segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pluralidade nas Palavras de Deus

Versos Áureos:
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”. Gênesis 1:26 p.p.

“Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós...”. Gênesis 3:22 p.p.

“Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro”. Gênesis 11:7.

“Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?...” Isaías 6:8. p.p.


Pluralidade na Divindade

Como visto no primeiro texto, está no dito de Jeová[1] duas palavras no plural: o “façamos” uma vez, e duas vezes “nossa”. Acredito que é bem claro a todos que Deus criou-nos a imagem e semelhança dEle; seria absurdo dizer aqui que ele estava falando com os anjos, já que eles não são feitos a imagem de Deus, e sendo alguns feitos até com o propósito de adoração constante (Isaías 6:2-3), a qual “...não têm descanso, nem de dia nem de noite...” (íntegra Apocalipse 4:8-9). Além disso, a palavra “Deus” no original, usada em Gênesis 1:1 e em outras partes, está no plural (Elohim e não Eloá forma singular), mostrando assim o mistério da Trindade. Então se conclui que O Pai, O Filho, O Espírito, estavam presentes assistindo Jesus formar a Terra - não há dúvida quanto a quem dizia as palavras nos seis dias da criação - me baseio no texto de João 1:2 que é dito: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”. O que se entende deste texto é que Jesus foi o Agente ativo na obra da criação, ele que executou os projetos. Também em Hebreus 1:8 começa Deus Pai falar “acerca do Filho” e no verso 10 faz uma grande revelação: “Ainda: No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos”. [2] E não nos esquecemos da unicidade tida entre eles, o relacionamento de Amor, que é há entre eles desde toda eternidade, pois Deus não é só, mas é triuno, o Amor sempre esteve com Deus, por isso é dito que “Deus é Amor”. Mas logo o Amor não existiria se só existisse uma pessoa (se fossemos aceitar isto), e deveríamos aceitar que em algum tempo o Amor não estava com Deus (seria um sério engano pois o próprio caráter e natureza de Deus estão ligados ao Amor); mas se admitirmos que a Entidade Deus, é composta de três seres divinos co-eternos e preexistentes chegamos a conclusão que o Amor sempre esteve com Deus, e que sua própria essência é o Amor.[3]

Espírito Santo na Criação

Já foi demonstrado que Jesus estava na obra da criação, mas será que existe uma prova conclusiva que o Espírito Santo estava na semana da criação? Tudo demonstra a favor. Alem do fato de Ele ser onipresente podendo estar assim no Céu e também andando por aqui na Terra antes de ser posta forma nela, como é dito em Gênesis 1:2 que o Espírito de Deus “se movia sobre a face das águas” nesta terra sem forma; o que demonstra que estava a Trindade empenhada neste novo projeto deste novo mundo, com uma nova experiência, a de criar uma espécie à semelhança dEles. em Jó 33:4 também é dito: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida”. Pode-se usar o argumento que o texto se refere a duas pessoas: ao Espírito Santo e ao Deus Pai (quando se diz Todo-Poderoso); mas se fosse assim, seria obrigatório então entender o texto em Jó 35:13: “Só gritos vazios Deus não ouvirá, nem atentará para eles o Todo-Poderoso” [4] como se referindo a duas pessoas também, entretanto, ninguém entende desta maneira, porque as palavras são do mesmo significado, ou seja, são de certo modo sinônimos. É interessante notar que muitas vezes num mesmo verso do livro de Salmos (ou outro livro de poemas e cânticos), se fala de algo com duas palavras diferentes, o que acaba os tornando sinônimos. Então Nosso Criador é também o Espírito Santo, assim se forma mais uma vez a Divina Trindade, com uma crível unicidade que demonstra em certas passagens, Eles como unidade composta, um Deus triuno, e em outras, separadamente para se demonstrar o mistério da Trindade.


Pluralidade indefinida

Apesar de que no segundo e terceiro textos (dos versos áureos) não se poder restringir apenas a Divindade a palavra “nós”, podendo se incluir, anjos e seres de outros mundos, como “conhecedor do bem e do mal” (Gênesis 3:22), vemos pela anterior demonstração que provavelmente seja uma afirmativa demonstração do plural da Divindade, como é também no texto que fala “desçamos e confundamos” (Gênesis 11:7). Vemos uma possibilidade ainda maior no texto de Isaias (6:8) que é dito: “quem há de ir por nós?”, sendo que no contexto quer dizer quem será profeta (porta-voz) de nós? O qual prontamente Isaías responde: “eis-me aqui, envia-me a mim.” E se torna Mensageiro da Trindade. Em um estudo futuro poderá ser mais explanado o assunto.


Que Deus ilumine os sinceros!


[1] Quando usei o termo “Jeová”, foi uma referência livre, pois, o tetragrama é formado apenas das consoantes: YHVH, podendo com acréscimos de vogais se formar tanto Jeová como também: Javé, Iavé, Jové, etc.
[2] Veja também Colossenses 1:15-17, a qual diz que: “Tudo foi criado por meio dEle”.
[3] Itálicos acrescentados para dar ênfase á um ponto importante.
[4] Para outro exemplo veja também: Jó 34:12.

Veja também artigo que fala acerca de "Batismo em Nome de Quem?" clicando aqui.
E sobre o título de Jesus: "Filho de Deus" clique aqui.


 

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