de saúde (física e/ou mental); dietas vêm e vão; novos tratamentos, idem; mas o que fica é o que a revelação já nos havia orientado: os oito remédios naturais; (2) acredite no que Deus, por Sua bondade, já nos revelou no passado; seguir essas orientações é sempre o caminho mais seguro.[DB]

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vida após o parto

No ventre de uma mulher grávida, dois gêmeos dialogam:

– Você acredita em vida após o parto?

– Claro! Deve haver algo após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.

– Bobagem, não há vida após o nascimento! Afinal, como seria essa vida?

– Não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que há aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comamos com a nossa boca.

– Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Além disso, andar não faz sentido, pois o cordão umbilical é muito curto.

– Sinto que há algo mais. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.

– Mas ninguém nunca voltou de lá. O parto apenas encerra a vida. E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.

– Bem, não sei exatamente como será depois do nascimento, mas, com certeza, veremos a mamãe e ela cuidará de nós.

– Mamãe? Você acredita em mamãe? Se ela existe, onde está?

– Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela não existiríamos.

– Eu não acredito! Nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que ela não existe.

– Bem, mas, às vezes, quando estamos em silêncio, posso ouvi-la cantando, ou senti-la afagando nosso mundo. Penso que após o parto a vida real nos espera; e, no momento, estamos nos preparando para ela.

(Autor desconhecido, no Blog Criacionismo)

domingo, 18 de dezembro de 2011

Consequências do Sexo fora de Contexto

Antes que você pense que Hooked – New Science on How Casual Sex is Affecting Our Children (Northfild Publishing) é outro livro com lições de moral anacrônicas, leia mais uma vez e atentamente o subtítulo da obra. O livro não tem nada de moralizante e está perfeitamente “antenado” com as novas pesquisas sobre o funcionamento do cérebro humano – aliás, o aspecto científico é exatamente o ponto forte da publicação. Escrito em coautoria pelos ginecologistas e obstetras Joe S. McIlhaney e Freda McKissic Bush, o livro deixa claro que, assim como a comida, o sexo pode ser mal compreendido e abusado. E esse abuso frequentemente resulta em doenças sexualmente transmitidas e gravidez não desejada. Mas há um terceiro problema nem sempre mencionado ou analisado: as cicatrizes emocionais decorrentes de uma vida sexual não orientada. Para os autores, “o sexo dentro de um contexto matrimonial é o comportamento ideal para evitar problemas” (p. 95). Como chegaram a essa conclusão? É disso que tratam as 170 páginas recheadas de pesquisas e estudos acadêmicos.
Baseados em dados recentes, os Drs. Joe e Freda questionam: Por que aqueles que não são virgens quando casam têm mais probabilidade de se divorciar do que aqueles que se mantiveram abstinentes até o casamento? Por que adolescentes sexualmente ativos têm mais probabilidade de ser depressivos do que os abstinentes? Por que casais casados reportam níveis mais altos de satisfação sexual do que os indivíduos não casados e com múltiplos parceiros sexuais?
E eu pergunto: Você já viu questionamentos semelhantes na grande imprensa? Dificilmente. Em revistas ditas femininas? Duvido. Em publicações para teens? Também não acredito.
A abordagem midiática focada no corpo e na sensualidade – portanto na extrema valorização do aspecto físico – frequentemente se esquece do mais importante órgão sexual: o cérebro (e preservativos e anticoncepcionais não proveem proteção contra as influências do sexo sobre o cérebro). Nossa “central de comando” trabalha sob o efeito de neurotransmissores como a dopamina, a oxitocina e a vasopressina. As três são neutras, podendo recompensar bons e maus hábitos, dependendo do estilo de vida ou do comportamento adotados pela pessoa. “Com a ajuda de técnicas de pesquisa e tecnologias modernas, cientistas estão confirmando que sexo é mais do que um ato físico momentâneo. Ele produz poderosas (até para a vida toda) mudanças no cérebro que dirigem e influenciam nosso futuro num grau surpreendente” (p. 21).
“Quando duas pessoas se tocam de maneira intensa, significativa e íntima, a oxitocina [também conhecida como ‘molécula monogâmica’] é liberada no cérebro da mulher. A oxitocina então faz duas coisas: aumenta o desejo da mulher por mais toques e faz a ligação da mulher com o homem com quem ela tem passado tempo em contato físico. [...] É importante reconhecer que o desejo de conexão não é apenas uma sensação emocional. A ligação é real e quase como o efeito adesivo de uma cola – a poderosa conexão que não pode ser desfeita sem grande dor emocional” (p. 37).
Segundo os autores, enquanto o efeito hormonal da oxitocina é ideal para casados, ele pode causar problemas para mulheres solteiras ou para moças abordadas por homens que desejam sexo. O cérebro feminino pode levá-la a um mau relacionamento que ela pensa ser bom por causa do contato físico e da resposta gerada pela oxitocina. A verdade sobre esse tipo de relacionamento pode ser clara para os pais ou amigos que estão preocupados com o bem-estar da moça, enquanto ela talvez não se dê conta do perigo ou da inconveniência da relação. Por isso, especialmente as mulheres jovens precisam ser advertidas sobre o poderoso efeito de ligação da oxitocina. O rompimento dessa ligação explica a incrível dor emocional que as pessoas geralmente sentem quando um relacionamento é terminado (p. 40, 41).

