A revista Veja desta semana publicou um artigo sobre o lançamento do filme “O Planeta dos Macacos – A Origem”. Mas o que me chamou a atenção mesmo foi o box no meio da matéria, intitulado “Nós, os pais deles”. Diz o texto: “‘Por qual lado o senhor descende dos macacos? O de sua avo ou o de seu avo?’ A provocação foi feita pelo bispo inglês Samuel Wilberforce, defensor do criacionismo (a ideia de que um ser todo-poderoso ordenou a criação de todos os seres vivos), em um celebre debate de 1860, na Universidade de Oxford. Ele se dirigia ao biólogo Thomas Huxley, conhecido como ‘o buldogue de Darwin’, por divulgar as teses do naturalista Charles Darwin. A discussão era sobre o recém-lançado A Origem das Espécies, em que o naturalista apresentava sua teoria da evolução, segundo a qual os seres passam por transformações para se adaptar ao meio em que vivem [microevolução] - o que viria a ensejar o raciocínio de que o homem evoluiu a partir do macaco [macroevolução]. Passado um século e meio, porém, cientistas descobriram que o bispo estava correto ao questionar Darwin. Não, não viemos dos macacos. Tudo sugere que a verdade é ainda mais desconcertante: foram os chimpanzés e os gorilas que evoluíram de um ser parecido conosco. A pergunta de Wilberforce, então, deveria ser outra, e endereçada não a um semelhante, mas a um chimpanzé como Caesar, protagonista do filme ‘Planeta dos Macacos - A Origem’: ‘Por qual lado o senhor, caro símio, descende dos homens?’
“A conclusão de que foi um hominídeo muito semelhante ao homem que deu origem aos símios atuais, como os chimpanzés e os gorilas, foi proposta há dois anos. Em outubro de 2009, um grupo de pesquisadores anunciou a descoberta do esqueleto de uma ancestral do Homo sapiens que viveu ha 4,4 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. O hominídeo da espécie Ardipithecus ramidus é uma fêmea de 1,20 metro e 50 quilos, cujos ossos foram escavados em 1994 na Etiópia. Só quinze anos depois o esqueleto, que ganhou o nome de Ardi, foi montado e apresentado ao publico. A surpresa é que Ardi, o exemplar completo mais próximo já descoberto do elo perdido [sic] que une a linhagem humana a dos símios, pouco se parece com o nosso [suposto] ancestral imaginado antes por biólogos e paleontólogos. Ela não vivia em arvores, não tinha braços compridos para se jogar de um galho a outro nem andava de cócoras pelo chão. Ardi era muito mais parecida com um humano do que com um macaco. [E é bom lembrar que os desenhas que a “macaquizam” são apenas isto: desenhos.] (Clique aqui para continuar a ler...)
“A conclusão de que foi um hominídeo muito semelhante ao homem que deu origem aos símios atuais, como os chimpanzés e os gorilas, foi proposta há dois anos. Em outubro de 2009, um grupo de pesquisadores anunciou a descoberta do esqueleto de uma ancestral do Homo sapiens que viveu ha 4,4 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. O hominídeo da espécie Ardipithecus ramidus é uma fêmea de 1,20 metro e 50 quilos, cujos ossos foram escavados em 1994 na Etiópia. Só quinze anos depois o esqueleto, que ganhou o nome de Ardi, foi montado e apresentado ao publico. A surpresa é que Ardi, o exemplar completo mais próximo já descoberto do elo perdido [sic] que une a linhagem humana a dos símios, pouco se parece com o nosso [suposto] ancestral imaginado antes por biólogos e paleontólogos. Ela não vivia em arvores, não tinha braços compridos para se jogar de um galho a outro nem andava de cócoras pelo chão. Ardi era muito mais parecida com um humano do que com um macaco. [E é bom lembrar que os desenhas que a “macaquizam” são apenas isto: desenhos.] (Clique aqui para continuar a ler...)
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