terça-feira, 29 de maio de 2012

Dos Apóstolos a Wesley - Porções Seletas (Parte VII)

Para ler a parte VI clique aqui, para a parte V, clicar aqui.

Portanto da perspectiva da cristandade histórica, a doutrina wesleyana da perfeição cristã não é um provincianismo teológico. Ao fundir a justificação e a santificação, o pecado original e perfeição cristã, restaurou a mensagem do Novo Testamento à sua plenitude original. Pág.110.

[Wesley em um sermão com o título A Videira de Deus, disse:] “Frequentemente tem-se feita a observação de que poucos tem desenvolvido uma idéia clara quanto a justificação e à santificação. Quem escreveu mais habilmente sobre a justificação pela fé, que Martinho Lutero? E quem era mais ignorante da doutrina da santificação, ou mais confundido em seus conceitos sobre ela? ... Por outro lado, quantos escritores católicos (Francisco Sales e Juan Castiniza, em particular) tem escrito categoricamente e com fundamento bíblico sobre justificação e todavia desconheciam completamente a natureza da justificação! Tanto assim que todo o corpo de teólogos no Concílio de Trento... confundiu completamente a santificação e a justificação. Mas atribuo a Deus o dar aos metodistas um conhecimento pleno e claro de ambos e a ampla diferença entre as duas. pág. 111.

A doutrina completamente desenvolvida por Wesley é postulada em seu livro Uma clara explicação da perfeição, que foi publicada em 1766. Sua quarta edição, publicada em 1777, representa a declaração definitiva de sua posição. Pág. 111.

Ao ler A Perfeição Cristã deve-se recordar que aqui Wesley está delineando o progresso de seu próprio pensamento e que as declarações das primeiras seções nem sempre representam sua posição final. É na parte final do livro onde descobrimos a compreensão madura de Wesley quanto à perfeição cristã.

O resumo de onze pontos que Wesley oferece registrado, quase no final do livro, é uma apresentação condensada da doutrina. Pág. 112.

Para Wesley, o centro real da perfeição é o ágape – o amor de Deus para o homem. Seu “foco ardente” é a expiação. “amor perdoador está na raiz de toda ela”. Um dos versículos que Wesley cita com mais frequência é essa frase de I João: “Nós O amamos, porque ele nos amou primeiro”. O amor de Deus não é o amor prévio de Deus. Para Wesley – a santificação como a justificação – é, do princípio ao fim, obra de Deus. A justificação é o que Deus faz por nós, mediante o Cristo; a santificação é o que Deus faz em nós, mediante o Espírito Santo. “Tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo” (2Co 5:18). Esse teocentrismo definitivo e saturador livra sua doutrina da perfeição, de todas as tendências místicas e humanísticas que se encontram na maioria dos enunciados católicos dela.

Além do mais, Wesley venceu os aspectos objetáveis da doutrina agostiniana do pecado original. Em sua obra Perfeição Cristã, Wesley afirma: “Adão caiu e seu corpo incorruptível se tornou corruptível; e desde então é um peso para a alma, estorvando suas operações”. Mas neste frase está inteiramente ausente a idéia platônica de um corpo mau, assim como a ênfase agostiniana na concupiscência, com sua identificação concomitante da natureza humana e da natureza pecaminosa. Pág. 114.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Que é Paz?


O Que é Paz?



Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita.



Foram muitos os artistas que tentaram. As mais exuberantes paisagens foram pintadas. Lugares que retratavam lagos, montanhas exuberantes, o mar sereno e calmo, enfim, tudo que é tipo de pintura paisagista. A todas elas o rei observou e ficou admirado com a paz que as mesmas expressavam.



Porém, a escolhida pelo rei foi uma pintura onde haviam montanhas que acabavam em imensos abismos, completamente despidas de qualquer espécie de vegetação. Sobre elas havia imensas e pesadas nuvens que estavam provocando diversos relâmpagos em meio à tempestade. E do abismo caía uma enorme cachoeira que acabava em uma imensa e espumosa torrente de água. Incrível!