E quanto aos homens? Tudo o que foi dito acima se aplica também a eles, com a diferença residindo apenas no tipo de neurotransmissor: no cérebro masculino, é a vasopressina que atua de maneira similar à oxitocina. Durante o sexo, o cérebro dos homens é inundado com vasopressina, “e esse neuroquímico produz uma ligação parcial com cada mulher com quem eles tiveram relação sexual. Eles não percebem que esse padrão de ter sexo com uma mulher e então romper com ela e depois ter sexo com outra os limita a experimentar apenas uma forma de atividade cerebral comum aos seres humanos envolvidos sexualmente – a corrida dopamínica do sexo. [...] O padrão de mudança de parceiras sexuais, portanto, danifica a capacidade deles de ligação numa relação de compromisso. A inabilidade de criar laços após múltiplas ligações é quase como uma fita adesiva que perdeu sua cola após ser aplicada e removida várias vezes” (p. 43).
Segundo os autores, devido à atuação da dopamina, da oxitocina e da vasopressina, entre outros fatores, cada pessoa, na realidade, pode mudar a própria estrutura do cérebro, graças às escolhas que ela faz ou ao padrão de comportamento que adota.

Cuidado especial com os jovens
Quando o assunto é sexo e outras decisões morais/comportamentais, cuidado especial devem ter os jovens (e os pais deles). Isso porque o cérebro – mais especificamente o lóbulo pré-frontal – ainda não está plenamente amadurecido até os 21 anos. Essa região do cérebro localizada bem atrás da testa é a responsável pelos pensamentos cognitivos e pelas as decisões. “O perigo, de fato, é que se os jovens têm recebido recompensa dopamínica de boas sensações provenientes de comportamentos perigosos como dirigir em alta velocidade, praticar sexo e outros, eles podem se sentir compelidos a aumentar esses comportamentos a fim de obter a mesma boa sensação” (p. 34). O que fazer, então? “O cérebro adolescente pode ser positivamente moldado pela estrutura, orientação e disciplina provida por pais cuidadosos e outros adultos” (p. 53). Daí a necessidade de construir relacionamento saudável e de confiança com os filhos, desde a infância. Isso para que, quando eles mais precisarem da orientação paterna, possam contar com pais em quem confiam.

