Lutero cria
e ensinou que o cristão que trabalhava no arado, era um homem tão religioso
como o sacerdote que celebra o sacramento no altar. Pág. 79.
A
contribuição mais decisiva da Reforma ao conceito da perfeição Cristã foi a
recuperação do ensinamento neotestamentário de que a vida cristã plena pode ser
a possessão de qualquer pessoa, em qualquer das vocações da vida. A Confissão
de Augsburgo expressa tal verdade em seu artigo sobre esse assunto, da seguinte
maneira: “a perfeição cristã é isto, temer a Deus sinceramente e também
conceber uma grande fé. Além disso, é, confiar que, por causa de Cristo, Deus
efetivou a paz conosco; pedir, e com certeza esperar ajuda de Deus em todos
nossos assuntos, de acordo com nosso chamamento. Nestas coisas consistem a
verdadeira perfeição e o verdadeiro culto a Deus e não no celibato, na
mendicância ou em uma aparência vil. [Artigo 27].
Aludindo ao
trabalho da empregada que cozinha, limpa a casa e faz outras tarefas
domésticas, Lutero escreve: “Posto que o mandato de Deus está ali, até uma
pequena ou humilde tarefa deve ser louvada como um serviço a Deus, que supera
consideravelmente a santidade e o ascetismo de todos os monges e monjas”.
Declarações como estas se encontram frequentemente nos sermões de Lutero.
Melanchton expressa algo muito similar: “Todo o homem, seja qual for sua
vocação, deve buscar a perfeição, ou seja, crescer no temor de Deus, na fé, no
amor fraternal, e nas virtudes espirituais similares”. Pág. 90.
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