segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pensamentos de Pascal N°. I

Introdução


Uma nova série de artigos do blog Arauto do Advento está começando. Desta vez conheceremos textos seletos do ilustre cientista Blaise Pascal sobre Religião. Serão vários números de artigos contendo o que tem de melhor em sua obra prima Pensamentos.                                                                                                            
Acreditamos sinceramente que será de grande valia ao leitor vários princípios religiosos levantados pelo autor durante o livro, ficando desde já também a ressalva quanto ao blog Arauto do Advento não concordar com todos os pontos de vista, interpretações, inferências do autor; seja em partes citadas ou não citadas do livro. Entretanto o entendimento do editor deste blog é de que Pascal viveu piamente sua vida cristã, tendo aceitado toda revelação vinda a ele, em sua época. Portanto, não devemos nos esquecer de que hoje vivemos no limiar da história da humanidade, e cumpre ser fiel em cada ponto revelado da Verdade Presente.                                                       
Apesar do valor inestimável desta obra, não devemos concluir que não há erros, mas cumpre a nós seguir o conselho do apóstolo Paulo: “Mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom” (I Tessalonicenses 5:21).

Biografia do Autor


Blaise Pascal nasceu em Clermont, no dia 19 de junho de 1623. Filho de Etienne Pascal e Antoinette Begon, ficou órfão de mãe aos três anos de idade. Suas extraordinárias qualidades de inteligência, reveladas desde os primeiros anos da infância, tornaram-se todo o orgulho do pai de Pascal, que quis encarregar-se pessoalmente de sua educação. O jovem Pascal manifestou, desde logo, um pendor excepcional pelas matemáticas, a tal ponto que, segundo sua irmã Gilberte, chegou a descobrir os fundamentos da geometria euclidiana.
Aos dezesseis anos de idade, escreveu um tratado de tal profundeza que se dizia não ter sido escrito outro, depois de Arquimedes, que se lhe pudesse comparar. Esse tratado despertou o entusiasmo de Descartes. Enquanto isso, continuava Pascal os seus estudos do latim e do grego, nos quais seu pai o havia iniciado, e, nos intervalos, dedicava-se também à lógica, à física, à filosofia. Aos dezoito anos de idade, inventou uma máquina de calcular.
Aos vinte e três, já era senhor de imenso cabedal científico, tendo descoberto várias leis sobre a densidade do ar, o equilíbrio dos líquidos, o triângulo aritmético, o cálculo das probabilidades, a prensa hidráulica, etc. Um dia, porém, na ponte de Neuilly, foi vítima de um acidente e começou a sofrer de alucinações, vendo aparecer sempre diante de si um abismo aberto para tragá-lo. Desde então, tornou-se profundamente religioso, renunciou a todos os seus conhecimentos e, passando a viver solitariamente, internado na abadia de Port-Royal, dedicou-se exclusivamente à defesa do cristianismo. Dá-se, hoje, o nome de abismo de Pascal à dificuldade que certos problemas sociais ou morais oferecem em sua elucidação.
A expressão grão de areia de Pascal encontra explicação na seguinte passagem desta obra: "Cromwell teria destruído toda a cristandade, a família real se teria perdido e a sua se tornado poderosa como nunca, se não fosse um pequeno grão de areia que se introduzira em sua uretra. E até Roma teria tremido sob o seu domínio, se pequeníssima areia, que não valia nada em outro lugar, introduzindo-se ali, não o tivesse morto, derrubando sua família e restabelecendo o rei." Assim, Com aquela locução, se exprime a idéia de que pequenas causas podem acarretar grandes efeitos.
Toda a vida de Pascal é tida como um grande exemplo de sofrimento resignado e de piedade. Morreu com trinta e nove anos, no dia 19 de agosto de 1662.

A partir do próximo número começaremos a ver partes seletas de seu livro.

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