Comer açúcar
demais pode consumir toda a sua energia cerebral, revelaram cientistas
americanos que publicaram um estudo nesta terça-feira (15) no "Journal of
Physiology", demonstrando como uma dieta com base em xarope de milho rico
em frutose afetou a memória de cobaias.
Cientistas
da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) alimentaram dois grupos de
ratos com uma solução contendo xarope de milho rico em frutose -- um
ingrediente comum em alimentos processados -- e água potável durante seis
meses.
Um grupo de
ratos tomou também um suplemento de ácidos-graxos ômega-3, que estimula a
memória, na forma de óleo de linhaça ou ácido docosahexaenóico (DHA), enquanto
o outro grupo não fez o mesmo.
Antes do
início da ingestão de açúcar, os ratos passaram por um treinamento de cinco
dias em um complexo labirinto. Os roedores foram colocados novamente no
labirinto seis semanas depois de ingerirem a solução doce para ver como se
saíam.
"Os
animais que não tomaram DHA foram mais lentos e seus cérebros demonstraram um
declínio na atividade sináptica", afirmou Fernando Gomez-Pinilla,
professor de neurocirurgia na Escola de Medicina David Geffen, na UCLA.
"Suas
células cerebrais tiveram dificuldade em enviar sinais entre si, prejudicando
sua capacidade de pensar com clareza e lembrar o caminho que tinham aprendido
seis semanas antes", acrescentou.
Uma análise
mais detalhada nos cérebros dos ratos revelou que aqueles que não foram
alimentados com suplementos de DHA também desenvolveram sinais de resistência à
insulina, hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue e regula a função
cerebral.
"Uma
vez que a insulina consegue penetrar a barreira sangue-cérebro, o hormônio pode
sinalizar os neurônios, gerando reações que comprometem o aprendizado e causam
perda de memória", disse Gomez-Pinilla.
Em outras
palavras, comer frutose demais pode interferir na capacidade da insulina de
regular como as células usam e armazenam açúcar, o que é necessário para o
processamento de pensamentos e emoções.
"A
insulina é importante no corpo para controlar o açúcar no sangue, mas pode
desempenhar um papel diferente no cérebro, onde parece afetar a memória e o
aprendizado", disse Gomez-Pinilla.
"Nosso
estudo demonstra que uma dieta rica em frutose afeta tanto o cérebro quanto o
corpo. Isto é algo novo", acrescentou.
"Nossas
descobertas mostram que o que você come afeta como você pensa", emendou
Gomez-Pinilla.
"Ingerir
uma dieta rica em frutose a longo prazo altera a capacidade do cérebro de
aprender e lembrar informações. Mas adicionar ácidos-graxos ômega-3 nas
refeições pode ajudar a minimizar os danos", acrescentou.
O xarope de
milho rico em frutose é comumente encontrado em refrigerantes, condimentos,
comida de bebê e lanches processados.
Nota do Blog Criacionismo: Há mais de um século, Ellen White
escreveu: “Sento-me com frequência à mesa de
irmãos e irmãs, e vejo que eles usam grande quantidade de leite e açúcar. Isto
sobrecarrega o organismo, irrita os órgãos digestivos e afeta o cérebro. Tudo
quanto embaraça o ativo funcionamento do maquinismo vivo, afeta diretamente o
cérebro. E segundo a luz que me foi dada, o açúcar, quando usado
abundantemente, é mais prejudicial do que a carne” (Testemunhos Para a
Igreja, v. 2, p. 368-370).
“Em geral, usa-se demasiado açúcar no
alimento. Bolos, pudins, massas, geleias, doces são a causa ativa de má
digestão. Especialmente nocivos são os cremes e pudins em que o leite, ovos e
açúcar são os principais elementos. Deve-se evitar o uso abundante de leite e
açúcar juntos” (A Ciência do Bom Viver, p. 301, 302).
Fonte: G1:Ciência e Saúde.
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