Joe e Freda afirmam que o “sexo é um dos mais fortes geradores de recompensa dopamínica. Por essa razão, jovens são particularmente vulneráveis a cair num ciclo de recompensa dopamínica por comportamento sexual imprudente – eles podem ficar viciados [hooked] nisso. Mas o efeito benéfico da dopamina para os casados consiste em torná-los ‘viciados’ no sexo um com o outro” (p. 35). Por isso, o contexto adequado para a experiência sexual é mesmo o casamento, e não a idade da imaturidade sem compromisso.
Outra evidência disso: meninas adolescentes com vida sexual ativa se mostraram três vezes mais deprimidas do que as que se mantinham abstinentes (sem contar que uma em cada quatro adolescentes sexualmente ativas é infectada com DST a cada ano). Além disso, pensamentos suicidas também ocorrem mais frequentemente entre mulheres que mantêm vida sexual fora de uma relação de compromisso e romantismo (p. 78).
Padrões de comportamento destrutivos
A evidência mostra que quando o ciclo sexo/ligação/rompimento é repetido algumas ou muitas vezes – mesmo quando a ligação é de curta duração – dano é causado na importante capacidade interna de desenvolver conexão significativa com outros seres humanos (p. 55). Em outras palavras, o comportamento adotado no presente vai afetar positiva ou negativamente a vida e os relacionamentos futuros. Planta-se agora, colhe-se agora e depois.
Além dos neurotransmissores capazes de criar ligação entre os parceiros, há outro detalhe importante: as sinapses que governam decisões sobre sexo, tanto no cérebro do homem quanto no da mulher, são reforçadas de modo a tornar mais fácil escolher ter sexo no futuro, enquanto sinapses que governam a contenção sexual são enfraquecidas e deterioram. “Em resumo, engajar-se em sexo cria uma reação em cadeia de atividades do cérebro que levam ao desejo de mais sexo e maiores níveis de apego entre duas pessoas” (p. 62). Por isso, é bom pensar bem antes de dar o primeiro passo rumo à iniciação sexual.
Estatísticas mostram que se os jovens começam a fazer sexo por volta dos 16 anos, mais de 44% deles terão tido cinco ou mais parceiros sexuais até chegar aos 20 anos (quanto sofrimento até lá!). Por outro lado, se eles têm mais de 20 anos quando começam a praticar sexo, apenas 15% terão tido mais de cinco parceiros sexuais, enquanto 50% terão feito sexo com apenas um parceiro (p. 65).
Os autores também destacam o fato de que, quando a pessoa termina um relacionamento e começa outro, a tendência é ir rápida e prematuramente para o mesmo grau de intimidade nesse novo relacionamento, mesmo que os parceiros tenham padrões de intimidade diferentes. Ou seja, se a pessoa fez sexo com o parceiro anterior, na nova relação, a tendência será ir rapidamente para o ato sexual, mesmo que um dos parceiros não tenha tido relações sexuais anteriormente. “A recompensa dopamínica é muito forte” (p. 77), relembram.
Por isso, repito, é bom pensar bem antes de dar o primeiro passo rumo à iniciação sexual. Mais: se você não é casado, não quer sofrer e fazer outros sofrerem, pense mil vezes antes de iniciar qualquer atividade sexual ou mesmo contatos físicos mais íntimos. Sua felicidade futura e de seu/sua namorado(a) pode depender também disso.
Prejudicando a futura vida conjugal
“Tornar-se sexualmente ativo e ter múltiplos parceiros sexuais pode danificar uma habilidade individual de desenvolver saudáveis, maduros e duradouros relacionamentos. Isso parece especialmente verdadeiro para um futuro casamento saudável e estável. Vários estudos mostram uma associação entre sexo antes do casamento e alta taxa de divórcio quando esses indivíduos eventualmente casam. Isso sugeriria, entre outras coisas, que a habilidade da pessoa de se ligar ao cônjuge foi danificada, fazendo com que alguns lutem com o compromisso assumido no casamento” (p. 80).
Numerosos estudos mostram que, quando as pessoas praticam sexo antes do casamento, elas estão mais propensas ao divórcio quando se casam mais tarde. Além disso, essas pessoas costumam ter mais dificuldade para se ajustar no casamento e são menos propensas a experimentar alegria, satisfação e amor (p. 101).
Assim, não é demais repetir: é dever dos pais orientar os filhos para que não estraguem sua felicidade futura. E o livro visa a justamente oferecer argumentos científicos para isso. “Pais podem agora confiantemente dizer que a ciência mostra que para os jovens terem melhor chance de uma vida feliz, eles devem esperar até poderem ter uma relação de compromisso para toda a vida, antes de praticarem sexo. [...] Eles podem saber que estão apresentando fatos e não apenas dando sua opinião de que se abster de sexo antes do casamento [...] é a melhor escolha” (p. 115).
