quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Uma Cura Quente e Fria

Quando Ellen White morava na Austrália no final da década de 1890, uma enfermeira do Sanatório de Battle Creek chamada Sara McEnterfer morou com ela. Por não haver hospitais próximos, Sara visitava os vizinhos que estavam doentes que precisavam de cuidados médicos. Muitas pessoas não sabiam o que fazer para ajudar alguém que estava doente e muitas vezes acabavam fazendo algo que tornava as coisas piores.   
Uma das primeiras pessoas a precisar da ajuda de Sara foi um garoto de nove anos chamado Willie. Quando ela chegou na casa do menino, ele estava com febre alta. Seus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto chorar. “Agora me conte o que aconteceu?”, a enfermeira Sara perguntou à tia de Willie que cuidava dele.“Uma semana atrás”, a tia explicou, “ele caiu num buraco onde haviam jogado garrafas quebradas, e ele cortou seu tornozelo uns três centímetros e até a ponto de ver o osso”. A mãe de Willie havia esfregado banha de porco, colocado um pedaço de toicinho sobre a ferida e coberto com um pano, mas o ferimento continuou a piorar.
O pai de Willie o levou ao médico, que ficava bem distante. O médico limpou o ferimento e deu a Willie um remédio. Esse médico disse ao pai de Willie para aplicar cataplasma (papa medicamentosa) de pão e leite sobre o ferimento de tempos em tempos. A família de Willie não sabia como fazer o cataplasma, mas eles fizeram o melhor que podiam. Eles usaram leite frio para encharcar o pão e o colocaram sobre o tornozelo de Willie. Isso não ajudou em nada e eles temeram que o médico teria de amputar a perna dele.
Sara olhou para a perna e disse: “O sangue está contaminado, e é um caso grave. Coloque o caldeirão para ferver água imediatamente. Farei o possível para salvar a perna”. Ela disse que usaria compressas de flanela molhadas quentes e frias, chamadas fomentações, e então cobriria o tornozelo com cataplasma de carvão vegetal. Esse tratamento devia drenar a sujeira, baixar a febre de Willie e ajudar o sangue saudável a circular no pé machucado.
Sara fez esse tratamento várias vezes por dia. Numa das vezes, quando Sara removeu o cataplasma de carvão, um pedaço de vidro do tamanho de um grão de trigo estava em cima do machucado. O ferimento de Willie começou a sarar e os tratamentos foram feitos com menos freqüência. Dez dias depois Willie foi capaz de contar a seus admirados vizinhos a história da maravilhosa cura utilizando apenas água quente e fria e carvão.


Revista Visionário Teen, Abril-Junho 2008, pág. 13.

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