Todos os demais artistas não conseguiam compreender porque o rei havia escolhido um local tão inóspito e nada pacífico para expressar a paz perfeita que tanto desejava encontrar. Foi quando o rei explicou:



- Se vocês observarem bem, atrás da cachoeira há um arbusto que está crescendo por meio de uma fenda na rocha. Neste arbusto há um ninho de passarinho que estava habitado. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava uma pequena e simples mamãe passarinho calmamente sentada no seu ninho, cuidando dos seus filhotes.



- Paz não significa estar num lugar sem barulho, sem problemas, sem trabalho árduo, sem dor, sem sofrimento. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, podemos permanecer calmos em nosso coração. Este é o verdadeiro significado da paz.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Você é criacionista?

A minha primeira resposta a essa pergunta é: “Mas é claro que sou criacionista! Eu creio em Deus e creio que Ele criou o Universo.” Se Deus criou o Universo, quer dizer que Ele criou tudo, certo? E imediatamente pensamos nas coisas“físicas” que Ele criou: a terra, as plantas, animais, o ser humano, etc. A maioria de nós cristãos se denomina criacionista (fisicamente falando), mas e espiritualmente? Será que também somos criacionistas?

Algum tempo atrás, ouvi um sermão de um pastor sobre o “evolucionismo espiritual” e confesso que tive que parar e repensar minhas crenças e princípios, e percebi que de algumas maneiras estava sendo evolucionista. Mas como seria esse“evolucionismo espiritual”?

Antes de pensar no evolucionismo espiritual, vamos estabelecer um fato: Se Deus criou as coisas físicas que vemos, Ele também criou as coisas espirituais, certo? Então, assim como existe uma contrafação para o criacionismo físico (conhecida como teoria da evolução), também existe uma contrafação para o criacionismo espiritual (daqui para frente denominado “evolucionismo espiritual”).

Deus não criou o ser humano e o deixou para viver como bem entendesse. Ele sempre teve um plano espiritual para todas as áreas da nossa vida: nosso bem estar, nossa família, nossas atividades, estilo de vida, etc., mas, muitas vezes, não buscamos a Deus ou a Sua palavra para obter orientação nessas áreas; simplesmente seguimos o que o mundo dita; o que é “normal”. Moramos onde “o mundo” diz ser melhor morar; nos alimentamos do que “o mundo” diz ser correto; nos vestimos como “o mundo” diz ser mais “normal”; trabalhamos no que “o mundo”diz ser mais lucrativo; lidamos com a família como “o mundo” diz ser melhor, e assim por diante...

Você está entendendo o que estou querendo dizer? Queremos ser criacionistas, mas apenas até certo ponto. Dali para frente, não. Dizemos: “Isso não é ponto de salvação”, ou então: “Isso não tem nada ver com a minha espiritualidade”, ou ainda: “Os tempos mudaram”. Não nos lembramos de que princípios divinos nunca mudam.

Não sou expert em evolucionismo, mas na teoria evolucionista existe algo que é chamado de “adaptação das espécies”, que leva à “sobrevivência do mais apto”. Isto é, os evolucionistas creem que, conforme as coisas foram mudando no mundo durante milhões de anos, as espécies foram se adaptando (passando por mutações), e só as espécies que se adaptaram puderam sobreviver no novo ambiente.

No campo espiritual, algo bem semelhante também ocorreu. “O mundo” (a sociedade) foi mudando desde seu início. As ideias “dos mais fortes” foram as que“sobreviveram”, isto é, se tornaram mais populares, e as espécies (pessoas) simplesmente precisaram se adaptar para sobreviver (para não ficar para trás ou para não passar vergonha). E nosso mundo hoje em dia reflete exatamente isto: uma sociedade adaptada. Estamos tão longe da vontade de Deus que muitas vezes nem reconhecemos mais a vontade dEle.

Amigo, estamos entrando em um período crítico para a história deste mundo. Estamos chegando num ponto em que é tudo ou nada. Precisamos olhar para nós mesmos e fazer uma análise. Estou vivendo de acordo com o plano de Deus, em todas as áreas da minha vida, ou já estou tão “adaptado” ao que o mundo dita que seria muito difícil voltar a buscar a vontade de Deus? (Clique aqui para continuar a leitura deste artigo)
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