Michael D. Resnick, PhD citado pelos autores, mostra que os adolescentes que são fortes o bastante para evitar envolvimento sexual possuem três coisas em comum: (1) altos níveis de conexão/relacionamento com os pais/familiares; (2) desaprovação paterna quanto à vida sexual ativa na adolescência; e (3) desaprovação dos pais quanto ao uso de contraceptivos na adolescência. Essas características também incluem sentimentos de amor, calor e carinho por parte dos pais, assim como a presença física de pelo menos um dos pais no lar em momentos-chave, como antes de irem para a escola, depois da escola, no jantar e na hora de dormir (p. 121).
Nunca é tarde para mudar
Se más escolhas foram feitas no passado, nem tudo está perdido. Segundo os autores, “se uma pessoa não fez boas escolhas no passado, isso não significa o fim da história, porque nosso complexo e maravilhoso cérebro é uma estrutura moldável” (p. 93). “Mudanças espirituais, aconselhamento, pares de apoio e reuniões em grupos que incluem encorajamento para mudança são todas experiências que podem remodelar o cérebro” (p. 107). O que dizer de uma nova e saudável relação com uma pessoa que verdadeiramente se preocupa com você e com o futuro de vocês? O que dizer, principalmente, de uma pessoa e uma relação abençoadas por Aquele que quer ver Seus filhos felizes?
“Cada pessoa deve olhar para o futuro e decidir como o resto de sua história vai se desenrolar. Para alguns, o próximo capítulo de sua história de vida pode significar reclamar sua virgindade, às vezes chamada de ‘virgindade secundária’, mudando comportamentos e estabelecendo novos padrões em seus relacionamentos. Para outros, o próximo passo para um grande futuro pode significar evitar situações difíceis e criar novas regras [limites] de namoro para manter sua virgindade. Alguns ficam com as cicatrizes psicológicas dolorosas de abuso sexual ou de manipulação que eles devem trabalhar até se tornar ‘inteiros’ de novo. Cada caminho apresenta desafios que podem ser difíceis de superar” (p. 119, 120). Mas a vitória é possível de ser alcançada, conforme sugerem os autores. E, nesse ponto (permita-me acrescentar), a confissão e o desejo de ser nova criatura (promessas contidas na Bíblia) acabam sendo o suporte ideal para a mudança e o estabelecimento de novos padrões comportamentais.
Chave de ouro
O capítulo “Final thoughts” termina o livro com chave de ouro, e estes dois parágrafos são verdadeiras pérolas: “À medida que consideramos todos os dados que analisamos neste livro, somos levados à conclusão de que a moderna teoria da evolução a respeito da sexualidade humana está errada. Essa teoria pode ser resumida dizendo que aqueles que a propõem acreditam que os seres humanos são (nos termos deles) ‘projetados’ para ser promíscuos. A teoria fundamental é que as mulheres têm relações sexuais com vários homens, até encontrar aquele com os melhores genes. Homens têm relações sexuais com várias mulheres, até que uma delas o escolha para ser o pai de seu filho.
“O que temos mostrado nos dados que discutimos é exatamente o oposto dessa teoria. Parece que a pesquisa mais atualizada sugere que a maioria dos seres humanos é ‘projetada’ para ser sexualmente monógama com um companheiro para a vida. Essa informação também mostra que os indivíduos que se desviam desse comportamento encontram mais problemas, sejam eles doenças sexualmente transmissíveis, gravidez fora do casamento ou problemas emocionais, além do dano na capacidade de desenvolver conexão saudável com os outros, incluindo o futuro cônjuge” (p. 136, 137).
Os autores mostram ainda que o casamento traz vantagens sobre a relação de simples coabitação e dizem que, para que a neuroquímica envolvida no contato físico tenha seu máximo efeito, é necessário quase diariamente ser ativada pela repetição do toque e da proximidade.
“Porque o sexo é a mais íntima conexão que podemos ter com outra pessoa ele requer a integração de tudo o que somos nesse envolvimento sexual – nosso amor, nosso compromisso, nossa integridade, nosso corpo, nossa própria vida – para toda a vida. Se o sexo é menos do que isso, é apenas um ato animal, e de certa forma o estamos praticando como animais e não como seres humanos plenos” (p. 104).
Por ir diametralmente contra o mainstream comportamental atual, não creio que alguma editora secular de grande porte tenha coragem de publicar Hooked. Então, que pelo menos os leitores tenham coragem de colocar em prática tudo o que o livro traz. Eles só têm a ganhar com isso.
(Michelson Borges no Blog Criacionismo)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Considerações Sobre o Natal nos Escritos de Ellen G. White

