segunda-feira, 19 de março de 2012

Dos Apóstolos a Wesley - Porções Seletas (Parte V)

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Lutero cria e ensinou que o cristão que trabalhava no arado, era um homem tão religioso como o sacerdote que celebra o sacramento no altar. Pág. 79.

A contribuição mais decisiva da Reforma ao conceito da perfeição Cristã foi a recuperação do ensinamento neotestamentário de que a vida cristã plena pode ser a possessão de qualquer pessoa, em qualquer das vocações da vida. A Confissão de Augsburgo expressa tal verdade em seu artigo sobre esse assunto, da seguinte maneira: “a perfeição cristã é isto, temer a Deus sinceramente e também conceber uma grande fé. Além disso, é, confiar que, por causa de Cristo, Deus efetivou a paz conosco; pedir, e com certeza esperar ajuda de Deus em todos nossos assuntos, de acordo com nosso chamamento. Nestas coisas consistem a verdadeira perfeição e o verdadeiro culto a Deus e não no celibato, na mendicância ou em uma aparência vil. [Artigo 27].

Aludindo ao trabalho da empregada que cozinha, limpa a casa e faz outras tarefas domésticas, Lutero escreve: “Posto que o mandato de Deus está ali, até uma pequena ou humilde tarefa deve ser louvada como um serviço a Deus, que supera consideravelmente a santidade e o ascetismo de todos os monges e monjas”. Declarações como estas se encontram frequentemente nos sermões de Lutero. Melanchton expressa algo muito similar: “Todo o homem, seja qual for sua vocação, deve buscar a perfeição, ou seja, crescer no temor de Deus, na fé, no amor fraternal, e nas virtudes espirituais similares”. Pág. 90.

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