“Aproxima-se o Natal”, eis a nota que soa através do mundo, de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Para os jovens, de idade imatura, e mesmo para os de mais idade, é este um período de alegria geral, de grande regozijo. Mas o que é o Natal, que assim exige tão grande atenção? …
O dia 25 de dezembro é supostamente o dia do nascimento de Jesus Cristo, e sua observância tem-se tornado costumeira e popular. Entretanto não há certeza de que se esteja guardando o verdadeiro dia do nascimento de nosso Salvador. A História não nos dá certeza absoluta disto. A Bíblia não nos informa a data precisa. Se o Senhor tivesse considerado este conhecimento essencial para a nossa salvação, Ele Se teria pronunciado através de Seus profetas e apóstolos, para que pudéssemos saber tudo a respeito do assunto. Mas o silêncio das Escrituras sobre este ponto dá-nos a evidência de que ele nos foi ocultado por razões as mais sábias.
Em Sua sabedoria o Senhor ocultou o lugar onde sepultou Moisés. Deus o sepultou e Deus o ressuscitou e o levou para o Céu. Este procedimento visava prevenir a idolatria. Aquele contra quem se haviam rebelado quando estava em serviço ativo, a quem haviam provocado quase além dos limites da resistência humana, era quase adorado como Deus depois de separado deles pela morte. Pela mesma razão é que Ele ocultou o dia preciso do nascimento de Cristo, para que o dia não recebesse a honra que devia ser dada a Cristo como Redentor do mundo – Aquele que deve ser recebido, em quem se deve crer e confiar como Aquele que pode salvar perfeitamente todos os que a Ele vêm. A adoração da alma deve ser prestada a Jesus como o Filho do infinito Deus. Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.
O Dia de Natal deve ser Usado para um Bom Propósito
Sendo que o dia 25 de dezembro é observado em comemoração do nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de alegria e regozijo, será difícil passar por alto este período sem lhe dar alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito.
A juventude deve ser tratada com muito cuidado. Não devem ser deixados no Natal a buscar seus próprios divertimentos em prazeres vãos, em diversões que lhes rebaixarão a espiritualidade. Os pais podem controlar esta questão voltando a mente e as ofertas dos filhos para Deus e Sua causa e a salvação de almas.
O desejo de divertimentos, em vez de ser contido e arbitrariamente sufocado, deve ser controlado e dirigido mediante paciente esforço da parte dos pais. Seu desejo de dar presentes deve ser levado através de puros e santos canais e feitos resultar em bênção ao nosso próximo graças à manutenção do tesouro na grande e ampla obra para a qual Cristo veio ao mundo. Abnegação e espírito de sacrifício assinalaram Sua conduta. Seja isto também o que assinale os que professam amar a Jesus, porque nEle está centralizada nossa esperança de vida eterna. Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.
Troca de Presentes Como Sinais de Afeição
As festas estão chegando rapidamente com sua troca de presentes, e jovens e idosos estão estudando intensamente o que poderão dar a seus amigos como sinal de afetuosa lembrança. É agradável receber um presente, mesmo simples, daqueles a quem amamos. É uma afirmação de que não estamos esquecidos, e parece ligar-nos a eles mais intimamente. …
Está certo concedermos a outros demonstrações de amor e afeto, se em assim fazendo não esquecemos a Deus, nosso melhor amigo. Devemos dar nossos presentes de tal maneira que se provem um real benefício ao que recebe. Eu recomendaria determinados livros que fossem um auxílio na compreensão da Palavra de Deus ou que aumentem nosso amor por seus preceitos. Provede algo para ser lido durante esses longos serões de inverno. Review and Herald, 26 de dezembro de 1882.
Recomenda-se Dar aos Filhos Livros como Presentes
Há muitos que não têm livros e publicações sobre a verdade presente. Aqui está um grande campo onde o dinheiro pode ser investido com segurança. Há grande número de crianças que pode ser suprido com leitura. The Sunshine Series, Golden Grains Series, Poems, Sabbath Readings, etc., são todos livros preciosos e podem ser introduzidos seguramente em cada família. As pequenas quantias gastas em guloseimas e brinquedos inúteis podem ser acumuladas e com isto comprar esses volumes. …
Os que desejarem fazer caros presentes a seus filhos, netos, sobrinhos, procurem para eles os livros acima mencionados. Para os jovens a Vida de José Bates é um tesouro; também os três volumes de O Espírito de Profecia. Esses volumes podem ser levados a cada família na Terra. Deus está dando a luz do Céu, e nenhuma família deve ficar sem ela.
Sejam os presentes que façais, da espécie que espalhe raios de luz sobre o caminho que conduz ao Céu. Review and Herald, 11 de dezembro de 1879.
JESUS Não Deve Ser Esquecido
Irmãos e irmãs, enquanto estais planejando dar presentes uns aos outros, desejo lembrar-vos nosso Amigo celestial, para que não passeis por alto Suas reivindicações. Ele Se agradará se mostrarmos que não O esquecemos. Jesus, o Príncipe da vida, deu tudo a fim de pôr a salvação ao nosso alcance. … Ele sofreu mesmo até à morte, para que nos pudesse dar a vida eterna.
É por meio de Cristo que recebemos todas as bênçãos. … Não deve nosso Benfeitor celestial participar das provas de nossa gratidão e amor? Vinde, irmãos e irmãs, vinde com vossos filhos, mesmo os bebês em vossos braços, e trazei ofertas a Deus, segundo vossas possibilidades. Cantai ao Senhor em vosso coração, e esteja em vossos lábios o Seu louvor. Review and Herald, 26 de dezembro de 1882.
NATAL – Ocasião Para Honrar a Deus
Pelo mundo os feriados são passados em frivolidades e extravagância, glutonaria e ostentação. … Milhares de dólares serão gastos de modo pior do que se fossem lançados fora, no próximo Natal e Ano Novo, em condescendências desnecessárias. Mas temos o privilégio de afastar-nos dos costumes e práticas desta época degenerada; e em vez de gastar meios meramente na satisfação do apetite, ou com ornamentos desnecessários ou artigos de vestuário, podemos tornar as festividades vindouras uma ocasião para honrar e glorificar a Deus. Review and Herald, 11 de dezembro de 1879.
Cristo deve ser o objetivo supremo; mas da maneira em que o Natal tem sido observado, a glória é desviada dEle para o homem mortal, cujo caráter pecaminoso e defeituoso tornou necessário que Ele viesse ao nosso mundo.
Jesus, a Majestade do Céu, o nobre Rei do Céu, pôs de lado Sua realeza, deixou Seu trono de glória, Sua alta posição, e veio ao nosso mundo para trazer ao homem caído, debilitado nas faculdades morais e corrompido pelo pecado, auxílio divino. …
Os pais deviam trazer essas coisas ao conhecimento de seus filhos e instruí-los mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, em suas obrigações para com Deus – não suas obrigações de uns para com os outros, de honrarem-se e glorificarem-se uns aos outros por presentes e dádivas. Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.
Volver Os Pensamentos Dos Filhos Para Um Novo Canal
Há muita coisa que pode ser planejada com gosto e muito menos dispêndio do que os desnecessários presentes que são tão freqüentemente oferecidos a nossos filhos e parentes, podendo assim ser mostrada cortesia e a felicidade ser levada ao lar.
Podeis ensinar uma lição a vossos filhos enquanto lhes explicais a razão por que tendes feito uma mudança no valor de seus presentes, dizendo-lhes que estais convencidos de que tendes até então considerado o prazer deles mais que a glória de Deus. Dizei-lhes que tendes pensado mais em vosso próprio prazer e satisfação deles e de manter-vos em harmonia com os costumes e tradições do mundo, em dar presentes aos que deles não necessitam, do que em ajudar ao progresso da causa de Deus. Como os magos do passado, podeis oferecer a Deus vossos melhores dons e mostrar por vossas ofertas a Ele que apreciais Seu dom por um mundo pecaminoso. Levai os pensamentos de vossos filhos através de um canal novo, altruístico, incitando-os a apresentar ofertas a Deus pelo dom do Seu Unigênito Filho. Review and Herald, 13 de novembro de 1894.
Devemos Armar Uma Árvore de Natal?
Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore.
A árvore pode ser tão alta e seus ramos tão vastos quanto o requeiram a ocasião; mas os seus galhos estejam carregados com o fruto de ouro e prata de vossa beneficência, e apresentai isto a Deus como vosso presente de Natal. Sejam vossas doações santificadas pela oração. Review and Herald, 11 de dezembro de 1879.
As festividades de Natal e Ano Novo podem e devem ser celebradas em favor dos necessitados. Deus é glorificado quando ajudamos os necessitados que têm família grande para sustentar. Manuscrito 13, 1896.
Árvore De Natal Com Ofertas Missionárias Não é Pecado
Não devem os pais adotar a posição de que uma árvore de Natal posta na igreja para alegrar os alunos da Escola Sabatina seja pecado, pois pode ela ser uma grande bênção. Ponde-lhes diante do espírito objetos benevolentes. Em nenhum caso o mero divertimento deve ser o objetivo dessas reuniões. Conquanto possa haver alguns que transformarão essas reuniões em ocasiões de descuidada leviandade, e cujo espírito não recebeu as impressões divinas, outros espíritos e caracteres há para quem essas reuniões serão altamente benéficas. Estou plenamente convicta de que inocentes substitutos podem ser providos para muitas reuniões que desmoralizam. Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.
Providenciar Recreação Inocente Para o Dia
Não vos levantaríeis, meus irmãos e irmãs cristãos, cingindo-vos a vós mesmos para o dever no temor do Senhor, procurando arranjar este assunto de tal maneira que não seja árido e desinteressante, mas repleto de inocente prazer que leve o sinete do Céu? Eu sei que a classe pobre responderá a estas sugestões. Os mais ricos também devem mostrar interesse e apresentar seus donativos e ofertas proporcionalmente aos meios que Deus lhes confiou. Que se registrem nos livros do Céu um Natal como jamais houve em virtude dos donativos que forem dados para o sustento da obra de Deus e o reerguimento do Seu Reino. Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.

Textos disponíveis na Compilação Lar Adventista, no capítulo "O Natal", nas páginas 477-483.
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